Pensamentos

Arquivo para o mês “janeiro, 2009”

Relacionamento: essa coisa “complicada”…

relacionamentoHoje, quero falar de relacionamentos (como falo desse assunto, não? hehehehe). Mas, antes de mais nada, eu quero falar sobre sinceridade: creio que a gente sempre tem que ser sincero. Temos que ter sinceridade conosco mesmos e com os outros… Hoje em dia, parece que é esquisito uma mulher dizer que quer namorar, noivar, casar… Ter uma família enfim. Parece que isso nos remete a tempos passados onde tudo o que uma mulher podia fazer era casar e ter filhos. E isso antes dos 18. Hoje, com tanta mudança, tanta revolução, tanta opção, parece que faz vergonha a uma mulher dizer que, além de muitas outras coisas, ela deseja se comprometer com alguém. Parece que, a esta ao menos, o destino está reservando as piores surpresas.

Mas todos sabemos que NÃO tem que ser assim. Unir-se a outra pessoa para passar com ela o resto da sua vida não tem que ser uma miséria total; mas muitas mulheres, infelizmente, por não quererem ser mal-vistas (tem hífen aqui ou não?), acabam escondendo que querem namorar e casar — quando na verdade é o que mais desejam — e saem pregando aos quatro ventos que são solteiras por opção e querem apenas se focar nas carreiras.

Sinceramente, eu não vejo mal nenhum em pessoas que não querem compromisso, nem pensam em casar ou ter uma família. Não creio que isso seja errado. Cada um pode e deve fazer suas escolhas, visando ao que é melhor pra si. Porém, só diga que pensa assim se esse for o seu real pensamento. Não queira ser alguém que não é, não tenha vergonha de dizer o que pensa. Se você quer, sim, namorar, noivar e casar, não há mal em admitir isso, você não é um(a) desesperado(a) infeliz por querer essas coisas. O bom é ser sincero, antes de tudo.

Sabe por quê? Porque é muito feio pegar alguém na mentira. Conheci uma pessoa que falava a todos que não queria casar, gostava mesmo é de ser solteira e falava até mal do casamento (com que propriedade eu não sei, já que ela nunca casou…). Mas quando estava conversando a sós comigo, esse desconhecido para vocês, embora conhecido pra mim, começava a se queixar da vida, da solidão… Então por que tanto fingimento? Por que não dizer o que sente? Com medo de parecer desesperado? Muito mais desesperado era conversando comigo… Cada vez mais começo a achar que quem menos quer parecer ‘desesperado’ é quem mais é! Querer casar não é desespero! Vou falar até que você se convença! Sinceridade consigo mesmo (e com os outros), sempre!

Bem, então digamos que apareceu alguém por quem você se interessou, ou que se interessou por você, ou as duas coisas. Isso é muito bom, não? Mas aí vem uma das coisas que fazem a gente pensar duas vezes (ou até mais…) sobre se deve namorar um(a) amigo(a), que é aquela velha história de “eu não quero que nossa amizade mude”, ou “eu não quero perder sua amizade”. A verdade é que se você está gostando de um(a) amigo(a) ou ele(a) está gostando de você, a amizade já passou por uma mudança. Amizades sempre mudam, quer você queira quer não; mesmo que você nunca namore com aquele que é seu melhor amigo e descobriu que está apaixonado por você, sua amizade com ele vai mudar, se não agora, um dia. Se você namorar e der certo, ela também vai mudar. Se namorar e der errado, muda também. Não há o que fazer. A vida é assim. Por isso eu penso que, pesadas as considerações que devem ser pesadas (ainda vou falar sobre muitas delas), é melhor namorar e saber que tentou, que nunca se dar uma chance e passar a vida na dúvida. Claro, é só minha opinião, a escolha é toda sua.

O mesmo vale para quem gosta de alguém e não sabe se deve “se declarar” ou não; é uma situação complicada, muita gente acha que “não pode dar o braço a torcer”; “tenho orgulho”, outros dizem. Mas dizer que está gostando não tira pedaço. Sim, você corre o risco de ser esnobado(a). Sim, você corre o risco de cair na boca do povo como “aquele(a) que tá caidinho por fulano(a)”. Mas você também “corre o risco” de ser correspondido(a) por alguém que estava doido(a) pra ouvir aquilo, e não tinha coragem de fazer o que você fez. Como disse, melhor tentar que passar o resto da vida se perguntando: “e se…?”. E olha que tem gente que se pergunta viu… Deve ser um terror viver assim!

A gente tem que saber o que quer da vida. Temos que saber, dentre outras coisas, se queremos casar, ter uma família, ou não. Feita essa escolha, as outras serão BEM mais fáceis. Não é errado não querer casar. Já disse isso antes… Também não é errado querer. Resta saber o que você quer.

Às vezes, duas pessoas não dão certo porque uma quer uma coisa e a outra… Bem, a outra… A outra quer outra coisa. Tem gente que eu não consigo imaginar casada. E aí vai um cara doido pra casar e se apaixona por essa, que nem namorar quer, que dirá casar… Desastre total… Com duas vítimas…

Outra coisa importante a se ponderar: o que você tem em comum com essa pessoa? Sim, porque como diz uma comunidade de que faço parte no Orkut, “os opostos NÃO se atraem”. Mas, às vezes, a gente pensa (ou nos fazem pensar) que pequenas diferenças tornam opostos um homem e uma mulher que poderiam se dar muito bem… E essas diferenças geralmente giram em torno de preconceitos. Cor da pele, idade, situação financeira, o fato de haver alguém que é filho(a) de pais divorciados. Claro, diferenças muito grandes quase sempre indicam que haverá problemas, imagine uma mulher de 40 anos com um rapaz de 19! Ou alguém que mora na China, se apaixonando por outro que tem a vida estabelecida no Brasil! Ou uma moça filha de algum senador aí se enamorando do filho do faxineiro que limpa a sala onde o seu pai trabalha! Entendam, eu não tenho nada contra “ricos”, “pobres”, velhos, jovens, negros ou brancos. Mas há sim diferenças que vão trazer muitíssimas dificuldades (que poderão ser superadas ou não). Outras, porém, não trarão qualquer problema. Eu, por exemplo, sou 4 anos mais velha que meu esposo, sou do Nordeste e ele do Sul. Há diferenças entre nós, mas elas não são tão grandes… O fato é que, quanto mais você se parecer com o outro, melhor! Claro! E isso é lógico… Mesmos gostos, mesmos ideais, mesmos sonhos, mesmos objetivos de vida. É complicado quando um é mais caseiro, gosta de ler, é formado e tem uma fé, conviver com outro que adora “sair pras baladas”, odeia ler, estudar e afins, não fez faculdade mas só quer saber de ganhar dinheiro e não tem qualquer crença. Muito complicado mesmo…

relacionamento2Mas, às vezes as pessoas vão com suas lentezinhas de aumento deturpadas e veem coisas que não existem! Veem gigantes onde só há anões! Criam mil barreiras contra o relacionamento, por puras bobagens! Vejo isso acontecer, não é coisa da minha cabeça. Ora, se dois jovens gostam de conversar, são amigos, moram na mesma cidade, gostam dos mesmos passatempos, são parecidos em um monte de coisa, estão fazendo as faculdades dos seus sonhos, ainda que um com um pouco mais de dificuldades que o outro, só porque um mora no centro e o outro num bairro nobre agora não podem namorar? Me lembra do filme “A Sogra”, em que, numa determinada cena, Jane Fonda (que faz a sogrona chata), diz: “Meu filho, um cirurgião brilhante, casar com uma temporária?”. Ela fazia referência ao fato de que a futura nora não tinha emprego fixo, mas trabalhava fazendo várias coisas. Só que ela esqueceu de mencionar que a moça tinha feito faculdade de design, e era uma pintora super talentosa. Talvez, se ela tivesse pais (a personagem de Jeniffer Lopez – a nora torturada – era órfã), eles pudessem dizer a mesma coisa: “Minha filha, tão talentosa e trabalhadora, casar com um ‘filhinho de papai’?!”

Pois é: na maior parte dos casos, são os pais que agem assim. Duro, mas é verdade: muitas vezes, os pais, até sem querer, são os maiores culpados pela infelicidade dos filhos. Têm mil sonhos pros pimpolhos, esquecendo-se de que os filhos não são deles, e têm que escrever suas próprias histórias… Impõem seus sonhos àqueles que deveriam ter os seus próprios sonhos… E impõem de um modo tal, que os filhos esquecem que um dia sonharam…

Não estou pregando a revolta contra os pais. Sou cristã, creio na Bíblia. Sei das minhas obrigações para com os meus pais. Mas, quando eles queriam me impor algo que eu sabia que era errado ou que eu tinha certeza de que não precisava ser exatamente daquele jeito que eles diziam, eu batia o pé. Eu já briguei com meus pais por discordar deles em certos pontos. Nem por isso nos damos mal. Eu os amo muito e sei o quanto eles me amam. Honrar e respeitar os pais é o que nos pede a Santa Palavra de Deus, mas isso não significa concordar com eles em tudo. Imagine que você é cristão e seu pai pede que você faça algo contrário às suas crenças? Você não precisa fazer, aliás, você não DEVE fazer, pois “antes importa obedecer a Deus que aos homens”, é o que diz a Bíblia. Ou talvez eles peçam algo que não vai exatamente contra a vontade de Deus, mas que você sabe que eles estão equivocados. Tipo: “filha, não seja amiga de fulana, você sabe que o pai dela bebe!” Ora, é o pai que bebe, não a fulana, qual o problema? Claro, para isso é necessário que você tenha muita maturidade, e que tenha outras pessoas mais velhas com quem possa se aconselhar. Pastores, professores cristãos, anciãos da igreja, esposas do pastor e do ancião, amigos mais velhos, casados ou não, mas que tenham uma vida cristã exemplar… Por que não contar o problema a algum deles e pedir um “help”? Pergunte o que acham, se concordam com a idéia dos seus pais ou não, e por que, peça que algum deles interceda por você, se achar conveniente. Os pais devem ser nossos melhores amigos, e por terem vivido mais que nós, têm muita experiência, sendo, por isso mesmo, aqueles a quem deveríamos primeiro consultar. Mas, mesmo os melhores pais do mundo podem se equivocar. Não é pecado admitir isso, nem é pecado discordar, pensar e agir diferente deles…

Agora, analisados os prós e contras, vencidas as dificuldades, vocês começaram a namorar… E o namoro foi avançando mais e mais. Fazem-se necessários, então, outros questionamentos. Com o que você sonha? Ter um bom emprego, fazendo aquilo de que gosta? Quer casar? Quer viajar pelo mundo? Quer ter uma casa ou carro próprios? Quer isso tudo e mais? Lembre-se: uma coisa de cada vez. E não importa se você já tem o carro, mas o emprego ainda não é o que você gostaria; ou se você casou, mas ainda não tem a sua casa. Se você realmente quiser essas coisas, os sonhos alcançados não vão fazer desvanecer os sonhos ainda não realizados. Basta ter força de vontade e não se acomodar. Falo isso porque sei que às vezes essa é a nossa tendência quando conseguimos 2 ou 3 daqueles 10 sonhos que tínhamos. Mas não precisa ser assim, também não precisa realizar tudo de uma vez, ou só partir pra determinado sonho quando tiver conquistado uns 20 antes (tipo, só casar depois do mestrado, doutorado e pós-doutorado. Casar com a faculdade feita e um empreguinho básico pra se manter já tá bom demais… Risos…).

Até agora, falamos de uma sequência de fatos que culminou com um namoro, que provalvemente terminará num casamento, se tudo der certo. Mas eu queria terminar falando de um assunto onde eu talvez “bata muito na mesma tecla”. Não sei se porque aconteceu comigo, ou porque acho interessante, mas acho importante lembrar ele. Nem sempre você corresponde ou é correspondido quando o assunto é amor. E aqui eu queria deixar algumas dicas caso você passe por uma situação assim…

De tanto bater, meu coração se cansou… Esse é um título de livro que descobri fuçando o meu mais novo vício, o Skoob. E pensei no quanto ele poderia se aplicar a um monte de gente que sofre ou sofreu por amor. Na verdade, conheço uma história que, se um dia eu pudesse escrever um livro sobre ela, o título que eu usaria provavelmente seria esse. Não adianta me perguntar quem é o “personagem principal”, eu não vou dizer, não seria ético. Não sou eu, se bem que poderia ter sido. Já aconteceu isso comigo, como também aconteceu a essa pessoa. Hoje, nem eu nem ela temos do que reclamar. Eu sou casada. Ela também já casou, já está bem feliz, nem se lembra mais do passado. Na verdade, a minha história é SUPER parecida com a dessa pessoa, mas acho que, se acontecesse comigo exatamente tudo o que aconteceu a ela, seria demais pra suportar…

Bem, o fato é que, resumindo a ópera, trata-se de uma pessoa que amou e não foi correspondida. Seria bem comum, não fossem algumas coisas chatas que aconteceram no percurso. Entendam, como eu já falei num outro post, ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Mas esconder o que se sente, demonstrar que gosta mas dizer que não gosta, ou simplesmente dizer não ao outro por falta de vontade de enfrentar os obstáculos, a meu ver, não são coisas lá muito justas, não. Se não gosta, diga. E deixe bem claro através de atos e palavras. Não precisa se tornar um grosso, pode continuar sendo educado, mas sem afetação. E se não quiser, não precisa dizer o porquê. Apenas seja sincero.

Outra coisa: se gosta, diga. Se há dificuldades, enfrente-as. Fato é que nem sempre a vida é um mar de rosas. Às vezes a gente quer muito namorar alguém, vemos que não há qualquer problema, sabemos que Deus não Se oporia, mas por conta de uns e outros, ou dos pais, ou de outra coisa qualquer, preferimos esconder os sentimentos, fingir que não amamos e afastamos a pessoa de nós, ficando amargurados se não pelo resto da vida, mas por um bom tempo dela. Não admitimos que essa pessoa nos supere e vá viver sua vida ao lado de outro(a), pois, apesar de tudo, a amávamos e não queríamos perdê-la de vista. Mas, como não fomos fortes o suficiente para lutarmos por ela, seu coração “de tanto bater acaba se cansando” e ela acaba indo embora, queiramos nós ou não.

Sei que talvez tenha sido dura agora. Mas se falo isso é porque sei que, às vezes, os maiores sabotadores da nossa felicidade somos nós mesmos… E não deveria ser assim. Tanta gente vive triste por aí por causa de “amores mal resolvidos”, quando tudo poderia sim ter se resolvido, se fôssemos apenas um pouco menos complicados. Tem gente que passa por coisas assim e supera, tem gente que não. E como deve ser ruim descobrir que é infeliz por sua própria culpa…

Sei também que não falei tudo sobre relacionamento a dois aqui. E nem pretendia isso. Quem sabe um dia, se eu escrever um livro (rsrsrs). Mas, ainda assim, não vai ser tudo. Não tem como ser tudo. Eu não sou a dona da verdade. Não sei tudo. Nem psicóloga sou. Mas gosto de compartilhar o pouco que aprendi com outras pessoas, com leituras, com vivências minhas, sobre esse assunto… Se ajudar uma pessoa que seja, é o que sempre digo, já está de bom tamanho. Se fez você que leu pensar um pouquinho sobre a vida, já é grande coisa pra mim…

Update

Bom, eu tinha prometido um post sobre relacionamentos, em que eu falaria mais do que geralmente falo. Escrevi muita coisa dele, mas muita coisa ficou só na cabeça mesmo… Eu achava que quando conseguisse juntar tudo num documento do word, deveria postar. Mas percebi que isso não era tão necessário. Então, o post seguinte vai ser esse. Finalmente…! Aguardem só mais um pouquinho…

Ateus, poetas & messias

ateuA estupidez humana não cessa de me espantar. Leio na imprensa do dia que uma associação “humanista” da Grã-Bretanha lançou em Londres uma campanha pública para defender a provável inexistência de Deus. A ideia foi escrever nos ônibus da cidade duas frases de arrasadora profundidade filosófica: “Deus provavelmente não existe. Por isso, deixa de te preocupar e aproveita a vida”. A tese espanta, não apenas pela infantilidade que a define – mas pela natureza ilógica que a contamina. Se Deus não existe, haverá necessariamente motivos para celebrar?

Os mais radicais “philosophes” do século 18 concordariam que sim. O próprio projeto iluminista, na sua crítica à instituição religiosa como autoritária e obscurantista, defendia que a libertação dos Homens passava pela libertação do divino. Nem todos os “philosophes” eram ateus, é certo: Rousseau ou Diderot, impenitentes “deístas”, não são comparáveis a La Mettrie ou Helvétius. Mas o iluminismo continental abriria a primeira brecha na cultura ocidental, ao retirar a Fé do seu trono e ao coroar a deusa Razão.

Foi esse gesto primordial que tornaria possível as devastadoras críticas posteriores do trio maravilha (Feuerbach, Marx e Freud). Deus criou os Homens? Pelo contrário: Deus é uma criação dos Homens por razões várias e todas elas racionalmente explicáveis.

Os Homens criaram Deus por temerem a sua própria mortalidade (Feuerbach). Os Homens criaram Deus por contraposição às condições materiais das suas existências precárias (Marx). Os Homens criaram Deus por puro sentimento de culpa: parricidas arrependidos, eles buscam ainda uma autoridade perdida; Deus é o “fétiche” infantil de quem se recusa a viver uma vida adulta (Freud).

Infelizmente, aparece sempre alguém para estragar a festa. Falo de Doistóievski, claro, disposto a contrariar o otimismo liberal da burguesia russa oitocentista, para quem Deus era um empecilho de modernidade. Pela boca de Karamazov, Dostoiévski formularia a pergunta que Feuerbach, Marx, Freud e também Nietzsche se recusaram a enfrentar: e se a ausência de Deus significa também a ausência de qualquer limite ético para a acção humana?

Essa possibilidade seria confirmada no século seguinte: um século devastado por grandes construções coletivistas, utópicas e rigorosamente ateias que libertaram um fanatismo e uma crueldade indistinguíveis do fanatismo e da crueldade das antigas religiões tradicionais.

Quando os Homens não acreditam em Deus, eles não passam a acreditar em nada; eles acreditam, antes, em qualquer coisa, como dizia profeticamente Chesterton. Antes de festejarmos a provável inexistência do barbudo, convém saber o que essa coisa será.

(João Pereira Coutinho, Folha Online)

Leia-me

Só um detalhe importante. Eu tenho um blog mais voltado a assuntos religiosos, com textos meus ou de outras pessoas, que, creio, podem servir para confortar, ajudar, alertar… Porém, quando achar interessante, postarei (como já fiz algumas vezes) alguns textos deste outro blog aqui também. Só pra vocês saberem 😛

😉

Té mais…

Novo blog

Meu esposo agora tem blog!

http://phronemata.blogspot.com/

Vejam e comentem!

Bye…

Mais sabedoria

5179509_71022c263bExiste diferença entre um homem instruído e um homem sábio. A escola dá instrução e oferece conhecimento. Só Jesus dá sabedoria, e a dá de graça.

Salomão¹ define sabedoria como prudência. Ser sábio é ser prudente. Se você procurar no dicionário a melhor definição de prudência, verá que uma delas é o equilíbrio. Portanto, sabedoria significa equilíbrio. E equilíbrio você não aprende na universidade, não é fruto do estudo, nem é resultado de anos de investigação e pesquisa. Equilíbrio é um presente que Jesus dá àqueles que vivem uma vida de comunhão diária com Ele.

É impressionante observar que para ser feliz é preciso ser equilibrado em todas as áreas da vida humana. Começando pela vida pessoal, passando pelas relações familiares e terminando na carreira profissional. Qualquer tesouro em mãos de uma pessoa sem equilíbrio é como uma linda rosa nas mãos de um orangotango. O animal é incapaz de apreciar a beleza da flor e acabará destruindo-a.

Por que pessoas sumamente instruídas são, às vezes, incapazes de fazer felizes os que vivem mais próximo delas? Um título acadêmico, um cargo, uma função, não dão necessariamente equilíbrio. É certo que tudo isso deveria contribuir para que a pessoa adquirisse sabedoria. Mas na maioria das vezes não ocorre assim, porque sabedoria é algo interior, colocado por Deus no coração daqueles que O reconhecem como tal.

A pessoa equilibrada anda sempre na linha do meio. Isso não significa ficar em cima do muro, indeciso, indeterminado e temeroso. Não! Ao contrário, significa estar aberto para a vida, para a mudança, para a aprendizagem constante e para ouvir a opinião de todos, a fim de tomar a decisão certa. Significa humildade para aceitar os erros e coragem para corrigi-los. Por isso, hoje, antes de decidir sobre qualquer assunto, lembre-se do conselho divino: “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência.” (Provérbios 9:9)

(Alejandro Bullón)

——–

¹Escritor bíblico, filho de Davi, foi rei de Israel

Quando dois se tornam um: a matemática do casamento

casal-a-chuvaJoão e Jane são duas pessoas completamente diferentes — diferentes na criação, personalidade e em seus antecedentes familiares. Depois de algum tempo, conselhos e muita oração, marcham para o altar e fazem o voto de se tornarem uma carne sob a bênção de Deus. Que significa tornar-se um? É possível a duas pessoas diferentes tornar-se “um”? Alguns diriam Não. A Bíblia, não obstante, diz Sim.

Mas como se compreende a afirmação de que “serão ambos uma só carne”? (Gênesis 2:24). É isso um mistério matemático? Ou envolve algo mais?

A matemática da anulação

Alguns argumentariam que o casamento cristão é um milagre que transcende a simples regra matemática, dando-nos a equação 1+1=1. Tal argumento não reflete o verdadeiro sentido de Gênesis 2:24 ou o princípio bíblico de unidade no casamento. Se 1+1=1 é correto, segue-se que um dos dois precisa renunciar ao eu e tornar-se zero. Tal renúncia permite a possibilidade matemática (1+0=1), mas cria uma dificuldade teológica.

Veja o caso de Helena. Ela era uma pessoa que parecia ter uma visão muito clara de seu futuro. Possuía o potencial de tornar-se uma profissional bem-sucedida. Sempre feliz, sempre alerta, era possuidora de uma personalidade que a levaria mais alto. Contudo, quando Helena se casou, começou a experimentar algumas pequenas mudanças em suas atitudes. Insegurança e dúvidas quanto a si mesma intrometeram-se em sua vida. Ela tornou-se uma profissional, mas o sucesso em alto nível se lhe escapava. Tornou-se calada, rindo ou sorrindo somente quando seu marido não estava perto. Vivia uma vida quieta, às vezes reclusa — raramente expressando-se, mesmo em assuntos como a educação de seus filhos, a ornamentação da casa ou os vestidos que usava. Seu marido decidia tudo.

Você já encontrou Helena muitas vezes, em muitos alugares. Ela aceita a vida como rotina, mesmo apresentando uma imagem exterior agradável. Oculta dentro de si uma multidão de problemas que não são percebidos nem mesmo pelos amigos mais íntimos ou pessoas da família. Os psicólogos chamam isso de Síndrome de Anulação da Identidade, visto mais em mulheres, e menos em homens.

Duas características significativas marcam essa síndrome: a perda da capacidade de tomar decisões e uma transferência lenta do controle de tudo ao cônjuge, incluindo até mesmo os gostos mais pessoais. O resultado? Um sentimento tremendo de frustração, não expressa verbalmente, mas armazenada internamente até que um dia explode num trauma. Medo, ansiedade e dor emocional vêm à superfície.

Ellen White aconselha que a mulher “não deve sacrificar sua força e permitir fiquem adormecidas suas faculdades, dependendo inteiramente do esposo. Sua individualidade não pode imergir na dele. Ela deve sentir que é igual ao marido — deve estar ao seu lado, fiel no seu posto de dever e ele no seu”.

De novo ela escreveu: “Deus lhe deu [à esposa] uma consciência, que ela não pode violar impunemente. Sua individualidade não pode ser submersa na do marido, pois ela é propriedade de Cristo. É um erro imaginar que com cega devoção deve ela fazer tudo exatamente como seu marido manda, quando ela sabe que assim procedendo atrairia danos sobre o seu corpo e espírito”.

Outra vez, falando a um casal recém-casado, Ellen White disse: “Mas, ao mesmo tempo em que vos deveis unir em um só ser, nenhum de vós deverá perder na do outro, sua própria individualidade. Deus é o dono de vossa individualidade. A Ele deveis perguntar: Que é direito? Que é errado? Como poderei eu melhor cumprir o propósito de minha criação”?

Assim, o ideal da unidade bíblica não permite a anulação ou rendição de um ao outro. Um cônjuge não deve controlar a consciência do outro. Com efeito, a atividade criadora de Deus envolvendo uma costela é um símbolo poderoso de que Eva “não deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob seus pés como seu inferior, mas estar a seu lado como sua igual”. “Ninguém se casa para ter sua personalidade destruída ou para ser ignorada pelo cônjuge”.

A matemática da mutilação

Se a anulação de uma pessoa não é a resposta para o problema da unidade, podemos pensar na mutilação de ambos como uma forma possível de compreender o conceito? Por mutilação, quero dizer que cada pessoa renuncia a 50 por cento de si mesma: 0,5+0,5=1. Alguns casais cristãos seguem esse caminho por razões sociais e financeiras, por amor às crianças ou para evitar o fracasso. No processo, são forçados a desistir de muitos de seus alvos e sonhos pessoais.

Dos que seguem esta rota, muitos não se lembram mais de quando deixaram de ser eles mesmos para se tornarem outra pessoa. “Ambos decidiram que a `vida’ seria um `modo de vida’. Mas com a passagem do tempo, ambos precisam examinar se seu viver diário é vida de verdade, agonia… ou morte”. De fato, ambos estão meio mortos, porque deixaram 50 por cento de sua vida completamente fora da relação.

Se a porcentagem é outra, digamos 40 por cento de um e 60 por cento de outro, o resultado poderia ser ainda mais desastroso. Não, a resposta ao problema da unidade no casamento não jaz na matemática da mutilação, e sim no mistério do amor. Mas considere primeiro uma questão fundamental.

casal-financas-210108Em busca de uma solução

Se você percebe que qualquer das operações matemáticas descritas acima se encaixa no seu caso, faça uma pausa. Que deveria você fazer para vencer a tentação da negação própria?

1. Peça ajuda. É muito fácil não estar ciente de que sua personalidade está sofrendo um processo de anulação. Busque auxílio de um profissional cristão, preferivelmente com experiência pastoral. Essa ajuda pode habilitá-lo a redescobrir e reforçar sua personalidade única.

2. Desaprenda. O comportamento é aprendido e por isso pode também ser desaprendido. As pessoas entregam suas vidas para serem manejadas por outros por muitas razões. Quando as pessoas permitem que outros as controlem, a ponto de não saberem quem são, deviam procurar a causa. Podem ser situações de família, traumas não resolvidos da infância ou alguma crise que forçou um dos parceiros a assumir o controle.

3. Expresse seus sentimentos. Se você sente que não está sendo ouvida, ou que seu cônjuge tende a rebaixá-la e assumir a direção, é tempo de desabafar. Comunique-se e seja firme. Ajude seu cônjuge a apreciar e a valorizar o princípio de mutualidade no casamento.

4. Estude o propósito do casamento. Deus deu ao marido e à esposa a responsabilidade de cuidarem um do outro. Marido e esposa devem complementar-se. Embora um não possa ser consciência para o outro, ambos podem ser uma fonte de vigor mútuo.

5. Tratem-se com respeito. Marido e mulher precisam compreender que são parceiros iguais numa relação divinamente ordenada. Ambos têm a responsabilidade de preservar esta relação de amor mútuo e carinho.

O mistério do amor

Voltemos agora à nossa pergunta. Que significa “os dois se tornam um”? Quando Maria e eu começamos nossa vida de casados, tivemos de enfrentar muitos conflitos que surgiram de nossas diferenças culturais e do modo como fazíamos as coisas. Os primeiros anos foram difíceis. Depois de tentar “convencer” e impor nosso ponto de vista, pudemos afinal seguir o caminho elevado do acordo. Começamos com coisas simples, como nossas refeições. Pessoalmente não gosto de óleo de espécie alguma. Minha mulher, por outro lado, gosta de adicionar óleo a tudo. No começo isso era uma luta, tentando fazer desaparecer o óleo de nossa cozinha e despensa. Mas um dia ela descobriu que podia cozinhar sem óleo, adicionando-o depois. Durante 14 anos temos cozinhado sem óleo em nossa casa, adicionando-o depois. Problema resolvido.

Para mim, descanso significa deitar-me num sofá para ler um bom livro ou ouvir música. Para minha mulher, significa andar. A princípio, tentei convencê-la das vantagens de ficar em casa para ler um pouco. Ela, por outro lado, queria que eu compreendesse a importância de sair ao ar livre. Finalmente, optamos pelo rodízio na decisão sobre qual atividade fazer, mesmo que o outro não gostasse da escolha. Ficamos felizes com o arranjo. Através dos anos, aprendi a apreciar um dia ao ar livre, e minha esposa passa mais tempo lendo. O que aparece como um problema pode ser resolvido por respeito mútuo e consideração.

Unidade, portanto, não significa eclipsar a personalidade do outro. Significa renunciar ao desejo de dominar o outro, e em vez disso guindar-se ao nível elevado de amor e respeito, criando a unidade que é fundamental para o sucesso do casamento. O ingrediente básico desta unidade deve, naturalmente, ser o amor.

O amor é a solução

O amor não é egoísta, não busca seu próprio interesse. O amor procura dar e não receber. Somente aqueles que não amam exigem submissão e anulação.

Ninguém se une em casamento para perder a liberdade. Ao contrário, nós nos unimos com uma pessoa que aprecia nossas características e dignidade. A relação de um casal é um compromisso recíproco de cooperação. Ambos se congratulam ao ver o outro atingir seu potencial máximo.

Cada pessoa é única. A expressão “Deus quebrou o molde depois de ter criado você” não só é verdade, mas devia ser repetido mais vezes. Nunca houve e nunca haverá outra pessoa como você ou eu. Portanto, no casamento, ao estabelecermos uma relação de amor, o fazemos com uma pessoa inigualável. Amor e respeito por essa qualidade única preserva a unidade da relação.

Um provérbio chinês reza: “Não ande na minha frente; não posso acompanhá-lo. Não ande atrás de mim; não posso ser seu guia. Ande a meu lado e serei seu amigo”. Aí jaz o segredo de um amor duradouro. Duas pessoas diferentes, andando lado a lado, mãos dadas, corações unidos, afirmando que são um na relação misteriosa do casamento.

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(Por Miguel Angel Nuñez, em Diálogo Universitário)

Para ler mais sobre esse assunto, clique aqui.

Uma questão de tempo

letras1Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem contou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minimamente do jeito correto. Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta, a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim, esse animal existiu de fato. A professora de Português nos disse que devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enigmática na cabeça. Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na pré-adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmula, lá vinham as palavras mágicas.

Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi.

– Você nunca ouviu falar nele? – perguntei.

– Ainda não fomos apresentados – ela disse.

– É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de terror.

– E ele faz o quê?

– Atrapalha a gente na hora de escrever.

Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia usar trema nem se lembrava da regrinha. Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se conseguirei escrever de outra forma – agora que teremos novas regras. Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros, que servirão ao menos para determinar minha idade.

– Esse aí é do tempo do trema.

(Por Miguel Sanches Neto, no Manual da Nova Ortografia – edição especial da revista Nova Escola, ed. Abril)

Amy

Encontrei essa foto enquanto pesquisava uma imagem para o post anterior. Acho que é porque digitei “vício”, mas enfim… O que mais me espanta é que ela era tão bonita e ficou tão cadavérica. Tá certo que podia ter alguma gordurinha sobrando num lugar ou noutro, mas era bem mais bonita e saudável que é hoje. Que sirva de lição pra gente: aparência não é tudo. Não vale a pena ficar doente pra ficar magra. Não vale mesmo…

amy

Blogs e afins…

viciadoEstaria eu viciada em blogs? Espero realmente que não! Já não basta orkut (do qual tenho tentado me desvencilhar ultimamente… Não que não goste, como falei num post anterior, amo, mas não dá pra ficar o tempo todo checando página de recados né…), agora blogs? hauhauahuaha…

Não passo um dia sequer sem olhar pelo menos uns 5 blogs, vou clicando em links de uns que já conheço, e esses levam a outros, que levam a outros…

É até inspirador. Me lembra dos livros/diários que Maysa tinha (reportagem do Fantástico), em que ela punha recortes e escrevia coisas sobre si e sobre a vida… Não sei se meu blog é assim, mas seria bem legal se fosse…

Também gosto de nem que seja dar uma passadinha diária no meu. Não vou dizer que escrevo todos os dias (embora ache que esteja bem perto disso hehehe), mas sempre passo por aqui e se pudesse faria, sim, pelo menos um post diário.

Mas viciada não, que já bastam os meus outros “vícios”!

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