Pensamentos

Arquivo para o mês “agosto, 2010”

Chocolate versus TPM

Muita gente tem uma vontade louca de comer chocolate — especialmente na TPM. Eu sou fã do dito cujo, mas venho tentando reduzir consideravelmente sua ingesta: além de gorduroso, o chocolate tem muito açúcar. E o que as pesquisas vêm mostrando é que o que faz bem pra saúde é aquele que tem mais cacau, e que é amargo.

Mas pensando nessa questão da TPM, resolvi postar aqui hoje. Será que o chocolate ajuda mesmo? Aparentemente, sim. Mas a verdade é que é algo paliativo apenas. Veja os seguintes textos:

Regimes de poucas calorias são fatais para quem sofre de TPM. Isso porque o organismo reage diminuindo sua taxa metabólica, isto é, desacelerando a queima de nutrientes do mesmo jeito que a gente desacelera um automóvel para gastar menos gasolina. Desacelerada e impedida de cometer seus pecadinhos diários, a pessoa sente que não é a mesma. Que está mal, passando fome, e está. E já não se reconhece. Aí dá uma angústia que vai indo, vai indo e de repente a joga de cabeça nos sorvetes, biscoitos, doces e massas – sem falar no chocolate.

Chocolate e magnésio são interligados; uma ânsia incontrolável por chocolate pode estar mostrando deficiência de magnésio, em que o cacau é relativamente rico, mas não a ponto de servir como remédio, infelizmente…

(…)

AÇÚCAR faz desperdiçar cálcio, magnésio e vitamina B no processo metabólico. Açúcar em excesso (e o que é excesso varia de pessoa para pessoa) produz sintomas de hipoglicemia e conseqüentemente ansiedade, depressão e desejo de mais açúcar.

(…)

CAFEÍNA aumenta a tensão e a sensibilidade, agrava
a hipoglicemia e chateia o fígado, que já pode estar pra lá de chateado nessa ocasião.

Comer alimentos ricos em fibra é fundamental para auxiliar a eliminação das fezes, e do estrogênio junto com elas (http://correcotia.com/mulheres/tpm.htm).

Interessante, não?

E quer dizer desse?

A predileção por chocolate, ou açúcar, deve ser substituída por frutas ou mel natural, que não provoca cólica e nem retenção de gases. Na verdade, o chocolate só agrada sua alma e é até contra indicado nesse período do ciclo. Certamente nenhum médico lhe recomendaria tratamento à base de chocolate ou similar, mas um pouco de “agrado” e carinho nesse período é fundamental para melhorar o estado de espírito (http://cliquesaude.com.br/chocolate-e-tpm-por-que-ele-e-o-melhor-amigo-dessas-horas-694.html).

Portanto, pra ter boa saúde na TPM, evite o chocolate e prefira tudo que for mais leve. Se você clicar nos links que postei, vai ler as matérias completas e aprender mais sobre o que comer e o que evitar nesse período tão crítico da vida de tantas mulheres. Confira 😉

Posts interessantes

Gosto muito do blog Diário de Casal. Já republiquei aqui um texto deles, que fala sobre namoro à distância. Resolvi compartilhar com vocês mais três posts, dos quais gostei muito! Podem ser de grande ajuda nos relacionamentos. Confiram!

Como encarar o fim do namoro

Esse tal de “dar um tempo” no namoro existe?

Namoros “iô-iô”

Resposta ao post

Eu não queria ter que escrever um post pra explicar outro, mas como parece que é o melhor, resolvi escrever este para esclarecer umas coisinhas em relação ao post anterior:

  1. eu nunca neguei o fato de que há, sim, homens que têm medo de mulheres que são inteligentes, têm uma carreira, etc. etc. Apenas afirmei que, na realidade em que estou inserida, o que vejo é diferente. O que vejo são homens interessados em mulheres cultas, e com quem eles possam conversar sobre tudo. Claro que há homens imbecis o suficiente pra desprezarem mulheres assim, mas duvido muito que sejam 99,99% de todos eles, e a gente também tem que saber onde procurar…
  2. muitas vezes temos que admitir também que o problema está com as mulheres. Não sou partidária daquela ideia que muitas possuem de que o culpado por todos os problemas das mulheres são os homens. Às vezes o problema da mulher é ela mesma, e a forma como encara a vida. O que tenho observado são mulheres que dizem não estarem nem aí pros homens porque o que importa é a carreira, e depois ficarem reclamando de sua solteirice e chorando pelos cantos porque não têm namorado. Ou seja, incoerência total. E ainda falam que os homens não as querem porque são muito poderosas. Poxa, cansei dessa história chata, de verdade. Como bem disse a Madi no twitter, parece que, na verdade, o que existe é medo de sofrer, e eu até diria falta de confiança em si mesma e baixa autoestima, que as faz se esconderem sob essa máscara de “poderosas” dizendo que ninguém as quer pois são assim, quando na verdade estão desesperadas por um verdadeiro homem que as ame. Não entendem porque não se dão bem nos relacionamentos, e em vez de olharem para si mesmas (porque pode sim ser algo errado com você), preferem olhar para o homem: culpam outro, e ainda se elogiam, porque necessitam, de algum modo, se sentirem bem consigo mesmas: é, a culpa é dele, não me quer porque sou poderosa!

Não há nada de errado em querer um companheiro de toda uma vida. Mas também não há nada de errado em querer ter sua carreira e ser bem-sucedida nela. O problema é que algumas mulheres pensam que não se pode ter as duas coisas, ou que se você é ótima profissional vai ser solteira, e se for casada é porque é apenas uma boa dona-de-casa. Acordem, do mesmo jeito que existem mulheres inteligentes e bonitas (porque há pessoas que pensam que ou se é inteligente, ou bonita, nunca as duas coisas), existem aquelas felizes no amor e na profissão que escolheram. Uma mulher que tem família não é necessariamente uma tonta que nunca quis fazer faculdade, e uma mulher feliz na profissão não tem necessariamente que ser solteira pro resto da vida.

Não vou retirar nada do que disse, porque realmente creio no que postei. Apenas gostaria que, em vez de se tornar polêmico, esse post servisse pra nos fazer pensar! Só isso…

Mulheres maravilhosas

Ontem eu já estava pensando em abordar esse assunto aqui no blog, mas ainda não sabia como. Aí hoje cedo me deparei com esse texto. E veio a ideia que faltava! Na verdade, ainda quero escrever um post só sobre baixa autoestima, e como isso se relaciona com inveja e comparações. Mas aqui já vou começar a dar uma pincelada, só que tendo como ponto de partida um certo mito — pelo menos a meu ver — com relação às mulheres.

Eu não vou colocar o texto do post que citei aqui. Desculpem-me mas o espaço já é pouco, eu já escrevo demais, e ainda por cima não dá pra ficar pondo aqui um monte de baboseiras coisas com as quais não concordo. Portanto, se vocês quiserem saber melhor sobre o que ele fala, cliquem no link, please.

O fato é que, resumidamente, o texto diz que 99,99% dos homens (ao que parece, a autora quis ser boazinha com eles) não podem lidar com a “inteligência” e o “poder” das mulheres maravilhosas (que, segundo ela, são aquelas que “Saíram da barra da saia dos pais e das mães, estudaram enquanto moravam sozinhas e trabalhavam, e ainda encontravam tempo para receber os amigos e colegas em sua casa ou apartamento de estudantes…tinham namorados quando eram jovens. Mas parece que não dava certo, parece que nunca estavam no mesmo tempo. Elas, sempre à frente. Se formaram…trabalharam mais do que escravas…” e mais um monte de blá-blá-blá).

Uma das mulheres que comentaram o texto perguntou algo muito inteligente: “Estou ficando cansada dessa história que porque somos tão maravilhosas estamos sozinhas… porque não encontramos esse 0,01% que nos banque… Homens, vcs realmente concordam com isso? Vcs não podem com a gente? Vcs realmente fogem no primeiro sinal de dificuldade? Esquecemos o significado das palavras “construir” e “juntos”?”

Isso me levou a uma série de questionamentos, que se uniram aos que eu tinha desde ontem. Se as mulheres “modernas” e “liberadas” levam tanto em conta a carreira, a profissão, o trabalho, se isso é o que realmente é mais importante — e segundo o texto em questão é — por que elas vivem lendo livros toscos estilo “como agarrar seu homem”, se queixam incessantemente de que estão carentes, de que o relógio biológico está “tocando”, e no dia dos namorados choram que nem condenadas, agarradas a um urso de pelúcia e uma caixa de chocolates? Não parece um contra-senso?

Mas aí vem a ‘sábia’ autora do blog citado e responde: é porque somos lindas e maravilhosas e os homens, esses covardes, morrem de medo de nós! Cá entre nós, não concordo plenamente, e depois vou comentar sobre, mas com essa atitudezinha boba de “mulheres são melhores que homens” — que nunca leva a lugar nenhum, pois não somos melhores que eles nem eles são melhores que nós, e essa é uma discussão em que nunca se chega a denominador comum, ou seja, perda de tempo — aí é que os homens se afastam mesmo. Você iria gostar de ser criticada o tempo todo e ainda ter que dar atenção a essa pessoa que te critica? Pense…

Pois bem, mas ao refletir no assunto, me veio um pensamento, que passou a ser recorrente nos últimos tempos, pois não só a mulher que escreveu o texto como boa parte da mídia e da sociedade pensam dessa forma (mulheres ‘poderosas’ dão medo nos homens): então quer dizer que não sou maravilhosa, linda, inteligente, culta, esforçada? É isso? Pois se namorei, noivei e casei, sendo que quase 100% dos homens temem mulheres com as características que citei, isso quer dizer que provavelmente não tenho nenhuma ou quase nenhuma delas.

Chega a ser patético quando penso que essa ideia passou pela minha cabeça. Mas sim, passou. Eu, infelizmente, ainda me incomodo muito com opiniões alheias, com o que o outro pensa. Pra muitos — e eles estão certos — eu nem deveria me dar ao trabalho de pensar nessas coisas, que dirá de me achar tosca porque casei, ou seja, um homem me quis, então não devo ser tão “maravilhosa”.

Aí, comecei a analisar minha vida: me casei aos 28 anos, idade com a qual uma mulher “maravilhosa” deve estar concluindo seu Ph.D., não é mesmo? Sim, porque senão não é poderosa (estou sendo irônica, pra quem ainda não notou, até porque muitas dessas mulheres que se auto-denominam ‘poderosas’ talvez nem tenham terminado a faculdade). Mas antes de casar, eu fiz Medicina, numa universidade federal (não que meu curso ou a faculdade em que o fiz sejam a coisa mais importante pra mim, mas menciono pra que se entenda meu ponto de vista). No último ano, num dos estágios (onde temos vivência com comunidades distantes das grandes cidades para melhor entendermos como funciona o Programa de Saúde da Família nelas), tive que morar, por dois meses, numa casa com vários outros estudantes da área de saúde, numa das cidades da PB mais distantes da capital, João Pessoa. Depois que me formei, me mudei para a cidade onde meu noivo estava estudando, pois queria logo arranjar emprego e alugar um apartamento. Morei sozinha por dois meses, antes de casar.

Talvez eu não tenha “saído da barra da saia dos meus pais” tão cedo, talvez não tenha tido tanta experiência em morar sozinha, talvez tenha me casado “cedo” para os padrões atuais, e por causa deles mesmos, não seja considerada “poderosa” por não ter um mestrado, pelo menos. Mas eu sou alguém, tenho valor, sou inteligente, culta, esforçada e independente, não preciso do meu esposo para pagar minhas contas, posso até dizer que não preciso dele para viver, no sentido de que consigo me virar sozinha. Estou com ele porque quero, e porque o amo, acima de tudo.

E não só eu, mas amigas e primas que tenho, que são casadas, algumas até têm filhos, e são profissionais bem sucedidas, que estudaram e ralaram muito pra chegar onde estão hoje — todas nós somos provas de que os homens DE VERDADE gostam mesmo é das inteligentes, daquelas com quem podem conversar sobre qualquer coisa, daquelas que são esforçadas, trabalham fora, e eles nunca vão pensar que elas estão com eles porque querem dar “o golpe”, e sim porque o amam. Ou seja, o que quis dizer com toda essa conversa que já cansou vocês é que a teoria da moça que citei lá em cima é FALSA. Eu e outras mulheres que conheço somos prova disso.

Além do que, temos que rever esse conceito de “poder”: não é só “poderosa” ou “maravilhosa” aquela mulher que fez mil mestrados e três mil doutorados (eu escrevi mais sobre isso aqui). Nem também o é aquela que acha o máximo sentir que está “subjugando” o homem. Isso é apenas fazer com eles o que tanto odiamos. Queremos que alguém esteja conosco por medo ou por amor?

Homem que é homem gosta de mulheres interessantes. Aqueles que não gostam, eles é que têm algum problema. Ou não, e deram o azar de encontrar pela frente uma mulher tão “poderosa”, que acha que a carreira é a coisa mais importante da vida e tão cega por estereótipos e ideias mentirosas (que mais parecem ter sido tiradas de livros femininos de autoajuda) que não o assustaram, mas o rejeitaram, humilharam, destrataram. E nenhum  homem ou mulher saudável vai querer alguém tão chato assim por perto.

Por isso, antes de colocar a culpa nos homens, ó mulheres maravilhosas, olhem para si mesmas. E talvez assim consigam ser finalmente felizes.

Duração do relacionamento x auto-conhecimento

Tava vendo o twitter esses dias e encontrei, no da revista LIFE, um link que mostra fotos de casais cujos casamentos foram alguns dos mais curtos que já se viu. Coincidentemente (e não coNHEcidentemente, como alguns insistem em escrever), me deparei tanto por email como por twitter com um texto interessante do dr. Gary Chapman, que traduzo aqui para vocês lerem também:

A maior felicidade da vida é encontrada em boas relações, e dor mais profunda da vida encontra-se em relacionamentos ruins. Se você se sentir amado por sua mãe, então o relacionamento materno traz sensações de conforto e encorajamento. Por outro lado, se o seu relacionamento com seu pai é fraturado, você provavelmente sofrerá sentimentos de abandono.

Muitos adultos já se sentiram rejeitados por um ou ambos os pais. Em meu livro “As cinco linguagens de amor para solteiros” , uma das idéias que eu discuto é a forma como a compreensão das cinco linguagens do amor pode ajudar os solteiros a estabelecer ou restabelecer uma relação mais positiva com os pais. O amor detém o maior potencial de cura do passado e de criar um futuro melhor.

Algum tempo atrás, eu estava falando em uma penitenciária estadual sobre o tema das cinco linguagens do amor. Eu me inclinei a ajudá-los compreender porque é que eles se sentiram ou não amados por seus pais. Quando abri espaço  para perguntas ou comentários, um jovem disse: “Eu quero agradecer a você por ter vindo. Pela primeira vez na minha vida eu percebi que minha mãe me ama. Minha linguagem do amor é o toque físico, mas minha mãe nunca me abraçou. Na verdade, a primeira vez que eu lembro de ter recebido um abraço dela foi no dia em que parti para a prisão. Mas, eu percebi que ela falava um pouco de outras linguagens de amor. Ela era realmente estava me amando. Eu só não entendi ” .

Você vê, a maioria dos pais honestamente tem o desejo de comunicar amor a seus filhos, mas a menos que estejam conscientes de que há diferentes linguagens do amor para pessoas diferentes, elas tendem a expressar o amor através da sua linguagem de amor própria. Não é que eles não te amem, mas em vez disso, não sabiam como expressar o amor de uma forma que fizesse você se sentir amado. Através da compreensão das linguagens do amor, você pode descobrir que seus pais realmente te amam.

Se você é solteiro(a) ou casado(a), você pode considerar fazer a avaliação de linguagem de amor para solteiros para descobrir como você prefere receber o amor dos outros, e neste caso, de um dos pais. Você pode descobrir que os resultados trazem a cura para um relacionamento magoado do passado, bem como lhe darão algumas dicas para um melhor futuro.

Aqui no blog, eu já falei sobre as tais Cinco Linguagens do Amor. O bom mesmo é ler o livro dele, pra entender bem a coisa toda. E lá não há testes, você vai se descobrindo ao ler. Não é autoajuda, é um livro de um conselheiro com experiência vasta que, através de uma perspectiva cristã, nos ajuda no processo do auto-conhecimento, algo que é tão importante para desenvolvermos e mantermos relacionamentos.

Mas o que isso tudo tem a ver com a notícia da LIFE? Tem que, se nos conhecêssemos melhor, se soubéssemos como gostamos de dar e receber amor, muito casamento não precisaria ter escorrido pelo ralo do divórcio. As cinco linguagens do amor não são um milagre que pode restaurar qualquer relacionamento em perigo. Mas ajudam [muito] a evitar vários problemas. Quando a gente se conhece, quando a gente entende como gostamos de amar e ser amados, a coisa melhora bastante. Experimente!

Em breve, mais um texto sobre relacionamentos. Aguarde 😉

Felipe Neto

Você conhece esse cara?

Eu acho que provavelmente fui a última a saber da existência dele. Mas tudo bem. Valeu a pena…

Não, ele ainda não tem página na Wikipedia pra eu colocar o link aqui (embora tenha na Desciclopédia). Mas faz vídeos e posta no YouTube. Simples assim, só com um diferencial. Fala o que quer, e como quer. Engraçado que fala tudo que eu penso, claro que BEEEEEEEEEEEEEEEMMMMMMMM mais escrachado do que eu falaria, mas divertido (pra quem sabe até onde deve levar a sério as coisas da internet) e bem esclarecido. Como ele mesmo diz, não é pra ver os vídeos dele só pra gargalhar, mas pra pensar. Quem dera que essa adolescentaiada de hoje, fã de Fiuk-Crepúsculo-Bieber-Restart e afins parasse um pouco pra analisar as coisas de que gostam…

Como diz minha irmã, não existe mais nada na seção de DVDs em lojas além da “saga” (nome gay para dizer que a série de livros é algo do nível de “Senhor dos Anéis” ou “Crônicas de Nárnia”) Crepúsculo, ou “musicais” adolescentes, ou ainda qualquer porcaria de Hannah Montana (a menina que não tá nem aí pra usar roupas que cubram suas partes íntimas) ou Jonas Brothers (os caras que não tão nem aí pra tentar mudar a imagem que todo mundo normal tem de que eles são homossexuais). A gente foi procurar dia desses “História Sem Fim” (o livro, não o DVD, que já tenho), e a trilogia do Karate Kid. Pensa que achamos? Não, claro. Mas a parafernália toda que cite aí em cima eu achei. Tive que comprar o livro num sebo da internet (muito bom por sinal, livro conservado e baratíssimo), e a trilogia no site da Saraiva…

Dentre os vídeos dele de que mais gosto, estão o do Crepúsculo e o Fiukar. Além disso, achei muito interessante quando ele cita, no vídeo Coloridos, que daqui a pouco vai ser errado você falar que é heterossexual. E isso, vindo de alguém tão jovem, e que nem é crente, pra dizerem que o cara é fanático, não deixa de ser intrigante. Eu também penso como ele, e infelizmente só posso concordar com a triste previsão.

Sei lá pra onde vão esses adolescentes. Mas espero que repensem os gostos. Nunca vi gente que se interessa por tanta porcaria ao mesmo tempo!

#Setimodia

Como sempre costumo dizer, esse blog não se destina a evangelizar nem converter ninguém. Uso esse espaço apenas para falar sobre coisas de que gosto, dar minha opinião e compartilhar meus Pensamentos sobre assuntos dos mais diversos, e às vezes até me arrisco (ou ouso) dar algumas “dicas” referentes a coisas que já vivi e que creio que possam ajudar outros (e que não fazem de mim herege nem nada do tipo).

Mas o caso é que como sou cristã, o cristianismo faz parte de mim. E como já falei aqui, de vez em quando falo sim sobre fé neste blog. Não como no outro que tenho, em que o tema é exclusivamente esse. Mas falo porque faz parte de quem sou. Portanto, se você não gosta do assunto, sinta-se à vontade pra pular esse post e ler o de baixo, ou aguardar os próximos (estou preparando dois e tem mais um que vai ao ar amanhã), ou mesmo clicar no X no canto superior direito. Eu não vou ficar chateada nem nada 😉 Mas, se quiser conhecer algo diferente, continue lendo…

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Bom, sábado passado foi um dia muito especial para mim. Como adventista do sétimo dia (veja o ítem 20), procuro seguir a Bíblia quando diz que “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera” (Gênesis 2:3). Deus não se cansa, e por isso mesmo não precisava “descansar”, mas fez assim para nos dar o exemplo. A importância desse dia é tanta que há um mandamento só para ele. Além do mais, o próprio Jesus ia à igreja aos sábados:

“Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler” (Lucas 4:16).

Ele não fez isso só pra ficar “bem” diante do povo que o viu crescer ou porque era “costume”. Jesus não aprovava “costumes” se esses fossem contrários ao que Deus ensinava em Sua palavra. É só olhar o jeito como tratava as mulheres, os assim chamados “pecadores” e demais pessoas tidas como escória da sociedade. Isso só para citar um exemplo. Portanto, se o sábado não fosse mais o dia de guarda, Ele teria deixado bem claro, e a última coisa que faria seria entrar numa sinagoga bem no sétimo dia da semana.

Pois é, mas acontece que hoje, mais de 2000 anos depois, tudo isso parece ter perdido a relevância, o significado. Deus deixou esse dia antes que qualquer sinal de pecado entrasse no mundo, pensando apenas no nosso bem e na nossa comunhão com Ele. Mas há ainda algumas pessoas que sabem o quanto é bom ter um dia especial de encontro com o Senhor, e de descanso também. E uma dessas pessoas, o Robson Fonseca, estudante do UNASP, teve a interessante ideia de chamar a atenção do Brasil para esse dia. Convocou todos aqueles que creem que o sábado é um dia especial pra postarem frases, pensamentos, vídeos, músicas e tudo o mais que remetesse ao sétimo dia na rede social da moda: o twitter. E pra ficar diferente, pensou na tag #setimodia. Por isso que vocês viram, do anoitecer da sexta até o anoitecer do sábado, essa tagzinha nos trending topics.

Muita gente pensou que fosse missa de sétimo dia de alguém ou alguma referência a um filme “Sétimo Dia” (do qual nunca tinha ouvido falar), só que não foi nada disso. A ideia se espalhou entre os twitteiros adventistas, e muitos foram os que a “compraram”. Uma enxurrada de tweets sobre o assunto inundou a noite de sexta e manhã e tarde de sábado, numa tentativa de compartilhar algo que nos faz muito bem e nos dá muita alegria. Sabe como é, quando você encontra algo bom, a vontade é de sair espalhando pra todo mundo, e foi isso que fizemos (Editado! Clique aqui para saber mais sobre o que aconteceu).

A coisa foi tão intensa que não sei como teve adventista que ficou de fora! Se você foi um deles, a minha pergunta é: você passou alguns dias em Marte, que não ficou sabendo? Acorda pra vida, pessoa! Jesus está voltando e essa é a hora de tomar parte na obra dEle. Como disse Spurgeon, “Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor”. Não importa onde nem como você toma parte da missão, mas você TEM que tomar parte nela. E se você sabia, mas ainda assim não participou, só te perdoo se você não o fez porque estava na igreja, ou visitando um asilo, ajudando alguém, falando da Bíblia a um conhecido ou coisa do tipo. Porque você simplesmente perdeu uma chance preciosa, não só de testemunhar, como de passar um sábado diferente. Pelo menos, foi o que aconteceu comigo. Há tempos que não desfrutava de um sábado assim, além do que conheci muita gente interessante! Só posso dizer que você P-E-R-D-E-U, infelizmente!

E se você não é cristão, ou é, mas não conhece sobre o sábado, ou apenas achou o post interessante e tem vontade de saber mais sobre o assunto, não tema: com os comentários não há problema! Mande sua dúvida, questionamento, ou defenda outro ponto de vista, só não vale xingamento! E lembre sempre que Deus o ama, e deixou um dia todo especial só pra você se encontrar com Ele: o #setimodia 😉

Livros super educativos – pra não dizer o contrário!

Gente, olhem só os livros que “fazem sucesso” hoje em dia (fuçada básica quando a Saraiva anunciou uma promoção no twitter):

  • Por que os homens amam as mulheres poderosas?
  • Por que os homens se casam com as mulheres poderosas?
  • Por que os Homens Se Casam com as Manipuladoras – Um Guia para Deixar os Homens a seus Pés
  • Quem pensa enriquece
  • Crepúsculo
  • Eclipse
  • Lua Nova
  • Amanhecer
  • Anoitecer
  • Minguante
  • Crescente

Tá, tá, os três últimos foram brincadeiras. Mas sei lá… Eu sei que muito já foi falado sobre a saga vampiresca, até eu já republiquei um post de outro blog aqui, muito engraçado por sinal, mas não posso deixar de comentar. As adolescentes estão lendo esses livros todos, criando em suas mentes as ideias mais toscas possíveis: não importa o quanto você seja insegura, como diz o Felipe Neto, sempre vai ter alguém atrás de você; “Homens podem ser mudados para melhor se você sacrificar tudo que você é e se dedicar inteiramente à necessidade de mudança deles”; é legal mentir pros pais; é legal enrolar caras em que você não tem interesse; se ele não te dá a mínima e te trata mal é porque te ama, e por aí vai, mas o melhor pra mim é “Jovens garotas não devem fazer esforço algum para melhorar suas habilidades sociais ou estado emocional. Em vez disso, devem procurar por potenciais parceiros que compartilham das mesmas deficiências sombrias e problemas emocionais”.

Mas o pior é depois, quando elas crescem, e passam a ler os outros que citei no início. Quer um homem? Seja uma megera! Quer um homem? Despreze todos os que aparecerem em sua frente. Sabe, eu sou casada, mas não tenho filhos, e ainda não sei se os quero ter, então não posso falar com tanta propriedade de educação de crianças ou coisas afins, tanto que raramente comento qualquer coisa relacionada a isso aqui. Mas de relacionamento eu posso. Já namorei, já quebrei a cara várias vezes, já noivei, já sou casada há 3 anos… Enfim… Então o negócio é o seguinte: se você fizer todas essas coisas que esses “livrinhos” falam, em vez de “agarrar um homem” você vai é ficar sozinha.

“Ah”, alguém pode dizer, “você pode ser casada, mas nunca leu livros assim”. Engano seu, meu bem. Já li o primeiro que citei (minha irmã me mostrou certa vez, pra ver o que eu achava), e não só posso, como vou fazer alguns comentários sobre:

Ela fala como se fosse só seguir um tais de “Princípios de atração” que você conquista qualquer pessoa. E não é bem assim. Esse é o problema desses livros de autoajuda. É como se você só precisasse fazer algumas coisas e tudo se resolve. Mas e onde fica a vontade de Deus nisso? Quando a gente crê em Deus e deixa que Ele tome conta da nossa vida, as coisas acontecem ou deixam de acontecer porque Ele quer ou não. E não porque a gente fica seguindo tudo do jeito que esses livros falam. Acho que é válido pra saber como agir em certas situações, mas não pra fazer tuuuudo do jeitinho que ela fala…

Não concordei quando ela disse: “Dar a um homem muita certeza logo no início do relacionamento é o mesmo que encharcar uma planta. Pode matá-la.” Não tem nada a ver. Muitas vezes o homem precisa ter certeza de que a mulher tem interesse nele, se não, vai desistir. Foi o que aconteceu comigo e meu esposo, ele já tinha passado por tanta decepção que precisava saber se eu queria mesmo alguma coisa com ele, porque não queria mais se dedicar a alguém que ia jogar ele fora depois, como tinha acontecido antes.

Um tal de “Princípio 9”: claro que a mulher não precisa abrir mão de tudo por causa de um homem, como ela fala, “Ela não se afasta dos amigos, não abre mão da carreira nem de seus passatempos prediletos. Ela nunca faz concessões que a violentem para manter o homem a seu lado, não se deixa humilhar e tem consciência do próprio valor. Ao contrário da boazinha, ela não tolera desrespeito.” Até aí, tudo bem. O problema é que ela fala como se a mulher fosse superior (Como ela não tem medo, é ele quem fica com medo de perdê-la. Como não se mostra carente, o homem começa a sentir necessidade dela. Como não depende dele, ele passa a depender dela), tipo, agora é o homem que vai ser dependente, sentir necessidade e, pior, ter medo da mulher. Se não é legal se sentir assim em relação a um homem, será que é válido fazê-lo passar pelas mesmas coisas? Tipo, não serei dominada, dominarei. O cara vai ficar com você não por amor, mas por medo. Será que essa seria uma relação saudável? Será que sempre tem que ter alguém dominando? Deus não fez ninguém superior a ninguém. E no casamento, deve haver equilíbrio, e não um passando por cima do outro. Outra coisa: uma hora ou outra alguém vai ter, sim, que abrir mão de alguma coisa, ou o homem ou a mulher, isso é normal e faz parte de todo relacionamento saudável. Como diz aquele filme, “Alguém tem que ceder”, e nem sempre precisa ser só a mulher ou só o homem, é questão de conversar e chegar a um denominador comum. Agora, aqueles pontos que ela coloca no final são interessantes, mas a mulher deve fazer isso não para conquistar alguém, ou para se mostrar superior, e sim porque se valoriza e porque isso vai ser bom pra ela, ela não vai se deixar diminuir por causa de um homem, vai se manter quem é.

Pois é isso. A dica de hoje é anti-relacionamentos. Se você NÃO quer ter um, leia toda sorte de livros dessa natureza.

Update

Bom, a vontade de escrever é muita, os assuntos também. Mas não quero empanturrar ninguém com posts. Então estarei escrevendo quando der na telha, mas os post só irão ao ar nos dias programados. Assim, não incomodo ninguém, nem deixo as ideias passarem. Andei olhando aqui, e nossa, 11 posts num só mês! Pode parecer pouco, mas nas últimas semanas andei postando muito seguidamente. Sei lá, acho que quem passou uma semana sem vir aqui e, quando veio, deu de cara com trocentos posts novos, não deve ter gostado muito de ter tanto pra ler.

Portanto, não se preocupem se não virem nada novo por uns tempos. Estou escrevendo. Mas os posts só aparecerão quando eu quiser (mwahahahahahaha). Pensem: isso mostra o quanto eu amo vocês! hehehe

Palmada virou espancamento

Eu ia escrever algo sobre o assunto, mas já encontrei tudo pronto, e concordo 100%. Sou a favor da boa e velha palmada. Que não é espancamento. Então, reproduzo aqui, como encontrado no blog Criacionismo.

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Tento me mover pela vida a partir das dúvidas. Mesmo quando acho que tenho uma razoável certeza sobre algum tema, me pergunto várias vezes: “será?”. E guardo uma parte de mim sempre aberta para mudar de ideia diante de algum fato novo ou argumento bem fundamentado. É o caso da lei da palmada, que me parece desde sempre um total disparate. Ao constatar que o projeto de lei enviado pelo presidente Lula ao Congresso em 14 de julho é apoiado e defendido em entrevistas e artigos por pessoas cuja inteligência e atuação pública tenho grande respeito, me forcei a um questionamento ainda maior. Será que palmada é crime e eu não estou percebendo algo importante?

O projeto, que ficou conhecido como “lei da palmada”, se propõe a alterar o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nele, fica proibido o uso de castigos corporais de qualquer tipo na educação dos filhos. O castigo corporal é definido como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente”. Li, pesquisei, estudei e continuo achando um total disparate. Não encontro um único argumento que me convença de uma lei proibindo palmadas.

Antes de seguir, quero deixar muito claro que, obviamente, espancamento é crime. Seja dos pais ou de quem for. Palmada não. E nada me convence de que precisamos de mais uma lei, já que a legislação existente pune o espancamento e demais agressões físicas. Nada tampouco me convence de que o Estado deve interferir neste nível na vida privada, na maneira como cada um educa seus filhos. Não por uma postura liberal, mas por algo bem mais sério que vou abordar mais adiante.

Um dos argumentos em defesa da nova lei é de que as pessoas não saberiam a diferença entre uma palmada e um espancamento. Acredito que a maioria das pessoas sabe muito bem a diferença entre dar um tapa na bunda de uma criança e espancar uma criança. Não vale como estatística, mas nunca conheci ninguém que não soubesse, exceto pessoas com distúrbios muito graves, que também não sabiam a diferença entre quase tudo. Quem espanca não acha que está dando uma palmada. Tem certeza de que espanca e quer espancar.

Outro argumento é de que a suposta violência começaria com uma palmada e evoluiria para um espancamento. Não me parece que temos provas de que isso seja um fato verídico. […]

Me parece muito perigoso tachar de criminosos pais que dão palmadas. Por vários motivos. O primeiro deles é a injustiça da afirmação. Crime é algo muito sério e algo com que o Estado e todos nós precisamos nos preocupar porque rompe e ameaça o tecido social, portanto a sobrevivência de todos. Não pode e não deve ser banalizado. Chamar de criminoso um pai ou uma mãe que dá uma palmada na criança na tentativa de educar é, além de um equívoco, um flagrante abuso.

Me preocupa muito, por exemplo, o fato de demorarmos a agir no caso das denúncias de espancamentos e de agressão sexual. Assim como me preocupa a falta de instrumentos de proteção efetivos para amparar as crianças violadas de todas as formas. Quem trabalha com a prevenção da violência contra crianças sabe que há escassez de assistência. Isso resulta em traumas físicos e psicológicos para as vítimas e impunidade para os agressores. Quando o Estado coloca a palmada e o espancamento no mesmo nível, como se fosse a mesma coisa, todas as lacunas de prevenção, assistência e repressão podem se tornar ainda mais largas.

Se o Estado se propõe a entrar na casa das pessoas e fiscalizar se todos os pais do Brasil estão dando ou não palmadas em seus filhos, em vez de concentrar seus recursos e esforços naquilo que é importante – a prevenção do espancamento e a punição dos espancadores, assim como dos abusadores de todo tipo – temo que o tiro possa sair pela culatra, com o perdão do clichê. Acho que na vida, seja para um governante, um legislador ou um cidadão comum, é importante ter foco.

Este tipo de debate é rico porque todos têm suas próprias experiências. E eu acredito muito na experiência. Vivemos numa época em que a tradição foi desmoralizada e a maioria corre para especialistas de todo o tipo para saber como deve agir ou pensar. Não confia nem na soma de experiências próprias e dos que acertaram e erraram antes – nem em seus próprios instintos. Uma pena, porque perdemos muito. Todos nós perdemos muito. E, talvez, mais que todos, nossas crianças. […]

Mas o aspecto que mais me preocupa se este projeto de lei for aprovado é o de reforçar aquele que me parece ser – este sim – um dos grandes problemas atuais: a dificuldade dos pais de educar seus filhos. Não me parece que o problema da maioria das crianças hoje seja a palmada que eventualmente recebe dos pais. Mas o fato de não receber limites de seus pais, de não ser efetivamente educada.

Boa parte dos pais me parece completamente perdida. As crianças gritam, as crianças querem porque querem, as crianças interrompem às vezes aos berros quando o pai conversa com outra pessoa, as crianças não cumprimentam ninguém nem na chegada nem na saída, fazem exigências como se o mundo e todos os adultos dentro dele existissem para servi-las, testam e testam para ver se alguém vai fazê-las parar, botar algum limite, e nada. Basta sair na rua para testemunhar cenas lamentáveis em restaurantes, shoppings, cinemas e lugares públicos protagonizadas por pequenos déspotas diante de pais infantilizados. Pais esvaziados, inseguros sobre sua capacidade de educar o filho que botaram no mundo e que parecem duvidar que têm algo a ensinar àquelas crianças. Pais sem nenhuma autoridade.

O que uma parte destes pais faz quando se torna insuportável viver com estes filhos? Leva para um especialista que diagnostica a criança como a mais nova portadora da epidemia da moda: a tal da TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. E dá-lhe medicamento cada vez mais cedo. Como boa parte das crianças ao redor já foi diagnosticada com a “doença” esta, ninguém acha suspeito. Imagino que, quando parte desta geração crescer, o rito de passagem vai ser apenas mudar o medicamento: aos 18 anos ganha um carro e sua primeira caixa de antidepressivos.

Pobres pais? Não! Pobres crianças que visivelmente estão cada vez mais infelizes porque ninguém nasce sabendo sobre seus limites e todo o resto. Um filho precisa que os pais sejam pais. Diante deste quadro, o que o Estado faz? Infantiliza e esvazia de autoridade ainda mais estes pais ao se meter na vida privada e dizer como eles devem educar. Ou que eles não podem tocar nos seus filhos para educar sob pena de serem tratados como criminosos ou párias. Ou, talvez o pior: tratados como maus pais.

Na escola, os professores já choram diante de crianças e adolescentes que desafiam sua combalida autoridade dizendo: “Você não pode me mandar fazer nada porque quem paga o seu salário é o meu pai”. A tradução é: portanto, eu mando em você e, portanto, não há educação possível a partir desta premissa. Se a lei da palmada for aprovada, é possível imaginar as variações dentro de casa: “Se me bater eu te denuncio para o conselho tutelar.” […]

Ao exercer sua autoridade de forma abusiva, o Estado esvazia de autoridade e infantiliza seus cidadãos. Isto é grave. Embora eu tenha poucos motivos para confiar neste Congresso que aí está, espero que vozes com bom senso se ergam para impedir este projeto de virar lei. Se virar, como todas as leis sem lastro na realidade, não será cumprida. E isto desmoraliza a democracia.

(Época)

Nota: O artigo de Elaine Brum é irretocável. Como ela falou na importância das boas tradições, quero acrescentar apenas uma passagem bíblica: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina” (Pv 13:24); note que o motivo da disciplina é o amor e o filho deve saber disso. Na verdade, a palmada, para os pais que sabem impor limites aos filhos, é praticamente o último recurso disciplinar. Se aprovada, a “lei da palmada” revela uma tendência perigosa: a da intromissão cada vez maior do Estado em assuntos familiares, comportamentais (que não afetam a ordem pública) e mesmo sexuais e religiosos. Como disse na postagem sobre liberdade religiosa, dias piores virão.[Michelson Borges]

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