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Casamento é tudo igual?

NOTA: O texto não é meu, mas gostei e resolvi compartilhar com vocês.

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“No fundo, casamento é sempre a mesma coisa; só muda a pessoa”.

A frase é da atriz Helena Ranaldi, que estreou no Rio o espetáculo “A música segunda”. Sua personagem é uma mulher que reencontra o ex-marido depois de três anos. Os dois lavam a roupa suja da relação mal-resolvida. Até aí tudo bem, não é raro ex-casais guardarem mágoas, dizerem cobras e lagartos um para o outro e tudo o mais. O que estranhei foi a frase sobre o casamento.

Discordo totalmente.

É certo que muitas pessoas repetem alguns erros do passado em novas uniões. Também é certo que muitos casamentos tenham características comuns, situações e conflitos semelhantes. Mas casamento não é “sempre a mesma coisa” de jeito algum.

Cada relacionamento tem um par e duas variáveis – seja um casal heterossexual ou gay. Se uma das variáveis sai, muda tudo. A interação entre a nova dupla vai ser bem diferente da anterior. Sem falar que uma mesma pessoa também se transforma de um casamento para outro. Ela aprende com as experiências que passaram, cria novas expectativas. Sem falar numa pitada de acaso, de sorte, do imponderável. Na verdade, o casamento não é igual nem dentro da mesma união. Começa de um jeito, vira outra coisa, depois se transforma de novo.

Eu estou no segundo casamento. Para mim, é como se eu estivesse vivendo em dois planetas diferentes. Com todas as pessoas descasadas e re-casadas que eu conheço também é assim. Histórias bem diferentes.

Há casamentos em que voltar para casa é uma agonia. Outros em que já se coloca a chave na fechadura sorrindo.
Há casamentos em que se fica estarrecido diante de um casal se beijando no meio da rua (onde é que foi parar aquilo tudo?). Em alguns, são os outros que olhar pra você (que nem percebe).
Há casamentos em que ir ao bar da esquina tomar uma caipirinha é o melhor da vida. Em outros, Paris pode ser o inferno.
Há casamentos em que, quando tudo vai mal, o parceiro é um atenuante. Em outros, é peso. Há casamentos que não merecem ser chamados assim. Em outros, o nome é pouco. Deveriam se chamar Encontros, assim, com E maiúsculo.

E mesmo indo bem ou indo mal, jamais são a mesma coisa.

(Do blog 7×7)

Posts interessantes

Gosto muito do blog Diário de Casal. Já republiquei aqui um texto deles, que fala sobre namoro à distância. Resolvi compartilhar com vocês mais três posts, dos quais gostei muito! Podem ser de grande ajuda nos relacionamentos. Confiram!

Como encarar o fim do namoro

Esse tal de “dar um tempo” no namoro existe?

Namoros “iô-iô”

Resposta ao post

Eu não queria ter que escrever um post pra explicar outro, mas como parece que é o melhor, resolvi escrever este para esclarecer umas coisinhas em relação ao post anterior:

  1. eu nunca neguei o fato de que há, sim, homens que têm medo de mulheres que são inteligentes, têm uma carreira, etc. etc. Apenas afirmei que, na realidade em que estou inserida, o que vejo é diferente. O que vejo são homens interessados em mulheres cultas, e com quem eles possam conversar sobre tudo. Claro que há homens imbecis o suficiente pra desprezarem mulheres assim, mas duvido muito que sejam 99,99% de todos eles, e a gente também tem que saber onde procurar…
  2. muitas vezes temos que admitir também que o problema está com as mulheres. Não sou partidária daquela ideia que muitas possuem de que o culpado por todos os problemas das mulheres são os homens. Às vezes o problema da mulher é ela mesma, e a forma como encara a vida. O que tenho observado são mulheres que dizem não estarem nem aí pros homens porque o que importa é a carreira, e depois ficarem reclamando de sua solteirice e chorando pelos cantos porque não têm namorado. Ou seja, incoerência total. E ainda falam que os homens não as querem porque são muito poderosas. Poxa, cansei dessa história chata, de verdade. Como bem disse a Madi no twitter, parece que, na verdade, o que existe é medo de sofrer, e eu até diria falta de confiança em si mesma e baixa autoestima, que as faz se esconderem sob essa máscara de “poderosas” dizendo que ninguém as quer pois são assim, quando na verdade estão desesperadas por um verdadeiro homem que as ame. Não entendem porque não se dão bem nos relacionamentos, e em vez de olharem para si mesmas (porque pode sim ser algo errado com você), preferem olhar para o homem: culpam outro, e ainda se elogiam, porque necessitam, de algum modo, se sentirem bem consigo mesmas: é, a culpa é dele, não me quer porque sou poderosa!

Não há nada de errado em querer um companheiro de toda uma vida. Mas também não há nada de errado em querer ter sua carreira e ser bem-sucedida nela. O problema é que algumas mulheres pensam que não se pode ter as duas coisas, ou que se você é ótima profissional vai ser solteira, e se for casada é porque é apenas uma boa dona-de-casa. Acordem, do mesmo jeito que existem mulheres inteligentes e bonitas (porque há pessoas que pensam que ou se é inteligente, ou bonita, nunca as duas coisas), existem aquelas felizes no amor e na profissão que escolheram. Uma mulher que tem família não é necessariamente uma tonta que nunca quis fazer faculdade, e uma mulher feliz na profissão não tem necessariamente que ser solteira pro resto da vida.

Não vou retirar nada do que disse, porque realmente creio no que postei. Apenas gostaria que, em vez de se tornar polêmico, esse post servisse pra nos fazer pensar! Só isso…

Mulheres maravilhosas

Ontem eu já estava pensando em abordar esse assunto aqui no blog, mas ainda não sabia como. Aí hoje cedo me deparei com esse texto. E veio a ideia que faltava! Na verdade, ainda quero escrever um post só sobre baixa autoestima, e como isso se relaciona com inveja e comparações. Mas aqui já vou começar a dar uma pincelada, só que tendo como ponto de partida um certo mito — pelo menos a meu ver — com relação às mulheres.

Eu não vou colocar o texto do post que citei aqui. Desculpem-me mas o espaço já é pouco, eu já escrevo demais, e ainda por cima não dá pra ficar pondo aqui um monte de baboseiras coisas com as quais não concordo. Portanto, se vocês quiserem saber melhor sobre o que ele fala, cliquem no link, please.

O fato é que, resumidamente, o texto diz que 99,99% dos homens (ao que parece, a autora quis ser boazinha com eles) não podem lidar com a “inteligência” e o “poder” das mulheres maravilhosas (que, segundo ela, são aquelas que “Saíram da barra da saia dos pais e das mães, estudaram enquanto moravam sozinhas e trabalhavam, e ainda encontravam tempo para receber os amigos e colegas em sua casa ou apartamento de estudantes…tinham namorados quando eram jovens. Mas parece que não dava certo, parece que nunca estavam no mesmo tempo. Elas, sempre à frente. Se formaram…trabalharam mais do que escravas…” e mais um monte de blá-blá-blá).

Uma das mulheres que comentaram o texto perguntou algo muito inteligente: “Estou ficando cansada dessa história que porque somos tão maravilhosas estamos sozinhas… porque não encontramos esse 0,01% que nos banque… Homens, vcs realmente concordam com isso? Vcs não podem com a gente? Vcs realmente fogem no primeiro sinal de dificuldade? Esquecemos o significado das palavras “construir” e “juntos”?”

Isso me levou a uma série de questionamentos, que se uniram aos que eu tinha desde ontem. Se as mulheres “modernas” e “liberadas” levam tanto em conta a carreira, a profissão, o trabalho, se isso é o que realmente é mais importante — e segundo o texto em questão é — por que elas vivem lendo livros toscos estilo “como agarrar seu homem”, se queixam incessantemente de que estão carentes, de que o relógio biológico está “tocando”, e no dia dos namorados choram que nem condenadas, agarradas a um urso de pelúcia e uma caixa de chocolates? Não parece um contra-senso?

Mas aí vem a ‘sábia’ autora do blog citado e responde: é porque somos lindas e maravilhosas e os homens, esses covardes, morrem de medo de nós! Cá entre nós, não concordo plenamente, e depois vou comentar sobre, mas com essa atitudezinha boba de “mulheres são melhores que homens” — que nunca leva a lugar nenhum, pois não somos melhores que eles nem eles são melhores que nós, e essa é uma discussão em que nunca se chega a denominador comum, ou seja, perda de tempo — aí é que os homens se afastam mesmo. Você iria gostar de ser criticada o tempo todo e ainda ter que dar atenção a essa pessoa que te critica? Pense…

Pois bem, mas ao refletir no assunto, me veio um pensamento, que passou a ser recorrente nos últimos tempos, pois não só a mulher que escreveu o texto como boa parte da mídia e da sociedade pensam dessa forma (mulheres ‘poderosas’ dão medo nos homens): então quer dizer que não sou maravilhosa, linda, inteligente, culta, esforçada? É isso? Pois se namorei, noivei e casei, sendo que quase 100% dos homens temem mulheres com as características que citei, isso quer dizer que provavelmente não tenho nenhuma ou quase nenhuma delas.

Chega a ser patético quando penso que essa ideia passou pela minha cabeça. Mas sim, passou. Eu, infelizmente, ainda me incomodo muito com opiniões alheias, com o que o outro pensa. Pra muitos — e eles estão certos — eu nem deveria me dar ao trabalho de pensar nessas coisas, que dirá de me achar tosca porque casei, ou seja, um homem me quis, então não devo ser tão “maravilhosa”.

Aí, comecei a analisar minha vida: me casei aos 28 anos, idade com a qual uma mulher “maravilhosa” deve estar concluindo seu Ph.D., não é mesmo? Sim, porque senão não é poderosa (estou sendo irônica, pra quem ainda não notou, até porque muitas dessas mulheres que se auto-denominam ‘poderosas’ talvez nem tenham terminado a faculdade). Mas antes de casar, eu fiz Medicina, numa universidade federal (não que meu curso ou a faculdade em que o fiz sejam a coisa mais importante pra mim, mas menciono pra que se entenda meu ponto de vista). No último ano, num dos estágios (onde temos vivência com comunidades distantes das grandes cidades para melhor entendermos como funciona o Programa de Saúde da Família nelas), tive que morar, por dois meses, numa casa com vários outros estudantes da área de saúde, numa das cidades da PB mais distantes da capital, João Pessoa. Depois que me formei, me mudei para a cidade onde meu noivo estava estudando, pois queria logo arranjar emprego e alugar um apartamento. Morei sozinha por dois meses, antes de casar.

Talvez eu não tenha “saído da barra da saia dos meus pais” tão cedo, talvez não tenha tido tanta experiência em morar sozinha, talvez tenha me casado “cedo” para os padrões atuais, e por causa deles mesmos, não seja considerada “poderosa” por não ter um mestrado, pelo menos. Mas eu sou alguém, tenho valor, sou inteligente, culta, esforçada e independente, não preciso do meu esposo para pagar minhas contas, posso até dizer que não preciso dele para viver, no sentido de que consigo me virar sozinha. Estou com ele porque quero, e porque o amo, acima de tudo.

E não só eu, mas amigas e primas que tenho, que são casadas, algumas até têm filhos, e são profissionais bem sucedidas, que estudaram e ralaram muito pra chegar onde estão hoje — todas nós somos provas de que os homens DE VERDADE gostam mesmo é das inteligentes, daquelas com quem podem conversar sobre qualquer coisa, daquelas que são esforçadas, trabalham fora, e eles nunca vão pensar que elas estão com eles porque querem dar “o golpe”, e sim porque o amam. Ou seja, o que quis dizer com toda essa conversa que já cansou vocês é que a teoria da moça que citei lá em cima é FALSA. Eu e outras mulheres que conheço somos prova disso.

Além do que, temos que rever esse conceito de “poder”: não é só “poderosa” ou “maravilhosa” aquela mulher que fez mil mestrados e três mil doutorados (eu escrevi mais sobre isso aqui). Nem também o é aquela que acha o máximo sentir que está “subjugando” o homem. Isso é apenas fazer com eles o que tanto odiamos. Queremos que alguém esteja conosco por medo ou por amor?

Homem que é homem gosta de mulheres interessantes. Aqueles que não gostam, eles é que têm algum problema. Ou não, e deram o azar de encontrar pela frente uma mulher tão “poderosa”, que acha que a carreira é a coisa mais importante da vida e tão cega por estereótipos e ideias mentirosas (que mais parecem ter sido tiradas de livros femininos de autoajuda) que não o assustaram, mas o rejeitaram, humilharam, destrataram. E nenhum  homem ou mulher saudável vai querer alguém tão chato assim por perto.

Por isso, antes de colocar a culpa nos homens, ó mulheres maravilhosas, olhem para si mesmas. E talvez assim consigam ser finalmente felizes.

Duração do relacionamento x auto-conhecimento

Tava vendo o twitter esses dias e encontrei, no da revista LIFE, um link que mostra fotos de casais cujos casamentos foram alguns dos mais curtos que já se viu. Coincidentemente (e não coNHEcidentemente, como alguns insistem em escrever), me deparei tanto por email como por twitter com um texto interessante do dr. Gary Chapman, que traduzo aqui para vocês lerem também:

A maior felicidade da vida é encontrada em boas relações, e dor mais profunda da vida encontra-se em relacionamentos ruins. Se você se sentir amado por sua mãe, então o relacionamento materno traz sensações de conforto e encorajamento. Por outro lado, se o seu relacionamento com seu pai é fraturado, você provavelmente sofrerá sentimentos de abandono.

Muitos adultos já se sentiram rejeitados por um ou ambos os pais. Em meu livro “As cinco linguagens de amor para solteiros” , uma das idéias que eu discuto é a forma como a compreensão das cinco linguagens do amor pode ajudar os solteiros a estabelecer ou restabelecer uma relação mais positiva com os pais. O amor detém o maior potencial de cura do passado e de criar um futuro melhor.

Algum tempo atrás, eu estava falando em uma penitenciária estadual sobre o tema das cinco linguagens do amor. Eu me inclinei a ajudá-los compreender porque é que eles se sentiram ou não amados por seus pais. Quando abri espaço  para perguntas ou comentários, um jovem disse: “Eu quero agradecer a você por ter vindo. Pela primeira vez na minha vida eu percebi que minha mãe me ama. Minha linguagem do amor é o toque físico, mas minha mãe nunca me abraçou. Na verdade, a primeira vez que eu lembro de ter recebido um abraço dela foi no dia em que parti para a prisão. Mas, eu percebi que ela falava um pouco de outras linguagens de amor. Ela era realmente estava me amando. Eu só não entendi ” .

Você vê, a maioria dos pais honestamente tem o desejo de comunicar amor a seus filhos, mas a menos que estejam conscientes de que há diferentes linguagens do amor para pessoas diferentes, elas tendem a expressar o amor através da sua linguagem de amor própria. Não é que eles não te amem, mas em vez disso, não sabiam como expressar o amor de uma forma que fizesse você se sentir amado. Através da compreensão das linguagens do amor, você pode descobrir que seus pais realmente te amam.

Se você é solteiro(a) ou casado(a), você pode considerar fazer a avaliação de linguagem de amor para solteiros para descobrir como você prefere receber o amor dos outros, e neste caso, de um dos pais. Você pode descobrir que os resultados trazem a cura para um relacionamento magoado do passado, bem como lhe darão algumas dicas para um melhor futuro.

Aqui no blog, eu já falei sobre as tais Cinco Linguagens do Amor. O bom mesmo é ler o livro dele, pra entender bem a coisa toda. E lá não há testes, você vai se descobrindo ao ler. Não é autoajuda, é um livro de um conselheiro com experiência vasta que, através de uma perspectiva cristã, nos ajuda no processo do auto-conhecimento, algo que é tão importante para desenvolvermos e mantermos relacionamentos.

Mas o que isso tudo tem a ver com a notícia da LIFE? Tem que, se nos conhecêssemos melhor, se soubéssemos como gostamos de dar e receber amor, muito casamento não precisaria ter escorrido pelo ralo do divórcio. As cinco linguagens do amor não são um milagre que pode restaurar qualquer relacionamento em perigo. Mas ajudam [muito] a evitar vários problemas. Quando a gente se conhece, quando a gente entende como gostamos de amar e ser amados, a coisa melhora bastante. Experimente!

Em breve, mais um texto sobre relacionamentos. Aguarde 😉

Livros super educativos – pra não dizer o contrário!

Gente, olhem só os livros que “fazem sucesso” hoje em dia (fuçada básica quando a Saraiva anunciou uma promoção no twitter):

  • Por que os homens amam as mulheres poderosas?
  • Por que os homens se casam com as mulheres poderosas?
  • Por que os Homens Se Casam com as Manipuladoras – Um Guia para Deixar os Homens a seus Pés
  • Quem pensa enriquece
  • Crepúsculo
  • Eclipse
  • Lua Nova
  • Amanhecer
  • Anoitecer
  • Minguante
  • Crescente

Tá, tá, os três últimos foram brincadeiras. Mas sei lá… Eu sei que muito já foi falado sobre a saga vampiresca, até eu já republiquei um post de outro blog aqui, muito engraçado por sinal, mas não posso deixar de comentar. As adolescentes estão lendo esses livros todos, criando em suas mentes as ideias mais toscas possíveis: não importa o quanto você seja insegura, como diz o Felipe Neto, sempre vai ter alguém atrás de você; “Homens podem ser mudados para melhor se você sacrificar tudo que você é e se dedicar inteiramente à necessidade de mudança deles”; é legal mentir pros pais; é legal enrolar caras em que você não tem interesse; se ele não te dá a mínima e te trata mal é porque te ama, e por aí vai, mas o melhor pra mim é “Jovens garotas não devem fazer esforço algum para melhorar suas habilidades sociais ou estado emocional. Em vez disso, devem procurar por potenciais parceiros que compartilham das mesmas deficiências sombrias e problemas emocionais”.

Mas o pior é depois, quando elas crescem, e passam a ler os outros que citei no início. Quer um homem? Seja uma megera! Quer um homem? Despreze todos os que aparecerem em sua frente. Sabe, eu sou casada, mas não tenho filhos, e ainda não sei se os quero ter, então não posso falar com tanta propriedade de educação de crianças ou coisas afins, tanto que raramente comento qualquer coisa relacionada a isso aqui. Mas de relacionamento eu posso. Já namorei, já quebrei a cara várias vezes, já noivei, já sou casada há 3 anos… Enfim… Então o negócio é o seguinte: se você fizer todas essas coisas que esses “livrinhos” falam, em vez de “agarrar um homem” você vai é ficar sozinha.

“Ah”, alguém pode dizer, “você pode ser casada, mas nunca leu livros assim”. Engano seu, meu bem. Já li o primeiro que citei (minha irmã me mostrou certa vez, pra ver o que eu achava), e não só posso, como vou fazer alguns comentários sobre:

Ela fala como se fosse só seguir um tais de “Princípios de atração” que você conquista qualquer pessoa. E não é bem assim. Esse é o problema desses livros de autoajuda. É como se você só precisasse fazer algumas coisas e tudo se resolve. Mas e onde fica a vontade de Deus nisso? Quando a gente crê em Deus e deixa que Ele tome conta da nossa vida, as coisas acontecem ou deixam de acontecer porque Ele quer ou não. E não porque a gente fica seguindo tudo do jeito que esses livros falam. Acho que é válido pra saber como agir em certas situações, mas não pra fazer tuuuudo do jeitinho que ela fala…

Não concordei quando ela disse: “Dar a um homem muita certeza logo no início do relacionamento é o mesmo que encharcar uma planta. Pode matá-la.” Não tem nada a ver. Muitas vezes o homem precisa ter certeza de que a mulher tem interesse nele, se não, vai desistir. Foi o que aconteceu comigo e meu esposo, ele já tinha passado por tanta decepção que precisava saber se eu queria mesmo alguma coisa com ele, porque não queria mais se dedicar a alguém que ia jogar ele fora depois, como tinha acontecido antes.

Um tal de “Princípio 9”: claro que a mulher não precisa abrir mão de tudo por causa de um homem, como ela fala, “Ela não se afasta dos amigos, não abre mão da carreira nem de seus passatempos prediletos. Ela nunca faz concessões que a violentem para manter o homem a seu lado, não se deixa humilhar e tem consciência do próprio valor. Ao contrário da boazinha, ela não tolera desrespeito.” Até aí, tudo bem. O problema é que ela fala como se a mulher fosse superior (Como ela não tem medo, é ele quem fica com medo de perdê-la. Como não se mostra carente, o homem começa a sentir necessidade dela. Como não depende dele, ele passa a depender dela), tipo, agora é o homem que vai ser dependente, sentir necessidade e, pior, ter medo da mulher. Se não é legal se sentir assim em relação a um homem, será que é válido fazê-lo passar pelas mesmas coisas? Tipo, não serei dominada, dominarei. O cara vai ficar com você não por amor, mas por medo. Será que essa seria uma relação saudável? Será que sempre tem que ter alguém dominando? Deus não fez ninguém superior a ninguém. E no casamento, deve haver equilíbrio, e não um passando por cima do outro. Outra coisa: uma hora ou outra alguém vai ter, sim, que abrir mão de alguma coisa, ou o homem ou a mulher, isso é normal e faz parte de todo relacionamento saudável. Como diz aquele filme, “Alguém tem que ceder”, e nem sempre precisa ser só a mulher ou só o homem, é questão de conversar e chegar a um denominador comum. Agora, aqueles pontos que ela coloca no final são interessantes, mas a mulher deve fazer isso não para conquistar alguém, ou para se mostrar superior, e sim porque se valoriza e porque isso vai ser bom pra ela, ela não vai se deixar diminuir por causa de um homem, vai se manter quem é.

Pois é isso. A dica de hoje é anti-relacionamentos. Se você NÃO quer ter um, leia toda sorte de livros dessa natureza.

Socorro, estou sendo controlado!

Por Gary Chapman

Um dos meus livros é chamado de “Desperate Marriages” (algo como ‘Casamentos Desesperados’). O que é um ‘casamento desesperado’? Um casamento desesperado é aquele em que um dos indivíduos está envolvido em um estilo de vida que é extremamente prejudicial para o relacionamento — como por exemplo, abuso de álcool ou drogas, abuso verbal ou físico. Hoje eu quero falar sobre “O Cônjuge Controlador”.

Atributos de um cônjuge controlador
Os controladores têm uma personalidade dominante e, portanto, procuram dominar os seus cônjuges. Eles não são de espírito mesquinho, mas são determinados. O lado positivo de uma personalidade de controle é que essas pessoas fazem as coisas. Eles se encarregam de resolver problemas e tomar decisões.

O controlador raramente pede conselho a seu cônjuge. E, se fizer isso, ele raramente leva a sério. Ele sabe o que é melhor e se você vai escutar. Ele vai explicar-lhe “mais uma vez”, e dizer coisas como “qualquer pessoa em sã consciência vai concordar comigo.” Não é tão difícil ver porque o cônjuge de um controlador muitas vezes se sente como uma criança … que seus pensamentos, idéias e sentimentos não são importantes ou são ilógicos.

Se seu cônjuge tem uma personalidade fortemente controladora, meu palpite é que você não tem um casamento íntimo. Controladores muitas vezes “passam por cima” de seus cônjuges, a fim de fazer as coisas. O cônjuge acaba com rancor e tanto pode partir para a briga como pode se retirar em sofrimento silencioso. Nenhuma destas abordagens melhora a situação.

Concorde em discordar
Então, o que fazer se você está casado(a) com um(a) controlador(a)? Algumas pessoas capitulam. Eles procuram se realizar nas crianças, ou no seu trabalho, e simplesmente aceitam um casamento ruim. No entanto, penso que é muito mais gratificante tomar uma atitude. Eu não quero dizer discutir, quero dizer que você pode concordar com os controladores de intenções, mas não ceder às suas exigências. Sua atitude deve ser: “Eu te amo demais para permitir que você me trate como uma criança.”

Quero sugerir que você tente influenciar o seu cônjuge concordando com ele. Com isso eu quero dizer que você concorde com seus argumentos, mas não aceite as suas conclusões. Uma mulher pode dizer: “Querido, eu sei que estamos economizando dinheiro por não utilizar a secadora, mas eu não tenho tempo para pendurar a roupa no porão. Se você quiser fazer isso, ótimo, mas eu vou usar a secadora. ”

Discutir e brigar com um cônjuge controlador não leva muito longe. Você nunca vai ganhar uma discussão com um controlador, você só vai prolongar a batalha. Um resultado muito mais positivo surgirá a partir de uma gentil, mas firme recusa a ser controlado. Assuma a responsabilidade por sua própria atitude. Lembre-se, você não pode mudar um cônjuge controlador, mas você pode influenciá-lo através de suas respostas ao seu comportamento.

Fazendo o casamento dar certo

Como quem lê este blog sabe, adoro falar aqui sobre relacionamentos. Só que às vezes sou muito dura, repetitiva (falo coisas que já falei em outros posts), incisiva, sei lá… Achei melhor dar um tempo, e deixar com vocês textos de quem REALMENTE entende do assunto (tanto que eu posso comprovar o que ele diz por experiência própria). Então, aí vai mais um texto do maravilhoso dr. Gary Chapman.

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Mito:
A vida de casado é a vida infeliz.

Fato:

Estudos mostram que pessoas casadas têm melhor saúde física e emocional, uma vida mais longa, maior satisfação sexual, renda maior, e mais riqueza acumulada.

Falando de Amor

Sua linguagem emocional do amor e a linguagem de seu cônjuge podem ser tão diferentes como o Chinês do Inglês. Não importa o quão intensamente você tenta expressar o amor em “Inglês”, se seu cônjuge só entende “Chinês”, vocês nunca vão entender como amar um ao outro.

Ser sincero não é suficiente. Devemos estar dispostos a aprender a linguagem de amor primária de nosso cônjuge, se quisermos ser comunicadores eficazes de amor.

Minha conclusão, após trinta e cinco anos de casamento aconselhamento é que existem basicamente cinco linguagens do amor emocional – cinco maneiras que as pessoas falam e entendem o amor emocional. No entanto, pode haver inúmeros dialetos. O importante é falar a linguagem do amor de seu cônjuge.

O amor é uma escolha
Comunicar amor não é tão fácil como se sentir “apaixonado”, porque é uma coisa completamente diferente. Apaixonar-se não é um ato de vontade ou escolha consciente. É fácil. Aquele que é “apaixonado” não é genuinamente interessado em promover o crescimento pessoal de outra pessoa. Se a frase eufórica de “estar apaixonado” nunca terminou, nós podemos nunca experimentar o amor verdadeiro e comunicação significativa.

Amar é algo que você faz para alguém, não algo que você faz para si mesmo. A maioria de nós fazer muitas coisas cada dia que não são “naturalmente” fáceis para nós. Para alguns de nós, é sair da cama pela manhã. Nós vamos contra os nossos sentimentos e saimos da cama porque acreditamos que há algo de interessante para fazer naquele dia. E, normalmente, antes do fim do dia, nos sentimos bem por termos levantado. Nossas ações precederam nossas emoções.

O mesmo acontece com o amor. Descobrimos a principal linguagem de amor de nosso cônjuge, e nós escolhemos conversar nessa linguagen, quer seja ou não natural para nós. Você  pode não gostar dessa linguagem, mas ao falar nela, vai comunicar claramente o amor a seu cônjuge.

O amor é uma escolha. E um dos parceiros pode iniciar o processo hoje.

E ainda me perguntam por que não gosto de comédia romântica…

Comédias românticas podem oferecer 90 minutos de diversão descontraída, mas os filmes com finais felizes podem também ter um impacto sobre a vida amorosa real das pessoas, indicou uma pesquisa australiana. Uma pesquisa realizada com mil australianos descobriu que quase metade considerava que comédias românticas, com seus inevitáveis finais felizes, haviam arruinado sua visão de um relacionamento ideal. Um em cada quatro entrevistados disse que agora seus parceiros esperam que saibam o que estão pensando. Um em cada cinco entrevistados disse que os filmes fizeram seus parceiros esperarem presentes e flores. “Parece que nosso amor por comédias românticas está nos tornando uma nação de ‘viciados em finais felizes’. No entanto, a sensação calorosa e aconchegante que eles causam pode influenciar negativamente a visão de nossos relacionamentos na vida real”, disse a conselheira australianas em relacionamentos Gabrielle Morrissey. “Relacionamentos de verdade exigem trabalho, e amor verdadeiro exige mais do que fogos de artifício.”

(Yahoo Notícias)

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Isso apenas confirma o que foi comentado aqui e aqui. Eu já não gostava desse tipo de filme há tempos, agora é que gosto menos. As pessoas não têm mesmo noção do estrago que uma simples “diversãozinha” pode causar na mente de alguns, ocasionando sérios problemas nos relacionamentos amorosos presentes e futuros. Que Deus tenha piedade de quem vê esse tipo de filme, e ajude a mudar o gosto rápido. A coisa é mais séria do que imaginamos.

Acendendo a intimidade de cinco diferentes maneiras – parte II

Lembram do post “Acendendo a intimidade de cinco diferentes maneiras”? Pois bem, agora vou postar a continuação dele. Vamos aprender hoje as outras três maneiras que estavam faltando.

Enjoy!

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Compartilhar minhas experiências

Grande parte da vida se centraliza em torno de encontros que acontecem durante todo o dia — coisas que as pessoas dizem ou fazem, as situações que se desenvolvem. Quando eu compartilho isso com meu cônjuge sentimos que fazemos parte do que o outro está fazendo. Sentimos que somos uma unidade social. O que acontece na vida do outro é importante para mim.

Outro aspecto de intimidade social envolve nós dois fazendo coisas juntos. Assistir a um filme ou evento atlético, fazer compras ou lavar o carro juntos, ou um piquenique no parque são todas formas de construção de intimidade social. Muitas coisas na vida envolvem o fazer. Quando fazemos coisas juntos, não estamos apenas desenvolvendo um senso de trabalho em equipe, mas também estamos aumentando nossa sensação de intimidade.

As coisas que fazemos juntos muitas vezes formam nossas memórias mais vívidas. Será que vamos esquecer quando escalamos o Monte Mitchell juntos? Ou quando demos ao cão um corte de cabelo? Intimidade social é uma parte importante de um casamento em crescimento.

Compartilhar minhas convicções

O quarto componente essencial de um relacionamento íntimo é a intimidade espiritual. Somos criaturas espirituais. Os antropólogos descobriram que ao redor do mundo as pessoas são religiosas. Todos nós temos uma dimensão espiritual. A questão é: estamos dispostos a compartilhar essa parte de nossas vidas com nossos cônjuges? Quando o fizermos, nós experimentaremos uma intimidade espiritual.

Pode ser tão simples como a partilha de algo que você lê na Bíblia esta manhã, e o que isso significou para você. A intimidade espiritual é também estimulada pela experiência compartilhada. Depois de assistir o culto com o marido, uma mulher disse: “Há algo em ouví-lo cantar que me dá uma sensação de proximidade com ele.” Orar juntos é uma outra maneira de construir a intimidade espiritual. Se você não pode rezar em voz alta, então ore em silêncio, segurando as mãos. Não há palavras proferidas, mas o seu coração se aproxima do coração do outro. Assim você terá experimentado um momento de intimidade espiritual.

Partilhar o meu corpo

Porque os homens e as mulheres são sexualmente diferentes, nós geralmente chegamos à intimidade sexual de maneiras diferentes. A ênfase do marido é, na maioria das vezes, ligada aos aspectos físicos. O olhar, o toque, a sensação, a experiência de preliminares e o clímax são o foco de sua atenção. A esposa, por outro lado, vem à intimidade sexual com ênfase no aspecto emocional. Sentir-se amada, cuidada, apreciada e tratada com ternura, lhe traz grande prazer. Em suma, se ela realmente se sente amada, a experiência sexual é uma extensão do prazer emocional. A intimidade sexual requer compreensão e resposta a essas diferenças.

Deveria ser óbvio que não podemos separar a intimidade sexual das intimidades emocional, intelectual, social e espiritual. Nós não podemos alcançar a intimidade sexual sem intimidade nas outras áreas da vida. O objetivo não é apenas ter sexo, mas a experiência de proximidade, para encontrar um sentido de mútua satisfação.

(Adaptado de “A família que você sempre quis”, por Gary Chapman. Descubra mais em www.5lovelanguages.com).

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