Pensamentos

Arquivo para o mês “março, 2010”

Lição de vida

“O velho chamou o filho e disse:
– Vá ao pasto, pegue a mulinha e apronte-se para irmos à cidade, que quero vendê-la. O menino foi e trouxe a mula. Passou-lhe a raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé, puxando-a pelo cabresto. Queriam que ela chegasse descansada para melhor impressionar os compradores. De repente:
– Esta é boa! – exclamou um visitante ao avistá-los.
– O animal vazio e o pobre velho a pé! Que despropósito! Será promessa, penitência ou caduquice?… E lá se foi, a rir.
O velho achou que o viajante tinha razão e ordenou ao menino:
– Puxa a mula, meu filho! Eu vou montado e assim tapo a boca do mundo. Tapar a boca do mundo, que bobagem! O velho compreendeu isso logo adiante, ao passar por um bando de lavadeiras ocupadas em bater roupa num córrego.
– Que graça! – exclamaram ela.
– O marmanjão montado com todo o sossego e o pobre do menino a pé… Há cada pai malvado por este mundo de Cristo… Credo!… O velho danou-se e, sem dizer palavra, fez sinal ao filho para que subisse à garupa.
– Quero só ver o que dizem agora… Viu logo. O Izé Biriba, estafeta do correio, cruzou com eles e exclamou:
– Que idiotas! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez… Assim, meu velho, o que chega à cidade não é mais a mulinha; é a sobra da mulinha…
– Ele tem toda razão, meu filho; precisamos não judiar [Ah, Lobatinho fiadapu!] do animal. Eu apeio e você, que é levezinho, vai montado. Assim fizeram, e caminharam em paz um quilômetro, até o encontro dum sujeito que tirou o chapéu e saudou o pequeno respeitosamente.
– Bom dia, príncipe!
– Porque prícipe? – indagou o menino.
– É boa! Porque só príncipes andam assim de lacaio à rédea…
– Lacaio, eu? – esbravejou o velho.
– Que desaforo! Desce, desce, meu filho e carreguemos o burro às costas. Talvez isso contente o mundo… Nem assim. Um grupo de rapazes, vendo a estranha cavalgada, acudiu em tumulto com vaias:
– Hu! Hu! Olha a trempe de três burros, dois de dois pés e um de quatro! Resta saber qual dos três é o mais burro…
– Sou eu! – replicou o velho, arriando a carga.

– Sou eu, porque venho há uma hora fazendo não que quero mas o que quer o mundo. Daqui em diante, porém, farei o que manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já que vi que morre doido quem procura contentar toda gente…”
(Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1994, 7. ed. p 12 e 13.)

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Eu não preciso dizer mais nada, mas digo: lição de vida perfeita. Não tente agradar todo mundo. Nem Jesus conseguiu tal façanha. Seja feliz.

Escrito nas estrelas?

Quem é vivo sempre aparece, né? Infelizmente, esses dias ando sem inspiração. Ainda mais porque o assunto “relacionamento” que é um dos que mais gosto, e que ocupa a maior parte dos posts – ou pelo menos boa parte deles – aqui no blog, não tem me empolgado tanto ultimamente.

Explico: eu vivi muita coisa ligada a isso nesses meus 31 anos. Mas essa “muita coisa” é praticamente nada perto do que muitos outros já viveram. Ou seja, tenho sentido ultimamente que não tenho tanta experiência assim para ousar falar sobre o tema. Outra coisa: eu aprendi muito mais sobre isso lendo. Mas quase tudo que aprendi já foi excessivamente (pelo menos assim penso eu) exposto aqui no blog. Alguns posts ficaram imensos (eu não gosto, não quero que meus leitores se cansem), e outros acabam se tornando repetitivos. Talvez por ser abordado sob ângulos diferentes, não tenha causado tanto enfado a vocês a minha paixão sobre esse assunto. Mas eu penso que o momento agora é de aprendizado pra mim. Ainda há muito a ler e conhecer. Então, estava pensando em dar um tempo nesses posts e aprender novas coisas. Até porque nem sempre tudo que eu falo consegue ajudar algumas pessoas que eu gostaria. E isso frustra…

Mas o fato é que hoje fiquei com vontade de voltar a falar no tema. Simplesmente porque me lembrei de quando eu vi pela primeira vez um blog que meu esposo tinha (antes de nos conhecermos, pouco tempo depois disso ele fechou, fazia séculos que não escrevia e nem tinha vontade). Ele comentou sobre um filme que havia assistido, “Escrito nas estrelas” (Serendipity). E tinha se feito uma pergunta que na época eu não entendi bem, talvez por não ter visto o filme, mas que hoje até compreendo ele ter se questionado aquilo, até pelo momento que vivia, “sentimentalmente” falando.

Bem, para que vocês entendam, aí vai o resumo do filme, retirando do site Adoro Cinema:

“Num apressado dia de compras no inverno de 1990, Jonathan Trager (John Cusack) conhece Sara Thomas (Kate Beckinsale). Dois estranhos no meio da massa em NY, seus caminhos se cruzam em um feriado, sendo que logo sentem entre eles uma atração mútua. Apesar do fato de ambos estarem envolvidos em outras relações, Jonathan e Sara passam a noite andando por Manhattan. Quando a noite chega ao fim, os dois são forçados a determinar algo como seu próximo passo. Quando Jonathan sugere uma troca de telefones, Sara rejeita e propõe uma idéia que dará ao destino o controle de seu futuro. Se eles tiverem que ficar juntos, ela diz a ele, eles encontrarão o caminho de volta para a vida um do outro.”

A pergunta que meu esposo se fez, e que vocês já devem imaginar, é se isso poderia ser verdade. Se as coisas acontecem assim mesmo. Se for pra ficar com alguém, eu vou ficar, não importa o que aconteça. Bom, baseado em tudo que vivi (e li), hoje posso dizer que minha resposta é: SIM e NÃO. Sim, você pode por alguma razão da vida acabar o namoro com alguém e tempos depois voltar com essa pessoa, talvez porque certos ajustes necessários aconteceram. Ou você pode gostar de alguém, mas por algum motivo — alheio à sua vontade — se afastar dele(a), e mais tarde, mesmo tendo passado por outros relacionamentos, vocês se reencontram e tem início um namoro. Mas não, você não pode ficar de braços cruzados e simplesmente “jogar nas mãos do destino” e achar que “se estiver escrito nas estrelas”, o “universo vai conspirar”, e ficarão juntos. As coisas não acontecem desse modo. A gente não pode ficar sentado esperando que tudo “caia do céu”. Temos que fazer a nossa parte.

Do modo que eu vejo, a moça do filme tomou a atitude errada. As coisas não são assim. Se eles se reencontrassem no futuro (se, porque não assisti ao filme e não sei), isso não seria “obra do acaso”. Seria apenas coincidência. E a ideia que o filme passa é essa: se você conhece uma pessoa e convive com ela, decide se casar, isso não vale nada. O negócio é ficar com aquele(a) que o universo magicamente separou para você, ainda que só tenham passado uma noite juntos.

Mas o pior não é isso. O pior é que a gente se deixa levar tão longe por essas ideias malucas de filmes, sem ao menos nos questionarmos se isso é possível, como meu esposo fez, que acabamos achando que é assim na vida real. E se não acontecer do jeito que sonhamos, a culpa é sempre do outro, que destroi os sonhos que tínhamos. Precisamos ser mais críticos. A vida não é um conto de fadas. Temos problemas e dificuldades, infelizmente. Mas, já que é assim, eu prefiro resolver meus problemas com os pés no chão e com a ajuda daquele que eu amo, a ver tudo se resolver e acontecer com “num passe de mágica”, mas sem que tenhamos participado do processo. Voltemos à vida real! Pela nossa sanidade!

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Serendipity (serendipidade): neologismo que se refere às descobertas afortunadas feitas, aparentemente, por acaso (Wikipedia).

“O acaso só favorece a mente preparada”. (Louis Pasteur)

Mulheres desaprovam assobios e comportamento sexista

Homens que assediam mulheres com assobios e comentários de teor sexual na realidade prejudicam o gênero masculino inteiro, constatou um estudo. A pesquisa, liderada por Stephenie Chaudoir e Diane Quinn, da Universidade de Connecticut, analisou os sentimentos e as reações de mulheres que viram ou ouviram homens fazendo comentários desairosos para outras mulheres. As pesquisadoras pediram a 114 estudantes universitárias que assistissem a um vídeo e se imaginassem como transeuntes, observando uma cena em que um homem faz uma observação sexista para outra mulher ou simplesmente a cumprimenta. Em seguida, as pesquisadoras pediram às estudantes que atribuíssem pontuações a seus níveis de ansiedade, depressão, raiva e medo em relação aos homens e seu desejo de se afastar de homens ou brigar com eles.

O estudo revelou que, além de ficarem incomodadas, as mulheres tendiam a interpretar a observação machista como insulto às mulheres em geral e a sentir mais raiva e ficarem mais motivadas a adotar ações diretas contra os homens em geral.

“As mulheres sofrem consequências negativas diretas por serem alvos de preconceito e, como demonstra o trabalho atual, consequências indiretas na condição de transeuntes”, disseram as pesquisadoras no estudo.

“Mas o sexismo também prejudica os homens. Sempre que as ações preconceituosas de um homem isolado são atribuídas a sua condição masculina, esse homem vai impactar a visão que as mulheres têm dos homens em geral e as reações delas aos homens.”

O estudo foi publicado no periódico Sex Roles.

(MSN Entretenimento)

Comentário do leitor Renato Jungbluth: As mulheres, no fundo, não gostam de ser o que a evolução faz delas. Deveria fazer parte de sua natureza gostar dos avanços dos homens mais “ativos” e “destemidos”, aqueles que dão em cima, que espalham seus genes. Mas essa condição não se harmoniza com seus desejos e sentimentos. Não é uma fase, não é fruto de um meio, ou uma condição apenas. Mulheres não se tornam desejosas de poligamia em situações de dificuldade. Aliás, deveriam gostar de infidelidade sempre, pois fortalece a espécie. Mas nunca foi assim. A verdade é que mulheres e homens não são animais. Não são um bicho mais evoluído. Homens e mulheres são especiais, e embora tentem nos fazer acreditar no contrário, a realidade não deixa. Para falar do natural, a própria natureza não permite. Embora o naturalismo e a filosofia deste mundo levem a tratar e ver pessoas como animais ou objetos, a natureza da mulher não é assm. As palavras, as doutrinas modernas não podem mudar isso. Mulher não é bicho. Não é objeto. A natureza da mulher é ser especial! Vai dizer que não?

(Retirado do blog Criacionismo)

Você sabe o que é sexismo?

Retirado do blog "Corporativismo Feminino" (clique na imagem para ler o excelente post deles sobre o tema)

Sexismo é o termo que se refere ao conjunto de ações e idéias que privilegiam entes de determinado gênero (ou, por extensão, que privilegiam determinada orientação sexual) em detrimento dos entes de outro gênero (ou orientação sexual). Embora seja constantemente usado como sinônimo de machismo é na verdade um hiperônimo deste, já que é possível identificar diversas posturas e idéias sexistas (muitas delas bastante disseminadas) que privilegiam o gênero feminino em detrimento do gênero masculino ou que privilegiem homossexuais em detrimento de heterossexuais.

Ações sexistas podem partir de diversos pressupostos, destacando-se os de que:

  • Um gênero (ou uma identidade sexual) é superior a outro.
  • Mulher e homem são profundamente diferentes (mesmo além de diferenças biológicas), e essas diferenças devem se refletir em aspectos sociais como o direito e a linguagem.
  • Existem características comportamentais que são intrínsecas a determinado gênero, de modo que todas as pessoas deste gênero as possuem (visto em generalizações como “todo homem é mulherengo” ou “toda mulher ama seus filhos” ou “todo homossexual é gentil”).

Diferentes termos podem ser usados para nomear conjuntos de idéias e ações sexistas de acordo com o gênero afetado. O sexismo contra homens é chamado de misandria, androfobia ou femismo. O sexismo contra mulheres é comummente denominado de machismo, chauvinismo ou misoginia. As formas de sexismo contra GLTB podem ser genericamente nomeadas como homofobia.

É comum que indivíduos promovam atitudes sexistas contra seu próprio gênero e isto torna equivocado declarar que idéias femistas reflitam a posição das mulheres ou que idéias machistas sejam disseminadas pelos homens. A forma como a cultura age no imaginário coletivo permite que seja possível encontrar mulheres que defendam que “lugar de mulher é na cozinha” ou homens afirmando que “marido que não procura trabalho é vagabundo” assim como há mulheres e homens que se contrapõem a tais ideários, indistintamente.

Ideias sexistas bastante populares e quadros relacionados a tais ideias

Apesar das discussões políticas, midiáticas e acadêmicas sobre igualdade de gênero travadas nas últimas décadas, muitas idéias sexistas ainda permeaim a cultura brasileira e explicam parte das diferenças socias, econômicas, ocupacionais e comportamentais entre os gêneros.

Lista de algumas ideias de caráter sexista e de problemas de ordem comportamental, socio-econômica ou jurídica relacionadas a elas:

  • É dever natural do homem o sustento da família
    • Evasão escolar precoce de grande parte dos homens, sobretudo nas classes mais pobres, que se veem pressionados a trabalhar para sustentar suas famílias enquanto suas irmãs ou esposas têm maior liberdade para escolherem entre trabalhar ou estudar. Consequente inversão no desequilíbrio educacional relativo a gênero, com as mulheres alçando níveis educacionais mais altos que os homens, em média. [1][2]
    • Sobrecarga ocupacional masculina (25% dos homens brasileiros economicamente ativos trabalham mais que 49 horas semanais contra apenas 12% das mulheres na mesma condição [3] )
  • Mulheres devem ser responsáveis pela casa
    • Alto percentual de mulheres sem ocupação econômica, embora já se concentrem neste gênero os mais altos índices de formação educacional e profissional [4]
  • As mães são mais importantes na formação dos filhos que os pais
    • Baixíssimo índice de decisões judiciais favoráveis a que a guarda de filhos de casais separados seja dada aos pais ou seja compartilhada entre pai e mãe [5]
  • Homens não choram/ homens devem ser fortes / homem que apanha de mulher é frouxo (e variações destes raciocínios)
    • Menor procura de indivíduos do sexo masculino por atenção médica em comparação às mulheres [6]
    • Resistência de índivíduos do gênero masculino em prestar queixa contra suas parceiras quando estes vêm a ser vítimas de violência doméstica [7]
  • Trair é da natureza masculina (mas não da feminina)
    • Atitudes masculinas violentas, muitas vezes originando crimes de agressão ou contra a vida, quando de suspeita ou constatação de infidelidade conjugal
    • Rejeição social percebida por mulheres que traem seus companheiros, ao contrário do que ocorre aos homens infiéis.
    • Contaminação de mulheres casadas por doenças sexualmente transmissíveis contraídas por seus maridos.
  • As mulheres são mais frágeis (ou inocentes)
    • Predisposição do judiciário a minimizar o papel de mulheres criminosas e a aplicar sobre elas penas mais brandas.
    • Exclusão “a priori” das mulheres de determinados campos profissionais.
  • Gays são promíscuos/não conseguem controlar seus impulsos sexuais
    • Maior dificuldade de homossexuais em adotar crianças [8][9]

Referências

  1. http://www.db.com.br/noticia/43260.html
  2. http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=3012
  3. http://www.ibge.gov.br/lojavirtual/default.php?codigoproduto=8877
  4. http://delas.ig.com.br/a+volta+ao+lar/n1237491673175.html
  5. http://www.pailegal.net/chicus.asp?rvTextoId=1097664668
  6. http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_8/2008/06/23/em_noticia_interna,id_sessao=8&id_noticia=68458/em_noticia_interna.shtml
  7. http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/05/080519_homens_agressao_dg.shtml
  8. http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/01/09/promotor_que_pediu_separacao_de_bebe_de_transexual_diz_que_casal_gay_anormal_-327934459.asp
  9. http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Tribunal/Europeo/Derechos/Humanos/condena/Francia/impedir/adoptar/lesbiana/elpepusoc/20080122elpepusoc_2/Tes

(Fonte: Wikipedia)

Resolvi falar sobre o assunto porque algo vem me incomodando bastante esses dias. A ideia de que homens e mulheres são diferentes é antiga, e corresponde, sim, aos fatos — embora alguns se incomodem com isso e achem que, quando eu digo que homens são melhores com mapas do que mulheres, eu estou chamando as mulheres de burras. Não é verdade. Apenas quer dizer que a configuração cerebral masculina o capacita para isso e que a feminina capacita a mulher para outras coisas, que muitos homens não conseguem fazer tão bem, ou não conseguem fazer absolutamente. Mas note o que eu escrevi: MUITOS homens. Não todos, muitos. Essas diferenças existem, mas não quer dizer que isso aconteça sempre, que todo homem vai ser de um jeito, que toda mulher vá se encaixar dentro do “padrão”.

Falei sobre isso no post anterior, mas estou retomando o assunto, agora sob um ângulo diferente, porque, como mencionei anteriormente, algo vem me incomodando. Algumas pessoas — homens e mulheres incluídos aqui — tomam essas diferenças como regra universal; ou seja, os dois gêneros têm que se encaixar cada um no seu estereótipo. Caso não seja assim, há algo errado. Mas ainda existe algo pior que isso: muitos homens e mulheres acabam descambando para o preconceito, tamanho o apego que criaram a esses padrões de comportamento/atitudes. Muitas mulheres acham sim que devem ser apenas donas-de-casa e que são mais frágeis, mais inocentes que os homens, e que estes por sua vez traem, coitadinhos, porque são “assim mesmo”. O mesmo se dá com os homens, que usam essas e outras ideias preconceituosas para se desculparem por atitudes errôneas ou, pior, para se mostrarem superiores às mulheres.

Ontem foi o cúmulo pra mim ver um comercial de cerveja, que se antes fazia a mulher de objeto, para “decorarem” o ambiente e atraírem os seus principais consumidores, agora — ao melhor estilo comédia romântica (blergh!) — coloca os homens na sala bebendo e discutindo bobagens (e acho que vendo um jogo de futebol, se não estiver enganada), enquanto que as mulheres estão no happy hour, bebendo e falando de compras e cartões de crédito…

Os mais incautos podem pensar: “que legal, pelo menos agora não mostram mulher nua”. Mas, se analisarmos bem, vamos ver que há o preconceito não só contra as mulheres, mostradas da forma mais fútil possível, como também — pasmem! — contra os homens, como se fossem uns idiotas que só pensam em bebida e futebol. Além do mais, mostram os casais separados, como se homem só pudesse se divertir com os amigos, e vice-versa, já que deve ser um tédio sair com a esposa, ou mesmo curtir um programinha simples, a dois, em casa mesmo.

Acho que ninguém precisa ser um chato pra notar essas coisas. Eu não fico observando cada comercial da tv pra depois vir criticar no blog não, aliás, detesto comerciais, mudo de canal sempre que eles começam (engraçado que quem age assim é mais o homem, a mulher não se importa de vê-los). Mas quando vejo — ainda que sem querer — coisas desse tipo, não posso evitar um tantinho de indignação. Mulheres que se desvalorizam, homens que se hipervalorizam…ou vice-versa. E ainda queremos ter relacionamentos saudáveis! É impossível! Por isso, meu humilde convite é: vamos pensar melhor no que vemos, assistimos, lemos, ouvimos, em como isso pode nos influenciar. Vamos evitar os estereótipos e preconceitos. Vamos colocar os pés no chão e ver a vida como ela é, não como gostaríamos que fosse. A partir daí vai ser mais fácil enfrentar as dificuldades que nos forem apresentadas.

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