Pensamentos

Arquivo para o mês “julho, 2009”

Relacionamento e fé

2008-03-17_paula_bruno_0377aA revista IstoÉ desta semana traz matéria em que analisa os fatores de risco para os casamentos. “Com o tempo e a rotina”, diz a reportagem, “as divergências vêm à tona e nem sempre os casais estão preparados para lidar com os percalços. É o que revela o estudo ‘O que o amor tem a ver com isso?’, da Universidade Nacional da Austrália, divulgado na semana passada. Durante seis anos, os pesquisadores australianos observaram a rotina de 2.482 casais – casados de papel passado ou que moravam juntos. Descobriram qual o perfil de relação com maiores perspectivas de sucesso, as de maior probabilidade de fracasso e elencaram uma série de variáveis que sabotam as relações.”

Alguns dados interessantes:

1. A taxa de separação entre homens de até 30 anos é de 19,8% (para mulheres nessa faixa etária é de 17,6%). Esses índices caem para 5% entre as pessoas com mais de 50. Ou seja, é melhor casar com maior maturidade.

2. 18% dos casais terminam antes de completar cinco anos de casamento. Relacionamentos com mais de 20 anos têm índice de separação de 4%. Portanto, a escolha sábia do cônjuge é fundamental.

3. A taxa de divórcio entre casais que experimentam o matrimônio pela primeira vez é de 10%. No segundo casamento, o índice sobe para 15% entre os homens e 17% entre as mulheres.

4. Casais que não dividiram o teto antes do matrimônio registram índice de divórcio de 7%. Quem morou junto antes de oficializar a relação se separa em 15% dos casos. Portanto, aquela história de que se tem que “experimentar antes” para dar certo é furada.

5. Pessoas que não bebem ou tomam, no máximo, dois drinques por noite registram uma taxa de separação de 8,9%. Entre os que costumam beber três doses ou mais, o índice sobe para 12% para os homens e 15% para as mulheres. Quando a mulher bebe mais do que o homem, é de 14%.

6. A taxa de separação é menor em casais não fumantes (7,8%). E maior quando ele fuma e ela não (17,4%).

7. A religião ajuda a manter o relacionamento. Quando nem o homem nem a mulher são religiosos, a taxa de separação é de 13,6%. Se apenas um é, o índice cai dois pontos percentuais. E, se ambos professam sua fé, a taxa de divórcio diminui para 8,1%.

Na mesma semana, a revista Mente e Cérebro publicou: “Casais que moram juntos antes do casamento apresentam maior risco de se divorciar que aqueles que esperam até a cerimônia – ou pelo menos até ficar noivos. A conclusão é de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Denver, nos Estados Unidos. A pesquisa, publicada no Journal of Family Psychology, mostrou ainda que pessoas que foram morar juntas antes do noivado ou casamento demonstraram pouca satisfação em seus relacionamentos. Os pesquisadores estudaram ainda as razões pelas quais os casais decidem dividir o mesmo teto. De acordo com o estudo, a maioria se incomoda com namoros longos e teme a monotonia. A segunda razão alegada é a conveniência, inclusive financeira (na hora de dividir o aluguel). Em terceiro lugar foi citada a intenção de testar se a relação resiste a um tempo maior de convivência.”

Nota: É interessante notar que boa parte dessas constatações (e muitas outras em inúmeras áreas) estão presentes acompanhadas de sábios conselhos num certo Livro milenar muitas vezes tido como ultrapassado…[MB]

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Como de costume, mais um excelente post de Michelson Borges, que eu não poderia deixar de postar aqui (e concordar MUITO!) 🙂 Já havia lido (em outra revista) sobre essa questão, de que morar junto antes de casar atrapalha (tudo baseado em pesquisas também).

Liga das mulheres?

0,,21369801,00Alguém já assistiu a esse quadro do Fantástico? Quando eu vi pela primeira vez, odiei. Hoje, consigo assistir, mas não sem uma pontinha de raiva por terem tirado aquele outro quadro “Manda quem quer”, em que um senhor simpático orientava uma família (que até já fizeram propaganda pra Caixa, depois dos 15 minutos de fama…) a como fazer para economizar e saber viver com o que tem.

Achava isso beeem mais útil do que ensinar como arranjar marido ou como se relacionar com a enteada. Aquelas mulheres falam sobre coisas muito óbvias (pra mim pelo menos): sempre falar o que sente e elogiar um ao outro (no caso de um casal), por exemplo. Ah, fala sério, isso até o Ashton Kutcher sabe. Eu sei que eu falo muito (e gosto!) aqui no blog sobre relacionamento, mas isso que o Fantástico tá dando nesse quadro é conselho batido de revistinha feminina, tipo Contigo, Ti-ti-ti e afins.

Enquanto isso, eu fico aqui, esperando umas diquinhas interessantes sobre dinheiro e como fazê-lo render!!! Bem, acho que vou ter que me contentar com uma realidade em minha vida: a maioria das coisas que eu aprendi foi através dos bons e velhos livros! Fica a dica pra vocês…

Vídeos interessantes que encontrei hoje

Achei uns vídeos legais hoje e quis colocar os links aqui pra vocês verem. Mas não dava certo de jeito nenhum. Tive que baixá-los (foi o maior trabalho até encontrar o programa próprio pra isso, conseguir baixar um executável que não tivesse com defeito e baixar os benditos vídeos) e colocá-los no YouTube… Espero que assistam e gostem 😛

Lá vão…

Fazer plástica para agradar os outros? Busca pelo corpo “perfeito”? E o que seria o corpo perfeito? O que aparece na tv/cinema? Mulheres loiras, de olhos azuis, pesando 50 kg ou menos? Sabia que a ideia de “corpo perfeito” muda ao longo do tempo, e o que é “perfeito” e lindo hoje pode não ser mais daqui a 10 anos, ou até menos?

Se a gente pensasse mais nessas coisas, muita plástica e, consequentemente, muito erro médico, arrependimentos e até mortes seriam evitados. E fazer coisas apenas para agradar os outros ou se encaixar num padrão não é saudável. Traz mais tristeza que alegria. Faça as coisas porque VOCÊ quer, e mesmo assim, antes de fazer pense bem, analise o porquê você quer (ou acha que quer) tanto essa mudança (ainda mais quando se é adolescente!). Lembre-se: você pode até fazer pra agradar os outros, mas é você quem vai ter que conviver com as consequências — sejam elas quais forem — pro resto da vida. Por isso, eu recomendo mais uma vez: leia Fazendo as pazes com o espelho. Disso eu tenho certeza que você não se arrependerá.

Agora isso é crime… Interessante que sempre foi aconselhado a pais, tanto por psicólogos, pastores, conselheiros, etc., que nunca discutam/discordem na frente dos filhos. Deixem pra fazer isso trancados no quarto, para que a criança não fique com uma imagem negativa de nenhum dos pais e nem eles percam “a moral” diante da criança. E agora vai virar crime… Acho que essa lei veio tarde!

Que livro você seria?

Se você fosse um livro nacional, qual livro seria? Um best-seller ultrapopular ou um relato intimista? Faça o teste e descubra.

Eu fiz o teste, e o meu foi…
“Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis
Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista, mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro… Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade – um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem.

“Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.

Como entender as diferenças de personalidade

faces-2-portComo entender as diferenças de personalidade

Freqüentemente, ouvimos histórias sobre choques de personalidade. Se vamos nos entender mutuamente, precisamos identificar nossas diferenças em personalidade.

O pacificador

Vejamos o pacificador. Essa é a personalidade calma, lenta, folgada. Essa pessoa é tipicamente agradável, não gosta de conflitos, dificilmente se deixa abalar e raramente expressa raiva. O pacificador tem emoções, mas não as revela com facilidade. No casamento, ele quer calma, tende a ignorar os conflitos e evita argumentações a todo custo.
O lado ruim dessa personalidade é que conflitos ficam, muitas vezes, sem solução. Caso caia em uma argumentação, o pacificador tentará acalmar a outra pessoa, desistindo mesmo não concordando com ela. Ele é bondoso, compreensivo e só quer que todo mundo curta a vida.

O controlador

É a pessoa que tem uma personalidade controladora. O controlador é aquela pessoa rápida, ativa, prática, voluntariosa. Ele tende a ser auto-suficiente, independente, decidido e cheio de opinião. Por julgar que é fácil decidir para si mesmo, muitas vezes, toma decisões também para os outros.
Para esse tipo de pessoa, problemas são desafios. O controlador possui uma determinação cega e não simpatiza muito com outros. Não expressa compaixão ou emoções suaves com facilidade. Enquanto conseguem com facilidade fazer muita coisa na vida, freqüentemente, atropelam outros que estão em seu caminho. Se uma pessoa tem uma personalidade controladora, ela provavelmente precisará de ajuda para compreender a maneira como seus atos afetam outros.

O festeiro

A seguir, vamos dar uma olhada no festeiro. Essa é a personalidade carinhosa, vivaz, agitada. Para ele, viver é uma festa. O festeiro gosta de pessoas, não gosta de solidão e fica melhor quando está cercado de amigos.
O lado ruim dessa personalidade é que outros, muitas vezes, acham que os festeiros não sejam confiáveis e que lhes falta disciplina. Eles vivem tanto o momento, que muitas vezes se esquecem de outros compromissos. Se você está casada com um festeiro, divirta-se e pergunte a seu esposo como você poderia ajudá-lo a manter o rumo na vida.

A jornada em direção à harmonia

A razão pela qual é tão importante compreender os diferentes tipos de personalidade é que temos a tendência de querer preencher nossas necessidades psicológicas e espirituais de acordo com nossa personalidade. Se compreendermos o papel da personalidade na motivação de nosso comportamento, poderemos nos compreender melhor uns aos outros. Compreensão essa que leva a uma maior harmonia em relacionamentos.

Excertos extraídos de Desperate marriages, do dr. Gary Chapman. Para maiores informações sobre livros de Gary Chapman, visite www.mundocristao.com.br/garychapman.

Curtas

1) Vergonha de ser nordestino

Apesar de ter nascido em Brasília, eu sou Nordestina com MUITO orgulho. Nasci lá só porque meus pais foram morar lá após o casamento, e só morei na cidade até os 3 anos. Depois, voltei pro Nordeste. Meus pais são nordestinos, meus avós e bisavós também, e eu cresci nessa terra. Portanto, sim, eu SOU nordestina.

Acontece que existe, no orkut, uma comunidade chamada “Descendente de Nordestino”, cuja descrição diz o seguinte:

Só tem comunidade de descendente de gringo aqui, sera que ninguem se orgulha das origens que tem aqui no nosso Brasil e tem que buscar a “nobreza” do sangue estrangeiro?
Eu sou descendente de nordestino tb.
Se vc é, entra na comunidade.

Sabe quantos membros ela tem? 53. Isso mesmo. Cinquenta e três. Achei uma outra (não a que faço parte) maior um pouco, com 627 membros. Mas vai ver as de “gringo”, como a comunidade diz. Descendente de alemão/francês/espanhol/japonês/holandês e o escambau. Sempre com mais de 20, 30, ou até 100, 200 mil membros.

Não vejo nada de errado, se você tem ascendência estrangeira, em querer expor isso ao mundo. Muito bom. Eu não tenho essa ascendência chique, embora muitos tenham. E estes podem e devem entrar em comunidades que remetam às suas origens. Mas será que só 600 e poucas pessoas nesse orkut todo são descendentes de Nordestinos? Eu duvido muitíssimo. Só que as pessoas têm vergonha de mostrar quem realmente são, de onde vêm… E isso é triste!

Eu não descendo de europeu, asiático, nem nada disso. Sou uma brasileira mestiça. Mas me orgulho demais de ser Nordestina. O Nordestino é um povo guerreiro, que sofre mas não desiste. O Nordeste pode não ter o Big Ben da Inglaterra, ou os “Campos Elíseos” da França, ou mesmo a modernidade tecnológica japonesa. Mas tem praias lindas, natureza exuberante, povo bonito e inteligente, desenvolvimento em inúmeras áreas, universidades, hospitais, centros de pesquisa, bibliotecas, escolas, jardins, praças, crianças brincando, idosos passeando, enfim… Tudo de melhor que há. Nós temos algumas das cidades mais antigas do Brasil, com arquitetura única, que encanta tudo quanto é estrangeiro (embora nós mesmos nem liguemos). Temos uma cultura riquíssima, com música, culinária e sotaques únicos… Ah, se eu for falar tudo que a gente tem, não sobra espaço…

Não entendo porque toda essa vergonha de ter o Nordeste no sangue. Isso tem que dar tanto orgulho quanto ser descendente de Alemão, ou ter nascido em São Paulo, ou sei lá mais o quê que tanta gente se orgulha de ser ou ter… De quem tem vergonha de suas origens nordestinas, eu só sinto uma coisa: pena!

2) “Eu me acho!”

Eu assisti a um episódio de Friends esses dias (queria muito ter achado o video pra colocar aqui, vocês iriam entender melhor a história, mas não achei, então vai sem video mesmo!), em que Chandler vai pedir a uma amiga que não via há séculos para que ela deixe Joey (que é ator) fazer um teste para o novo filme dela (ela é diretora de cinema ou algo assim). Só que Chandler fica morrendo de vergonha de pedir o favor. Eles conversam e conversam, e nada de ele falar o que quer. Aí a moça resolve ir embora. E ele diz: “Não, por favor, fique!”, pra ver se dava tempo de criar coragem e pedir logo de uma vez. Só que a doida da mulher — só por causa disso! — pensa que ele tá interessado nela. E começa a dizer coisas do tipo: “Ah, me desculpe, mas não vai dar. Eu não gosto de você do mesmo jeito”, e outras frases semelhantes. Chandler fica tentando explicar a ela que não tem nada a ver, mas a princípio ela não parece entender (ou aceitar) que ele não quer nada com ela.

Conhece gente assim? Ninguém pode dar oi que já acham que são o centro das atenções e interesses? Ninguém pode falar que tá bonito(a) ou que acha ele(a) legal, que já fica achando que a garota/o garoto está com “os quatro pneus arriados”¹ por ele(a)?

Ah, eu não suporto mulheres (nem homens!) assim. Pensam que são a última bolacha do pacote né? E que todos que os olham é porque estão interessados neles. Me poupe! Como me irrita gente dessa estirpe! E tem uns que ainda entram naquela comunidade famosa do orkut: “Sou legal, não estou te dando mole!”

Uma coisa é você ser uma pessoa normal, simpática, e alguém começar a confundir as coisas e “partir pra cima”, causando até mal-estar. Essa pessoa legal, querida, pode entrar na comunidade. Agora, essas convencidas, que na grande maioria das vezes são super entojadas e chatinhas (como a mulher do seriado), que ninguém pode sequer dirigir uma palavra, ou olhar por um segundo pra elas, que acham que o outro está “se derramando”, essas daí podiam entrar noutra comunidade: “100% arrogante” (creia, essa comunidade existe!).

Ah, e o que aconteceu com a amiga do Chandler? Bom, ele se aproveitou quando ela disse: “Não fique triste, eu posso compensá-lo. Tem alguma coisa que eu poderia fazer por você?”, e pediu pra o Joey fazer o teste. Ela não entendeu como aquilo poderia fazê-lo sentir-se melhor por ter levado um suposto fora, e ele disse qualquer coisa apressadamente e saiu sem pagar a conta. Deixou isso pra convencidinha. Bem feito!

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¹Expressão nordestina que quer dizer que a pessoa está gamada/fissurada/apaixonada, ou como quer que você chame isso hehehe

Selo

nadeouro

Mais um selo, dessa vez recebido pela Madi. Valeu linda!

Fazendo as pazes com o espelho: novos caminhos…

woman_readingBom, como prometi ontem, vou falar um pouco do que aprendi no livro “Fazendo as pazes com o espelho”. Afinal, se esse blog não ajudar — nem que seja só um pouco — quem o lê, não serve mais pra nada…

Vou começar com algo importante que a autora fala: nós temos que aceitar elogios que fazem a nós, em vez de ficar só focando nas coisas que você acha ruins.

Vejam só esse diálogo (extraído do livro):

— Ai, olha meu rosto, está horrível!

— Que nada. Você está ótima!

— Mas o meu nariz é tão grande!

— Seu nariz está muito bem. Aliás, bem normal.

— As pessoas ficam me encarando…

— Que nada; é sua imaginação.

— Bom, você simplesmente não entende como é ter um nariz grande.

Se identificaram? Bom, eu sei que eu sim! E não importa por que fazemos isso. O importante é deixar de fazer. Esse comportamento não é nada saudável. Além de dar umas dicas de como conseguir isso, ela também cita outras sobre como fazer para se desligar um pouco dessa neura da beleza. Então, vamos ver algumas dessas dicas:

  1. aceite elogios sem discordar ou apontar o que está “errado” em sua aparência
  2. pare de fazer comentários autodepreciativos, mesmo em tom de brincadeira
  3. aprecie e elogie a beleza de outras mulheres sem compará-las a você
  4. evite assistir programas que enfatizam o imperativo da beleza
  5. controle o que lê, evitando a saturação com a filosofia do mundo sobre corpo e beleza
  6. evite conversas sobre a aparência, especialmente quando os comentários forem negativos
  7. gaste menos tempo com pessoas obcecadas com a aparência física e que julgam os outros de acordo com sua própria aparência
  8. pare de mendigar confirmações sobre sua aparência
  9. aceite nas pessoas que dizem que, para elas, somos bonitas
  10. coloque ênfase na saúde, em vez de só na beleza
  11. aceite o seu peso atual
  12. creia: você é digna de cuidar do seu corpo
  13. faça exercícios visando a uma boa saúde, e não a um corpo “escultural” (até porque, como isso varia de pessoa pra pessoa! Se a gente for atrás disso, capaz de enlouquecermos…E não agradarmos a ninguém, nem a nós mesmos!)
  14. abandone a preocupação exagerada com a celulite (gostei dessa hehehe)
  15. cuide do corpo não por orgulho ou competição, e sim por motivos de cuidado, higiene e apresentação adequada…
  16. dê um fim à montanha-russa de regimes e procurar aprender a comer de forma saudável
  17. monitore tempo e dinheiro gastos em serviços de beleza
  18. recuse a tentação de criticar a aparência de outras pessoas ou insistir que elas preencham certos padrões de aparência física
  19. cesse a busca pela “fonte da juventude” (ela não existe!)
  20. comece a fazer exercícios

Eu confesso que tenho muita dificuldade com os ítens  1, 2, 3, 4, 9 e 20, principalmente. E não é fácil mudar. Mas a gente pode — e deve — se policiar toda vez que quisermos fazer algumas dessas coisas que ela mostra que não são saudáveis. E a repetição dessas novas atitudes leva ao hábito.

Judith Couchman também fala sobre o que fazer quando outras pessoas nos criticam por causa de nossa aparência. Ela diz:

Um sujeito na rua faz alguma observação jocosa sobre o nosso corpo. Uma vendedora no balcão de cosméticos aponta os defeitos no nosso rosto. Mulheres em uma propaganda de tv falam sobre como é horrível ter rugas, celulite ou coxas flácidas. A longo prazo (ou mesmo a curto prazo), precisamos nos importar com o que elas pensam? Na verdade, não. Estamos desperdiçando energia quando deixamos que pessoas “lá fora” afetem a maneira como nos sentimos sobre nós mesmas. Elas não conhecem as verdadeiras, sábias e adoráveis pessoas que somos; não são responsáveis por nossas vidas e, é óbvio, ignoram o que realmente importa na vida.

Achei perfeito! Mas ela aborda outra questão: e se essas pessoas que nos criticam não forem “lá de fora”, mas pessoas que amamos, como pais, namorado/marido, amigos, irmãos? Como agir? A verdade é que nós ficamos calados porque, como a autora cita, “elas estão confirmando nossos próprios temores”. Mas se somos livres o suficiente para aceitar nossos corpos como eles são, ganhamos força para responder, não grosseiramente, mas de forma a educar essas pessoas sobre nossa autoaceitação e o desrespeito delas. Como fazer isso? Uma dica seria dizer algo como: “Sinto-me bem com a minha aparência; mas, por que ela é um problema para você?” ou “Quando você diz essas coisas tem a intenção de magoar-me? Por que você faz isso?” Isso pode ajudar essas pessoas a entenderem que o comportamento delas não é dos melhores e abre espaço para uma discussão sobre o real problema.

Outra coisa que a autora sempre está citando é a questão da comparação, que, como falei, é algo que me traz problemas. E comparação é realmente uma coisa que temos que evitar não só em relação a aparência, mas em todas as áreas da nossa vida. Não dá pra viver se comparando. “Ah, fulano é mais bonito que eu, mais inteligente, mais disciplinado, mais rico, mais bem sucedido, tem um carro/celular/casa/roupas (coloque qualquer coisa aqui) melhor que o meu…” Você é o que é. E tem que aprender a ver o que tem de bom em você, e admirar isso (sem precisar se tornar arrogante, claro), tem que se valorizar e saber que é único(a). O outro também é único. E pronto. Se tem algo em você que o incomoda, procure lidar com isso, observe se não é coisa da sua cabeça, se não é impressão sua, ou se realmente há um problema. Se houver, das duas uma: ou pode ser resolvido ou não. Se puder, resolva. Faça regime, faça exercícios, pinte o cabelo que está ficando branco, mude o guarda-roupa que está velho, enfim. Agora, se não dá pra mudar, aceite. Se tiver que fazer análise pra conseguir isso, faça. O importante é viver bem consigo mesmo(a) e ser feliz, sem se comparar a ninguém. Ser feliz pelo que VOCÊ é.

Por fim, quero deixar bem claro que a autora (nem eu!) não é contra você se cuidar, se amar, se arrumar, se maquiar, se vestir e se apresentar bem. Mas ela nos mostra o perigo que é viver apenas para essas coisas, como se fossem as mais importantes da vida, a ponto de se tornarem uma obsessão. Para terminar, quero deixar com vocês um verso da Bíblia. Eu sei que há muita gente que pode estar lendo isso e não é cristã. Ou talvez ache que eu estou querendo “converter” alguém. Não é a intenção. Apenas quero mostrar esse texto para que você se lembre dele toda vez que achar (ou que alguém disser) que você não é bonito(a), ou não tem valor: “Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.” (Salmo 139:13-14). Tudo que Deus faz é maravilhoso, não existe ninguém feio aos olhos dEle. Por isso, não se incomode se alguém pensar mal de você ou de sua aparência. Seu Criador sabe que você é linda ou lindo! E isso é o que importa…

Explicações

Ontem eu acho que dei uma má impressão. Falei muito sobre o livro e ficou parecendo (acho) que eu só queria fazer propaganda, e o resto, quem quisesse saber, que comprasse.

Mas não foi isso, e sim que ainda não terminei o livro. Porém, agora só faltam o último capítulo e a conclusão, então acho que já dá pra falar algumas coisinhas que aprendi 🙂

Amanhã vou fazer um post só sobre isso, prometo.

Fazendo as pazes com o espelho

espelhoEu amo ler. E isso vem desde a infância (pode perguntar a meus pais), quando lia de bula de remédio a rótulo de lata de leite. Mas no fim da adolescência, meu ritmo parece que foi diminuindo. E os livros foram ficando um pouco de lado, ainda mais com o surgimento da famigerada internet.

Porém, de uns anos pra cá, o gosto pelos livros voltou. Mas voltou meio, avariado, digamos. Eu começo a ler um livro, aí compro outro que acho interessante, começo a ler também, e assim vai, até que, quando vejo, estou “lendo” quatro livros e, claro, acabo não concluindo nenhum.

Decidi, então, ler um ou no máximo  dois livros de cada vez. E isso vinha dando certo. Estava lendo sozinha “A dama, seu amado e seu Senhor” (sobre os relacionamentos da mulher) e, com meu esposo, “As quatro estações do casamento”. Deixei o “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, “A Cabana” e “Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?” (já havia começado os três) para ler depois.

Porém ontem eu quebrei as minhas próprias regras, e peguei mais um livro pra ler. Sim, eu falhei. MAS! Acho que essa leitura não vai atrapalhar em nada as outras duas, porque, em pouco mais de 24 horas, já passei (há muito!) da metade desse novo livro, de tanto que a leitura é empolgante!

Trata-se do “Fazendo as pazes com o espelho”. Também é sobre comportamento, mas dessa vez sobre a mulher consigo mesma e com a obsessão com a aparência que todas temos. Eu acho importante a gente se cuidar sim, mas não a ponto de deixar isso se tornar uma obsessão. A gente tem que se arrumar, se vestir bem, comer bem e se exercitar, pra ter saúde e boa forma, mas essas coisas não podem ser as mais importantes da nossa vida.

Eu tenho problemas com peso. Comecei a engordar no final da adolescência, e, aos 22 anos, tive que entrar num regime sério. Perdi bastante peso e me mantive assim por 5 anos. Mas foi só casar pra voltar a engordar. E no começo desse ano, voltei a fazer regime. Perdi peso, e graças a Deus estou mantendo. Mas é interessante como nunca estou satisfeita. Por mais que eu emagreça, mesmo que eu chegasse a 50 kg (estou com 60), eu nunca teria um corpo “da moda”. Minha cintura não é fina, minha “comissão de frente” não é tão pequena (como é mais aceito aqui no Brasil) e eu não tenho a “parte de trás” avantajada.

Talvez pra uma pessoa loira, de olhos azuis, com altura razoável, que pese menos que 55 kg e tenha os “atributos” que citei antes, isso não pareça nada. Afinal, essa mulher está com o corpo da moda. Eu confesso que tenho raiva disso, e de mulheres assim, que às vezes se empanturram de tudo que não presta e não ganham 1 g de peso, enquanto eu tenho que passar fome e ainda assim não fico magra e “linda” (segundo os padrões de beleza atuais) como ela. Mas mesmo uma mulher assim pode ter problemas. Às vezes, mesmo sendo a mais inteligente, a mulher considerada “bela” pode ser contratada apenas por isso: por ser “bela” (aos olhos da moda). E isso incomoda. Como também há aquelas “belas” que se acham melhores que todas as demais, e acabam por se tornar arrogantes e preconceituosas com quem não é “linda como elas”.

O fato é que, não importa se você se enquadra na cheinha que nunca se satisfaz com o peso, ou na linda que foi contratada apenas pela aparência, ou na megera arrogante que se acha a rainha da beleza, tudo isso é causado pelo anseio exagerado por beleza e perfeição presente na nossa sociedade hoje. E quase todas nós acabamos absorvendo um pouquinho dessa paranoia. O livro fala sobre isso e muito mais: como a família interfere no nosso conceito a respeito de nós mesmas e a respeito do que é belo, como a sociedade muda rapidamente o que se considera bonito, ou “na moda”, como o preconceito relacionado à beleza pode atrapalhar relacionamentos e carreira, e muito mais. E também fala um pouco sobre caminhos para a solução. Como a autora mesma diz, ela não vai dar os passos para a resolução total e completa do medo que temos de olhar o espelho ou de nos aceitarmos como somos. Mas vai mostrar um pouco do que pode ser feito para que a gente mude de perspectiva, quando o assunto é a aparência.

Num dos trechos do livro, Judith Couchman diz: “No reino de Deus não há pessoas feias. Não há nenhum padrão físico impossível de ser alcançado, somente variações de um trabalho criativo chamado humanidade. Cada pessoa é singular, uma peça única. Não existe justificativa para nos compararmos uns com os outros ou distribuir julgamentos negativos sobre a aparência.”

Eu ainda não terminei o livro. Mas já estou aprendendo muita coisa. Agora, é colocar em prática, e fazer, definitivamente, as pazes com o espelho.

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