Pensamentos

Arquivo para a categoria “fé”

#Setimodia

Como sempre costumo dizer, esse blog não se destina a evangelizar nem converter ninguém. Uso esse espaço apenas para falar sobre coisas de que gosto, dar minha opinião e compartilhar meus Pensamentos sobre assuntos dos mais diversos, e às vezes até me arrisco (ou ouso) dar algumas “dicas” referentes a coisas que já vivi e que creio que possam ajudar outros (e que não fazem de mim herege nem nada do tipo).

Mas o caso é que como sou cristã, o cristianismo faz parte de mim. E como já falei aqui, de vez em quando falo sim sobre fé neste blog. Não como no outro que tenho, em que o tema é exclusivamente esse. Mas falo porque faz parte de quem sou. Portanto, se você não gosta do assunto, sinta-se à vontade pra pular esse post e ler o de baixo, ou aguardar os próximos (estou preparando dois e tem mais um que vai ao ar amanhã), ou mesmo clicar no X no canto superior direito. Eu não vou ficar chateada nem nada 😉 Mas, se quiser conhecer algo diferente, continue lendo…

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Bom, sábado passado foi um dia muito especial para mim. Como adventista do sétimo dia (veja o ítem 20), procuro seguir a Bíblia quando diz que “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera” (Gênesis 2:3). Deus não se cansa, e por isso mesmo não precisava “descansar”, mas fez assim para nos dar o exemplo. A importância desse dia é tanta que há um mandamento só para ele. Além do mais, o próprio Jesus ia à igreja aos sábados:

“Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler” (Lucas 4:16).

Ele não fez isso só pra ficar “bem” diante do povo que o viu crescer ou porque era “costume”. Jesus não aprovava “costumes” se esses fossem contrários ao que Deus ensinava em Sua palavra. É só olhar o jeito como tratava as mulheres, os assim chamados “pecadores” e demais pessoas tidas como escória da sociedade. Isso só para citar um exemplo. Portanto, se o sábado não fosse mais o dia de guarda, Ele teria deixado bem claro, e a última coisa que faria seria entrar numa sinagoga bem no sétimo dia da semana.

Pois é, mas acontece que hoje, mais de 2000 anos depois, tudo isso parece ter perdido a relevância, o significado. Deus deixou esse dia antes que qualquer sinal de pecado entrasse no mundo, pensando apenas no nosso bem e na nossa comunhão com Ele. Mas há ainda algumas pessoas que sabem o quanto é bom ter um dia especial de encontro com o Senhor, e de descanso também. E uma dessas pessoas, o Robson Fonseca, estudante do UNASP, teve a interessante ideia de chamar a atenção do Brasil para esse dia. Convocou todos aqueles que creem que o sábado é um dia especial pra postarem frases, pensamentos, vídeos, músicas e tudo o mais que remetesse ao sétimo dia na rede social da moda: o twitter. E pra ficar diferente, pensou na tag #setimodia. Por isso que vocês viram, do anoitecer da sexta até o anoitecer do sábado, essa tagzinha nos trending topics.

Muita gente pensou que fosse missa de sétimo dia de alguém ou alguma referência a um filme “Sétimo Dia” (do qual nunca tinha ouvido falar), só que não foi nada disso. A ideia se espalhou entre os twitteiros adventistas, e muitos foram os que a “compraram”. Uma enxurrada de tweets sobre o assunto inundou a noite de sexta e manhã e tarde de sábado, numa tentativa de compartilhar algo que nos faz muito bem e nos dá muita alegria. Sabe como é, quando você encontra algo bom, a vontade é de sair espalhando pra todo mundo, e foi isso que fizemos (Editado! Clique aqui para saber mais sobre o que aconteceu).

A coisa foi tão intensa que não sei como teve adventista que ficou de fora! Se você foi um deles, a minha pergunta é: você passou alguns dias em Marte, que não ficou sabendo? Acorda pra vida, pessoa! Jesus está voltando e essa é a hora de tomar parte na obra dEle. Como disse Spurgeon, “Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor”. Não importa onde nem como você toma parte da missão, mas você TEM que tomar parte nela. E se você sabia, mas ainda assim não participou, só te perdoo se você não o fez porque estava na igreja, ou visitando um asilo, ajudando alguém, falando da Bíblia a um conhecido ou coisa do tipo. Porque você simplesmente perdeu uma chance preciosa, não só de testemunhar, como de passar um sábado diferente. Pelo menos, foi o que aconteceu comigo. Há tempos que não desfrutava de um sábado assim, além do que conheci muita gente interessante! Só posso dizer que você P-E-R-D-E-U, infelizmente!

E se você não é cristão, ou é, mas não conhece sobre o sábado, ou apenas achou o post interessante e tem vontade de saber mais sobre o assunto, não tema: com os comentários não há problema! Mande sua dúvida, questionamento, ou defenda outro ponto de vista, só não vale xingamento! E lembre sempre que Deus o ama, e deixou um dia todo especial só pra você se encontrar com Ele: o #setimodia 😉

Palavra divina ou palavra humana?

Muita gente diz crer que Jesus foi um “grande Mestre” ou “o primeiro comunista da história” ou “um homem especial”. Sem entrar no mérito da veracidade dessas declarações, fica claro que Ele sempre foi e ainda é muito admirado, apesar de ser também odiado por alguns.

Se você tem alguma boa impressão acerca de Jesus, por mais simples que seja, fato é que você crê em pelo menos parte do que diz a Bíblia, correto? Pois é. E é sobre isso que eu queria falar hoje. Como sempre digo em posts dessa categoria, meu intuito não é “converter” ou “catequizar” ninguém, e sim fazer pensar. Apenas isso. Afinal, o nome do blog já diz…

Leiam esse texto:

“Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam” (I Pedro 1:10-11).

A grande questão hoje: de quem foi a mensagem que os escritores da Bíblia deixaram?

Na passagem de hoje, o apóstolo Pedro nos deu uma visão interessante sobre a doutrina da inspiração. Ele mencionou que os profetas que nos deram a mensagem sobre a vinda do Messias procuraram seus próprios escritos para tentar descobrir o que significavam aquelas palavras. Que outro autor escreveu um livro e depois voltou a ler o texto para descobrir o que ele significava? Isto é apenas verdadeiro para as Escrituras, porque a Bíblia não é a palavra do homem, mas a Palavra de Deus.

Os escritores da Bíblia não estavam comunicando as suas próprias opiniões, eles escreveram as palavras que Deus soprou para nós através deles. Por exemplo, Jeremias, ao falar com os israelitas, disse: “Então o Senhor estendeu a mão e tocou a minha boca, e o Senhor me disse:” Eis que ponho as minhas palavras na sua boca””(Jeremias 1:9). O conteúdo das Escrituras vem da mente de Deus, não da mente do homem.

No fim de semana passado, eu assisti a uma cerimônia de graduação na qual pediram que ficassem de pé os graduados que estivessem planejando ir do ensino médio para o serviço militar. Dezenas de moças e rapazes levantaram-se e a multidão deu-lhes uma ovação entusiasmada pela sua disponibilidade de arriscar suas vidas por seu país. Quando eu vi aquilo, eu me senti “inspirado”.

Todos nós experimentamos essa sensação às vezes. No entanto, devemos entender que quando Paulo disse que as Escrituras são “inspiradas” (2 Timóteo 3:16), a palavra grega que ele usou significa literalmente “soprada por Deus.” Os escritores da Bíblia não eram apenas “inspirados” no sentido humano. Eles escreveram as palavras que Deus soprou através deles. As Escrituras são palavras de Deus!

Com esse conceito em mente, devemos procurar as grandes verdades que são encontradas nas Escrituras. Ao estudar as Escrituras, podemos conhecer o coração e a mente de Deus, porque é a Sua Palavra! (answersingenesis.org)

Achei muito interessante. Já parou pra pensar nisso? Se você crer que pelo menos algumas partes da Bíblia são verdadeiras ou, no mínimo, prováveis, você poderia pensar nesse texto um pouquinho. E ainda agradecer a Deus por se preocupar com a gente a ponto de Ele mesmo sussurrar tudo que queria nos dizer para os mais diversos tipos de pessoas, pois, apesar de imperfeitos, Ele nos ama, e usa até aqueles que imaginamos “inferiores” ou “sem importância” para nos falar as coisas mais importantes…

Mas é só uma sugestão…

Sonhos na prateleira

Você já teve que colocar algum sonho na prateleira? Eu não conhecia essa expressão, até econtrá-la neste blog. Achei tão bonita que quis escrever sobre ela. Já devia ter feito há mais tempo, mas hoje finalmente resolvi sentar pra falar sobre o assunto.

Acho que o que me fez gostar da frase foi o fato de que eu mesma já fiz isso. Leiam o que a autora do blog escreveu sobre si mesma, para entenderem melhor:

Pus alguns sonhos na prateleira e segui caminhos antes impensáveis – e então me deparei com novos sonhos. Aprendi que viver é isso, também (A Estrada Anil).

Ela está certa. Colocar sonhos na prateleira não quer dizer se desfazer deles, mas sim esperar para que aconteçam no tempo certo, e não quando nós queremos.

Quando eu conheci meu esposo, ele me falou que tinha o sonho de fazer outra faculdade, depois de terminar a que ele já estava fazendo. Não imediatamente depois, não sabia quando seria, mas queria fazer. E eu falei o que pensava e penso até hoje: “não tem problema”.

Só que ele acabou passando no vestibular dessa outra que ele queria fazer logo que terminou a primeira. Nem ele nem eu esperávamos por isso. A gente queria casar primeiro, curtir, eu pensava em fazer minha residência, e achávamos que teríamos tempo para guardar reservas para quando ele viesse estudar. Mas entendemos que Deus queria que a gente viesse para cá naquele ano de 2007, e não depois.

A vida aqui não é fácil. Eu estou trabalhando como queria, graças a Deus. Meu esposo é um dos melhores de sua turma, e também trabalha muito na faculdade. Mas estamos longe da família e amigos há quase quatro anos. Moramos numa cidade de poucos recursos, bem diferente daquelas de onde viemos. Nem todo mundo entende a decisão que tomamos. Afinal, eu poderia estar fazendo residência e meu esposo poderia estar ganhando bem, trabalhando na área em que se formou. Além do mais, estaríamos mais perto daqueles que amamos. Porém, meu esposo estaria infeliz, e talvez se acomodasse e nunca viesse a fazer aquilo com que tanto sonhava,

Mas os sonhos de Deus para nós sempre são maiores que aquilo que pensamos. Cremos — por uma série de fatores — que foi Ele que quis que a gente viesse mais cedo do que esperávamos, e que arranjou tudo para que nos estabelecêssemos aqui. Moramos num bom lugar, temos nossa própria renda, não dependemos de ninguém.

Alguém pode dizer: “e você? E seu sonho de residência? Ele não pode esperar, mas você pode?” Em primeiro lugar, meu sonho não é tão grande como o dele. Em segundo, o sonho dele também já era meu, antes de nos casarmos. Ele não está fazendo apenas uma segunda faculdade, está se preparando para algo bem maior, em que minha presença é imprescindível, e graças a Deus por ser assim, pois faço questão de estar junto dele quando ele estiver finalmente pronto para fazer aquilo a que foi chamado. Em terceiro, depois que ele conquistar seu sonho vai ser a minha vez de ir em busca do meu, e a vez dele de “colocar os sonhos na prateleira”. Ele poderia e gostaria de fazer logo um mestrado e depois doutorado, mas preferiu esperar por mim. Graças a Deus somos um casal que se ama, e sabemos abrir mão de algo quando é para agradar o outro. Temos nossos defeitos, mas sabemos ceder, entendemos que isso faz toda a diferença, saber abrir mão do seu ego.

E por último, quem escolheu que ele realizasse o sonho primeiro foi Deus, não ele e nem eu. Poderia ter sido o meu, mas foi o dele. E aconteceu assim porque Deus quis que fosse assim. Meu esposo ia fazer o vestibular só por experiência, tínhamos certeza que não viríamos pra cá, quando vimos, já estávamos aqui, e muito bem instalados, graças ao Pai. Foi vontade dEle. E isso não faz diferença, não estamos numa competição para ver quem realiza os sonhos primeiro. Vamos conquistando as coisas aos poucos, uma de cada vez, mas sempre juntos, um apoiando o outro. Por isso gostei tanto daquela expressão. Como a autora do blog, “segui caminhos antes impensáveis — e então me deparei com novos sonhos. Aprendi que viver é isso, também”.

Eu sou…

Hoje, estudando a Bíblia, com a ajuda da lição da escola sabatina¹, que é muito boa por sinal, acabei lendo sobre algo que sempre pensei, e sempre comentei com meu esposo, mas nunca tinha pensado em escrever…

O tema dessa semana é fidelidade. Os textos falam sobre a fidelidade de Deus, a falta de fé no mundo de hoje, alguns exemplos de fidelidade ao longo das Escrituras e a fidelidade constante que precisamos ter em nosso viver. Alguns temas ainda não estudei, mas duas coisas no tema de ontem foram as que mais me chamaram a atenção até agora, e é sobre elas que eu queria falar:

1. Ouvimos constantemente: “Agrade a si mesmo: você merece”: quem nunca ouviu isso? Quem nunca falou isso a alguém? Mas será que é verdade mesmo? Será que somos tão “bonzinhos” assim que merecemos tudo que há de melhor nesse mundo? Na verdade, tudo que a gente tem vem de Deus, é tudo mérito dEle, dEle vêm a chuva e o sol, a força pra trabalharmos, a inteligência pra estudarmos e nos darmos bem na vida, a capacidade de amar, ajudar, se compadecer… Eu ultimamente venho evitando essa história de “você merece” em mensagens de aniversário ou qualquer coisa parecida. E nem gosto que digam pra mim. Isso é um engano, não merecemos nada. E também é uma mentira que muitas vezes dizemos a nós mesmos pra justificar algo que fazemos que geralmente não deveríamos fazer…

2. Muito embora não possamos dizer que esta geração seja a primeira a ser egoísta, é sem igual no sentido de que o egoísmo é realmente recomendado. “Procure ser o número um”, “primeiramente, ame a si mesmo”, é o lema popular: outra coisinha muito em voga hoje. Principalmente se você procurar em livros de autoajuda. Claro que temos que ser bons no que fazemos, temos que nos amar e ter autoestima. Mas o que o mundo hoje mostra é uma deturpação disso. “Seja o número um”, nem que pra isso tenha que passar por cima de valores, amizades, princípios. “Ame a si mesmo” e não deixe que ninguém tome o seu lugar. Ame só a si, e não se incomode com as necessidades dos outros, com seus problemas e dificuldades. Que pena que eles sofrem, mas você só pode se preocupar consigo mesmo, infelizmente…

Quanta diferença do que a Bíblia diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Filipenses 2:13).Considerar os outros superiores a si mesmo. Quanta falta faz isso hoje, e como viveríamos melhor se aplicássemos esse ensinamento em nossas vidas…

Sei que muita gente que visita o blog não é cristã. E como eu sempre digo, esse post não tem o objetivo de catequizar ou converter ninguém, mas sim de nos fazer pensar. Sei que muitos, mesmo não-cristãos, irão concordar que o que a Bíblia nos ensina é para o nosso próprio bem e felicidade aqui neste mundo. E eu trago isso pra vocês porque, independente da crença que possam ter, imagino que saberão apreciar as boas lições da Palavra de Deus.

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¹Material preparado pela editora Casa Publicadora Brasileira, a cada três meses, oferecendo, a cada edição, um assunto diferente da Bíblia para ser estudado no trimestre.

Críticas

Hoje o post não vai ser sobre relacionamento, comportamento, aconselhamento e nem vou dar “meu pitaco” sobre algo que aconteceu no Brasil ou no mundo. Hoje eu apenas preciso desabafar…

Quem me conhece sabe que eu sou muito crítica, não só comigo mesma, mas com os outros. Eu poderia culpar meu temperamento por isso: sou melancólica, e uma das principais características de quem é assim é exatamente a crítica. Mas eu sei que o problema sou eu mesma.

Podem até dizer que, se for construtiva, a crítica é boa. Mas eu não creio muito nisso. Crítica é crítica, e fere quem é atingido por ela. Fere porque somos humanos, e ninguém gosta de ouvir que algo que pensa/fala/faz é errado ou pelo menos tem algumas falhas.

Sou cristã. E como cristã sei o quão errado é sermos críticos (no sentido de criticar comportamentos ou atitudes de outros, não no sentido de avaliarmos coisas). Na verdade, muitos não se tornam cristãos ou até detestam os cristãos por muitos destes serem críticos. Adoramos criticar o comportamento dos outros (embora não queiramos que ninguém critique o nosso), e achamos isso o máximo. Mas esse não foi o método ensinado por Jesus. Se você for olhar na Bíblia, você vai encontrar o que Ele falou sobre esse assunto:

Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho, então você ganhou de volta o seu irmão (Mt 18:15).

Esse é o jeito certo. Esse é o método. Se nós cristãos agíssemos mais assim, não ia haver tanta gente avessa a qualquer coisa que remetesse ao Cristianismo.

Eu, porém, tenho falhado muito nesse aspecto. Prefiro ficar comentando coisas erradas (ou que às vezes nem o são, apenas eu acho) que as pessoas fazem ou dizem, ou remoendo dentro de mim mesma, ou até ficar soltando indiretas, do que ir direto ao ponto e falar com a pessoa sobre algo que ela fez e que me incomoda, ou mesmo que tenho certeza de que está errado. Sim, porque a mesma Bíblia que citei há pouco também diz:

Se eu disser que um homem mau vai morrer, mas você não o avisar para que mude o seu modo de agir e assim salve a sua vida, aí ele morrerá, sendo ainda pecador. Nesse caso, eu considerarei você como responsável pela morte dele. Porém, se você avisar o homem mau, e ele não parar de pecar, ele morrerá como pecador, mas você viverá (Ez 33:8 e 9).

Parece forte — e é. Mas o principal que Deus quer dizer é: se você sabe que seu companheiro está no erro e não avisa, você está errado. Aí você pode pensar: “mas quem é você pra falar qualquer coisa se também erra — se não nesse, mas em outros aspectos da vida?” Realmente, sou pecadora. Sou como um “pano sujo” (Isaías 64:6). Mas posso e devo ajudar quem está no erro e não sabe. Só que devo fazer isso com carinho e amor, indo diretamente à pessoa, conversando com ela como forma de ajudar, e não criticando pelo prazer ou vício de criticar.

Estou passando exatamente por isso agora. Li algo (o que é não vem ao caso, e espero que ninguém me pergunte sobre porque não irei responder, e também isso não é o mais importante) e logo pensei em despejar críticas ao meu esposo (que é o único que tenho por perto pra desabafar rsrs). Ou então escrever um post no blog, ou quem sabe “tuitar” acerca do ocorrido (claro que de forma covarde, sem dar nome aos bois). Porém, como estou me policiando pra não agir mais dessa maneira, resolvi me segurar. Não sabem como é difícil não fazer, ainda mais porque noto que parece que gosto mais de criticar algumas pessoas que outras. Como se quisesse me vingar por algo, ou me mostrar superior a elas — como se dissesse: sou melhor que você porque não ajo como você. Pode parecer um vício, mas para mim é mais como uma tentação, como se fosse o Inimigo das almas me puxando por um de meus pontos mais fracos — a crítica — e me dizendo: “Vai fala, diz o que você pensa. Você sabe que está certa não é? Então fale…”, e Jesus do outro lado, sussurrando: “Não Daniella, não faça assim, você sabe o que eu te ensinei”. É mesmo um Grande Conflito, e machuca, dói, incomoda, irrita, você tenta pensar em outra coisa e não consegue… Como fico decepcionada com isso, por ser assim, isso vocês nunca irão conseguir avaliar. Nem vocês, nem meus amigos, e acho até que nem meu marido. Engraçado que ontem mesmo falava com ele sobre um livro que acabei de ler, e que mostra que algumas coisas nem o seu esposo consegue resolver. Só Deus…

E agora eu me sinto horrivelmente triste. Parece que sou a pior pessoa do mundo, porque acredito que nenhuma das pessoas próximas a mim seja como eu. Talvez até sejam, eu que não saiba. Mas eu penso muito em minha mãe. Eu nunca fui de “dar trabalho”. Acho que sou uma boa filha (melhor perguntarem a ela…), mas já fiz, sim, coisas que ela sabia serem erradas (como numa festa de casamento em que bebi cinco taças de champagne). Mas minha sábia mãe não me bateu, nem me deu sermão, nem nada dessas coisas. Eu vi o seu resto sério e preocupado, mas sei que ela fez o melhor: orou por mim. Isso é melhor que qualquer crítica. E eu sei que é o melhor que devo fazer. Até porque pra mim é difícil chegar e conversar com uma pessoa que sei (ou acho) que está fazendo algo errado. Tenho medo de magoar falando, mas acho super fácil criticar “pelas costas”. Vai entender…

Mas o que mais me incomoda é o fato de eu achar tão difícil não fazer o que quero. É assim mesmo né? Paulo falou:

Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço (Rm 7:19).

A melhor coisa é orar. E é isso que pretendo fazer. Se não pode dizer nada de bom sobre alguém, não diga nada, já diz o ditado. Só que não é nada fácil… Mas por incrível que pareça, escrever aqui me ajudou demais. Eu sei que Deus usa esse blog pra falar comigo e através de mim. E o único jeito é me apegar a Ele. É o único que entende completa e perfeitamente as lutas que travo, e porque amo tanto fazer o que sei ser errado.

Ainda gosto muito de criticar, mas quando recebo críticas abertas ou mesmos veladas, com olhares que dizem mais que mil palavras, percebo o quão má é essa coisinha que tanto amamos fazer com os outros, mas nunca receber. Por isso agora entendo que preciso mudar, e deixar cada um viver a sua vida, assim como eu quero viver a minha. Fazendo suas escolhas e buscando sempre acertar. Entendo que preciso orar, por mim e pelos outros. Na hora certa, se assim tiver que ser, se for da vontade de Deus, se for o melhor para aquela pessoa, ela vai cair em si, acordar e ver que precisa mudar. Se minha mãe agiu assim comigo, se o próprio Deus age assim comigo todos os dias, sei que é assim também devo agir assim com os outros…

Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês (Mt 7:12).

De quem é a culpa, afinal?

culpaEu sou cristã. Creio que existe um “Ser Superior”, que criou o universo, que cuida de tudo. Pra mim existe um só Deus. Não sou agnóstica, panteísta, deísta nem atéia.

MAS! Acreditar em Deus não me impede de acreditar que há o inimigo dEle. E não, não creio num ser vermelho, com chifrinhos, rabo em forma de seta, um tridente na mão e fedendo a enxofre. Na verdade, ele está bem longe de ser assim. Mas existe. Seria burrice crer em Deus e não crer nesse inimigo, pois como se explicariam as mazelas do mundo? Deus não faz coisas más. O inimigo dele sim.

Só que existe gente que tudo acha que é culpa do demo. Já conheceram pessoas assim? Eu já. “Ah, meus filhos estão doentes, acho que isso é o inimigo!”, ou “É, não posso fazer nada, isso é culpa dele!” E são pessoas que dizem crer em Deus que falam essas coisas. Têm medo de “macumba”, “mau olhado” e coisas do tipo…

Pra mim, existem dois probleminhas básicos com essas afirmativas: o primeiro é que, ao falarem dessa forma, mostram crer que Deus não se importa com elas, ou que não tem poder para protegê-las do mal. O segundo: as pessoas que pensam assim geralmente sabem que são culpadas, mas querem se isentar da culpa. Exemplo: a mãe deixa o menino comer tudo quanto é porcaria, não ensina a criança a tomar banho e escovar os dentes em horários certos e quando a criança começa a se queixar de dores abdominais fortes, ah, “isso é o inimigo que tá fazendo com meu filho”. Ou então o carinha bebe todas e sofre um acidente automobilístico terrível, mas a culpa foi do coisa-ruim.

Façam-me o favor! O inimigo de Deus existe? Creio piamente que sim. Agora, tudo é culpa dele? Somos apenas marionetes em suas mãos? Com certeza, não. E o interessante é que fazemos o mesmo com as pessoas ao nosso redor. Cometemos nossos erros, metemos os pés pelas mãos, mas sempre arranjamos um jeito de encontrar um culpado. Muitas vezes, coisas chatas acontecem, e ninguém é culpado. Noutros casos, nós é que somos. E o que fazemos? Encontramos um “bode expiatório” e continuamos cometendo os mesmos erros de sempre.

Portanto, em vez de ir logo culpando o inimigo de Deus ou a pessoa mais próxima, olhe pra dentro de si mesmo. Analise friamente a situação, e veja se a culpa não está em você mesmo. Assuma o erro, faça o que puder pra remediar a situação, e siga em frente, procurando mudar aquilo que não está bem, buscando ajuda com pessoas de sua confiança e, acima de tudo, com Deus. Você — e quem quer que conviva com você — só tem a ganhar.

Meus heróis NÃO morreram de overdose.

dreamsOBS.: Tenho o costume de colocar o crédito de textos que não são meus — como é o caso deste — no final. Mas, como alguns parece que não leem até o fim e acabam fazendo comentários indevidos (sim, isto já aconteceu), colocarei logo no começo: o texto não é meu, mas sim do Joêzer Mendonça (e você poderá lê-lo no blog dele clicando aqui). Porém, foi algo como “paixão à primeira lida”. Adorei o que ele falou, e resolvi compartilhar com vocês. Penso exatamente da mesma forma. Não quero ter heróis que morreram “de graça”. Mas sim heróis de verdade. Como os que você vai conhecer a seguir…

Leio que Julie Andrews completou 74 anos em 01 de outubro. Dá pra acreditar? A Maria de A Noviça Rebelde tornou-se uma septuagenária. Podem chamar de sentimental e convencional, mas é difícil resistir à Julie Andrews surgindo numa colina verdejante e girando com os braços abertos e cantando a bela “The sound of music”. Tudo bem que depois tem aquelas sete notas musicais ou sete crianças, o que dá no mesmo. Mas logo aparece uma Julie enamorada cantando “Something” e o resto é Oscar, história e lágrimas.

O cantor Cazuza dizia numa música que seus heróis morreram de overdose. Ele próprio escolheu viver e morrer como seus heróis. As mídias fingem odiar esse tipo de herói, mas são elas que cobrem cada nova celebridade com sua cota televisiva de vaidade (quando tudo vai bem), falso moralismo (quando tudo vai mal) e confete post-mortem. Todo astro recém-falecido por overdose é coroado com um mito: o melhor é morrer jovem e famoso. Essa é a maior falácia da cultura pop, um engodo que tem levado muita gente a achar que aproveitar a vida é experimentar tudo, todos e todas ao som de muito rock’n’roll, yeah!

Como escreve Robert Pirsig, “a degeneração é prazerosa, mas não sustenta uma vida inteira”. Mas quem é que está se lixando pra expectativa de vida, quando dizem que não há nem céu nem inferno, nem Deus, nem deus, nem juízo. Lembra do trinômio revolucionário “liberdade, igualdade, fraternidade”? Pode parecer apocalíptico, mas alguém discorda de que esse ideal foi substituído pelo também trinômio “sexo, drogas e rock’n’roll”?

Antes que os filisteus virtuais ataquem este web-escriba, já adianto que o problema dessa geração pode até não ser a música (que espelha as vontades dessa geração). O problema é esse estilo de vida “morra jovem e drogado” sendo vendido como a quintessência do pensamento rebelde e antiautoritário, um modelo insuperável de ser artista e porta-voz da geração, quando no fundo é apenas suicídio juvenil glamourizado. Roqueiros e atores, principalmente, são elevados à categoria de ícones da juventude transviada que estabeleceu suas próprias regras de sucesso, vida e morte. Porém, se solos de guitarra não vão me conquistar, esse overdose way of life também não me convence.

Meus heróis NÃO morreram de overdose: Dostoievski, Jane Austen, Guimarães Rosa, John Steinbeck, Tolstoi; Beethoven, Bach, Bernard Herrmann, Debussy, Stravinski, Duke Ellington; Kurosawa, Jean Renoir; Lincoln, Luther King. Eles representam um tipo de herói: aqueles que escaparam à mediocridade reinante na cultura e nas relações sociais. São heróis pela excelência artística e de pensamento.

Alguém dirá: e Lutero, Paulo, Isaías, Daniel, Pedro e João não seriam heróis maiores e melhores? Estes são um outro tipo de herói: gente que nos serve de inspiração para viver. Eles são muito mais que heróis das artes e do pensamento.

Meus heróis NÃO morreram de overdose. Talvez nem sejam heróis apenas; uns preferem chamá-los de mártires. Eles morreram decapitados, queimados, crucificados e temo não estar à altura de mártires assim, que não morrem por uma ideologia, morrem pelo Amor que excede todo entedimento. Meus heróis não pegaram em armas e venceram exércitos. Eles viveram não por força nem por violência, mas pelo poder do Espírito. Meus heróis não foram seres perfeitos. Eles tiveram falhas e espinhos na carne, mas negaram-se a si mesmos e decidiram que, não eles, mas Cristo viveria neles.

Há heróis e super-heróis para todos os gostos. Contudo, se em vez de adotarmos heróis pelo nosso gosto pessoal nós levarmos nossa vida ao pé da cruz, sairemos dali com um novo sentido do que é de fato um herói. Eu preciso de heróis que vivem pelo que ainda não se vê, que vivem por uma esperança estranha para quem não acredita, mas tremendamente perfeita e elevada para quem aceita.

Mulher

Sexy young woman with flowers

Todo mundo precisa descansar. Mas aquele sono era especial. Descanso para a esperança de dias melhores, de dias felizes cheios de cumplicidade! Quando Deus deitou Adão naquele dia, nem nos seus melhores pensamentos, poderia imaginar a beleza inigualável da criação imponderável de Deus. Ali, agora acordado, absorto e plenamente feliz Adão entendeu que só poderia, realmente, refletir a imagem de Deus se estivesse unido a mais bela de todas as criaturas. – a Mulher.

Esposa, mãe, profissional, amiga, conselheira, cristã. Obra prima da criação de Deus, início do céu, frescor de esperança. Sejam elas para sempre, por todo o sempre… “Sempre Mulher”.

Fonte: Sempre mulher

Meu avô…

Meu avô faleceu na terça-feira (04/08/09). Eu queria escrever aqui no blog algo sobre isso, não para homenagear, porque homenagens se fazem enquanto a pessoa ainda é viva, e pode ver/ler/ouvir o que quer que você faça a ela. Mas não queria nem podia deixar esse momento passar em branco.

Meu avô agora descansa, e nada sabe. Apenas dorme. E o que eu queria que ele soubesse, ele já sabia, antes de repousar em Deus. Estive com ele quando fui a minha cidade na época do São João, ele já estava adoentado, mas só de saber que ele me viu, e viu meu esposo, e pudemos estar ali com ele, durante alguns momentos, isso já me satisfaz.

Claro que fiquei muito triste, pois gostava muito dele, e também muito preocupada com minha mãe, especialmente por eu não estar lá com ela, pra dar uma força, apoiá-la….

Porém, ao mesmo tempo, fico feliz, pois meu avô nos deixou grande herança. Não, não foram milhões de reais, não foram imóveis, nem carros, ou qualquer outro bem material. Meu avô nunca foi rico. Pelo contrário, sempre viveram, ele e minha avó, com grande dificuldade, e com sacrifício criaram os seus filhos. Hoje, todos estão bem, alguns com um probleminha ou outro, mas por isso todo mundo passa… Contudo, a herança de que falo é a do caráter, e, acima de tudo, da fé. Ele sempre ensinou aos filhos, netos e bisnetos sobre honestidade, sobre honra, sobre o amor de Deus. E isso é o que fica. De nada valem bens, eles servem apenas pra satisfazer nossos desejos momentâneos ou comprar algo de que precisamos, e depois, somem. Mas a fé, o amor, a esperança de um futuro melhor, com Deus, isso fica eternamente.

Por isso, queria deixar duas coisas pra vocês: se você tem alguém idoso em sua família, não espere que morra para que possa se arrepender de não ter estado com ele, ou ela. Aproveite bem cada momento, pois pode ser o último (como foi com meu avô, quando o vi em Junho). E segundo, procure aprender o máximo com eles. Sei que às vezes são ranzinzas, teimosos, e a gente tende a perder a paciência, mas nossos avós, pais, tios-avós, tios, todos têm muito a nos ensinar, pois viveram mais que a gente. Aprendamos portanto as lições de vida que têm pra nos passar. E louvado seja Deus, por ter me dado um avô tão querido… Que verei quando Jesus voltar…  Creio nisso 🙂

“Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.” (I Tessalonicenses 4:14)

Futebol x religião

KakaJesusA comemoração da seleção pelo título da Copa das Confederações e o comportamento dos jogadores brasileiros após a vitória sobre os Estados Unidos causam polêmica na Europa. A queixa é de que o time brasileiro estaria usando o futebol como palco para a religião. A Fifa confirmou ao Estado que mandou um alerta à CBF pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final. Ao final do jogo contra os EUA, os jogadores da seleção fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme. Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.

Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes europeus hoje.

Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir a seleção brasileira.

“A religião não tem lugar no futebol”, afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi “exagerada”. “Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora”, disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca.

Ao Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome “providências” e que busca apoio de outras associações. (…)

A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final. E as leis apenas falam da situação em jogo.

(Estadão Online)

Nota do blog Minuto Profético: Querer silenciar as pessoas quanto à sua fé ou sua ideologia política é violar um direito humano básico: a liberdade. Todos têm uma ideologia política e uma religião, ainda que inconscientemente. A preocupação legítima e até necessária do Estado (e de entidades particulares) deve ser não misturar política e religião. Mas proibir a expressão religiosa em si é uma violação da liberdade. De mais a mais, não custa perguntar: Será que eles estariam preocupados se alguns jogadores estivessem defendendo o homossexualismo, o aborto ou a legalização das drogas? Tenho minhas dúvidas… A matéria acima parece mais refletir o perigoso espírito antirreligioso moderno...

(Como publicado no blog Criacionismo)

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