Pensamentos

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E ainda me perguntam por que não gosto de comédia romântica…

Comédias românticas podem oferecer 90 minutos de diversão descontraída, mas os filmes com finais felizes podem também ter um impacto sobre a vida amorosa real das pessoas, indicou uma pesquisa australiana. Uma pesquisa realizada com mil australianos descobriu que quase metade considerava que comédias românticas, com seus inevitáveis finais felizes, haviam arruinado sua visão de um relacionamento ideal. Um em cada quatro entrevistados disse que agora seus parceiros esperam que saibam o que estão pensando. Um em cada cinco entrevistados disse que os filmes fizeram seus parceiros esperarem presentes e flores. “Parece que nosso amor por comédias românticas está nos tornando uma nação de ‘viciados em finais felizes’. No entanto, a sensação calorosa e aconchegante que eles causam pode influenciar negativamente a visão de nossos relacionamentos na vida real”, disse a conselheira australianas em relacionamentos Gabrielle Morrissey. “Relacionamentos de verdade exigem trabalho, e amor verdadeiro exige mais do que fogos de artifício.”

(Yahoo Notícias)

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Isso apenas confirma o que foi comentado aqui e aqui. Eu já não gostava desse tipo de filme há tempos, agora é que gosto menos. As pessoas não têm mesmo noção do estrago que uma simples “diversãozinha” pode causar na mente de alguns, ocasionando sérios problemas nos relacionamentos amorosos presentes e futuros. Que Deus tenha piedade de quem vê esse tipo de filme, e ajude a mudar o gosto rápido. A coisa é mais séria do que imaginamos.

Maturidade mandou lembranças…

Hoje tava assistindo um filme bem esquisito — do tipo que eu gosto (é, devo ser maluca, acho os filmes esquisitos, mas sempre acabando assistindo) — que conta a história de três mulheres, cuja única coisa em comum é o fato de terem visto/ouvido a mesma notícia (caso alguém se interesse, favor clicar aqui). Numa determinada cena, uma das protagonistas pergunta a um velho conhecido que havia acabado de reencontrar se ele já tinha casado. Ao que ele responde: “Casar? Não, só tenho 28 anos!”

Sabe, acho que cedo pra casar é entre 16 e 20 anos. E mesmo assim tem gente que casa com essas idades e dá tudo certo. Só que eu acho que você tem que aproveitar a vida, estudar muito, arranjar um bom emprego e só então casar. Mas se você tem tudo isso aos 23, o que te impede?

Não concordo MESMO. Acho que é mais desculpa esfarrapada que qualquer outra coisa. A gente pensa que os homens, apesar de amadurecerem um pouco mais tarde que as mulheres, uma hora se equiparam a elas. Mas pra uns isso é lenda. Melhor viver enrolando, dependendo dos pais, servindo de encosto, que crescer e resolver ter um compromisso de verdade né? Se você namora, é noiva ou é casada com um rapaz com menos de 28 que quer casar, agarre-o: ele é uma raridade, e encontra-se em extinção!

P.S.: este não é um post revoltado não. Sei que nem todos os homens agem assim, sei que há muitos bem maduros para a idade, como já era meu esposo ao nos conhecermos (ele tinha 22 anos apenas, e diferente da maioria dos rapazes que nessa idade só pensam em “curtir”, seja lá o que isso signifique, ele queria um relacionamento sério). Mas não suporto homens imaturos #prontofalei (ih, foi mals, aqui não é twitter!)

Escrito nas estrelas?

Quem é vivo sempre aparece, né? Infelizmente, esses dias ando sem inspiração. Ainda mais porque o assunto “relacionamento” que é um dos que mais gosto, e que ocupa a maior parte dos posts – ou pelo menos boa parte deles – aqui no blog, não tem me empolgado tanto ultimamente.

Explico: eu vivi muita coisa ligada a isso nesses meus 31 anos. Mas essa “muita coisa” é praticamente nada perto do que muitos outros já viveram. Ou seja, tenho sentido ultimamente que não tenho tanta experiência assim para ousar falar sobre o tema. Outra coisa: eu aprendi muito mais sobre isso lendo. Mas quase tudo que aprendi já foi excessivamente (pelo menos assim penso eu) exposto aqui no blog. Alguns posts ficaram imensos (eu não gosto, não quero que meus leitores se cansem), e outros acabam se tornando repetitivos. Talvez por ser abordado sob ângulos diferentes, não tenha causado tanto enfado a vocês a minha paixão sobre esse assunto. Mas eu penso que o momento agora é de aprendizado pra mim. Ainda há muito a ler e conhecer. Então, estava pensando em dar um tempo nesses posts e aprender novas coisas. Até porque nem sempre tudo que eu falo consegue ajudar algumas pessoas que eu gostaria. E isso frustra…

Mas o fato é que hoje fiquei com vontade de voltar a falar no tema. Simplesmente porque me lembrei de quando eu vi pela primeira vez um blog que meu esposo tinha (antes de nos conhecermos, pouco tempo depois disso ele fechou, fazia séculos que não escrevia e nem tinha vontade). Ele comentou sobre um filme que havia assistido, “Escrito nas estrelas” (Serendipity). E tinha se feito uma pergunta que na época eu não entendi bem, talvez por não ter visto o filme, mas que hoje até compreendo ele ter se questionado aquilo, até pelo momento que vivia, “sentimentalmente” falando.

Bem, para que vocês entendam, aí vai o resumo do filme, retirando do site Adoro Cinema:

“Num apressado dia de compras no inverno de 1990, Jonathan Trager (John Cusack) conhece Sara Thomas (Kate Beckinsale). Dois estranhos no meio da massa em NY, seus caminhos se cruzam em um feriado, sendo que logo sentem entre eles uma atração mútua. Apesar do fato de ambos estarem envolvidos em outras relações, Jonathan e Sara passam a noite andando por Manhattan. Quando a noite chega ao fim, os dois são forçados a determinar algo como seu próximo passo. Quando Jonathan sugere uma troca de telefones, Sara rejeita e propõe uma idéia que dará ao destino o controle de seu futuro. Se eles tiverem que ficar juntos, ela diz a ele, eles encontrarão o caminho de volta para a vida um do outro.”

A pergunta que meu esposo se fez, e que vocês já devem imaginar, é se isso poderia ser verdade. Se as coisas acontecem assim mesmo. Se for pra ficar com alguém, eu vou ficar, não importa o que aconteça. Bom, baseado em tudo que vivi (e li), hoje posso dizer que minha resposta é: SIM e NÃO. Sim, você pode por alguma razão da vida acabar o namoro com alguém e tempos depois voltar com essa pessoa, talvez porque certos ajustes necessários aconteceram. Ou você pode gostar de alguém, mas por algum motivo — alheio à sua vontade — se afastar dele(a), e mais tarde, mesmo tendo passado por outros relacionamentos, vocês se reencontram e tem início um namoro. Mas não, você não pode ficar de braços cruzados e simplesmente “jogar nas mãos do destino” e achar que “se estiver escrito nas estrelas”, o “universo vai conspirar”, e ficarão juntos. As coisas não acontecem desse modo. A gente não pode ficar sentado esperando que tudo “caia do céu”. Temos que fazer a nossa parte.

Do modo que eu vejo, a moça do filme tomou a atitude errada. As coisas não são assim. Se eles se reencontrassem no futuro (se, porque não assisti ao filme e não sei), isso não seria “obra do acaso”. Seria apenas coincidência. E a ideia que o filme passa é essa: se você conhece uma pessoa e convive com ela, decide se casar, isso não vale nada. O negócio é ficar com aquele(a) que o universo magicamente separou para você, ainda que só tenham passado uma noite juntos.

Mas o pior não é isso. O pior é que a gente se deixa levar tão longe por essas ideias malucas de filmes, sem ao menos nos questionarmos se isso é possível, como meu esposo fez, que acabamos achando que é assim na vida real. E se não acontecer do jeito que sonhamos, a culpa é sempre do outro, que destroi os sonhos que tínhamos. Precisamos ser mais críticos. A vida não é um conto de fadas. Temos problemas e dificuldades, infelizmente. Mas, já que é assim, eu prefiro resolver meus problemas com os pés no chão e com a ajuda daquele que eu amo, a ver tudo se resolver e acontecer com “num passe de mágica”, mas sem que tenhamos participado do processo. Voltemos à vida real! Pela nossa sanidade!

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Serendipity (serendipidade): neologismo que se refere às descobertas afortunadas feitas, aparentemente, por acaso (Wikipedia).

“O acaso só favorece a mente preparada”. (Louis Pasteur)

E por falar em filmes…

Clique e descubra.

Quando a Sessão da Tarde era boa: dicas de filmes!

Tava passeando no blog Futricô, e achei um post falando sobre alguns filmes que a dona do blog assistia na Sessão da Tarde. Me deu uma saudade!!! Por isso — e também pra que quem ainda não assistiu ou quem tem menos de 25 anos ver o que era bom — eu resolvi colocar aqui no blog alguns dos filmes que ela comenta (só aparecerão aqui os que eu gosto), e um de que ela não fala, mas que eu amo. Quem assistiu, relembre. Quem não assistiu, dê jeito de buscar na net ou numa locadora beeem boa, porque vale a pena 😉

Esse aqui é o “Quase Igual aos Outros (Just one of the guys) – 1985”, em que a personagem principal se veste de menino pra conseguir uma vaga no jornal da escola — já que o editor acha que ela é muito bonita pra ser jornalista, e deveria tentar carreira como modelo. É muito engraçado ver as confusões em que ela se envolve, ainda mais porque tem que esconder esse seu novo “eu” do namorado e dos colegas…

Esse é o “Admiradora secreta (Secret Admirer) – 1985” – acho que só assisti uma vez — é mais um daqueles filmes em que uma menina gosta de um menino que não tá nem aí pra ela, dando bola pra outra garota mais popular — mas lembro-me perfeitamente da cena clássica que a menina do Futricô menciona: “Quem não lembra daquela cena da Toni abrindo a carta com o vapor da chaleira, pra não deixar vestígio de que ela abriu a carta que a Deborah Anne escreveu pro Michael?” Eu já até tentei fazer isso, mas não deu certo hehehe…

Agora o “Conta Comigo (Stand by me) – 1986” – eu simplesmente AMO esse filme e assisto toda vez que consigo encontrar ele passando em qualquer canal. É o tipo de filme sobre o qual você pode dizer: “não se fazem mais filmes assim hoje em dia”. E pensar que pra essa galerinha de Crepúsculo, Harry Potter e Avatar, isso virou artigo de museu. Mas tudo bem, o que vale é que é um filmão, que fala sobre amizade, morte, adolescer e crescer, não fisicamente, mas emocionalmente. Assista, procure na locadora, cace ele na sua tv por assinatura, enfim, trate de ver esse filme… Você só tem a ganhar…

Por último, deixei o que mais gostava (e ainda gosto, assisto toda vez que passa) – “Karatê Kid (The Karate Kid) – 1984”. Poxa, como esse filme marcou! Eu e minha irmã sempre fomos fãs (e admiradoras secretas do Ralph Macchio na adolescência hehehe), e tínhamos os 3 gravados, pra assistirmos sempre que quiséssemos. Quem não lembra do franzino Daniel Sam que só apanha (coitado!) e aprende com o adorável sr. Myiagi não só sobre o karatê em si, mas sobre a vida? Ainda hoje me lembro de vários diálogos de cor. Os filmes seguintes foram bonzinhos, o dois melhor que o três, mas nada como o primeiro. Ainda bem que casei com alguém que é tão fã quanto eu! 🙂

E agora, outros que eu também assistia sempre que passavam na Sessão da Tarde:

Meu esposo é fã desse!

Desses também (dos três!). Eu só gosto do primeiro…

Morria de rir com eles!

Amava as músicas. Meu pai até tem a trilha sonora…

Muita dança e também muita música boa nesses dois acima. Quem nunca dançou ao som de Flashdance ou Footlose, mesmo que sozinho em casa?

O “Crepúsculo” do nosso tempo hehehe (bem mais divertido!)

Clássicos de John Hughes

Sem licença para dirigir – ainda lembro da cena do instrutor colocando um copo com café e dizendo ao Corey Haim que se ele derrubasse, não passaria no teste..

Goonies – não preciso falar mais nada né?

Viagem ao mundo dos sonhos – eu gostava demais desse, ainda mais porque tinha o Ethan Hawke e o River Phoenix hehehe (meu esposo se zanga se ler isso, mas não liga não amor, era coisa de criança :P)

Bem, é isso! No próximo (ou num próximo) post, quero falar sobre os seriados preferidos. Ficam aí os filmes, seja pra matar a saudade, seja pra você ficar curioso e tentar encontrá-los para assistir. A diversão estará garantida, podem acreditar 😉

P.S.: Pesquisando por uma foto do “Viagem ao mundo dos sonhos”, encontrei este site, que traz resumos dos clássicos da nossa época (anos 80). Quem quiser, vale a pena checar 😉

As 20 lições que as garotas aprendem com Crepúsculo

AVISO AOS NAVEGANTES:

Não fui eu quem escreveu o texto, o link estará logo abaixo para vocês irem direto à fonte, caso queiram xingar, malhar, cuspir ou elogiar. Porém, eu gostaria muito de ter escrito tudo isso. Não passa da mais pura verdade. Em vermelho, aqueles pontos com os quais mais concordei. Entre colchetes, meus comentários. Grata por ler.

1. Se um rapaz é desinteressado, reservado, te ignora ou é simplesmente grosso com você, é porque ele está secretamente apaixonado por você – e você é a razão principal da existência dele. [total loucura, e o pior é que muitas meninas e mulheres acreditam SIM nisso…]

2. Segredos são ok. Especialmente os do tipo que ameaçam a sua vida.

3. Está tudo bem para um interesse romântico em potencial ser estúpido, violento e vingativo – desde que tenha um tanquinho. [oh Senhor, quanta futilidade, mas, infelizmente, muito real]

4. Se um rapaz te diz para ficar longe dele, pois é perigoso e pode até te matar, ele deve ser o amor da sua vida e você deve ficar com ele para que ele te mantenha segura para sempre. [burra, burra, burra]

5. Se um rapaz te abandona, especialmente de repente (enquanto diz que nunca mais vai te ver), é porque ele te ama tanto que vai sofrer apenas para manter você segura.

6. Quando um rapaz te abandona, entrar em choque, perder todos os amigos e ter pesadelos recorrentes são ocorrências perfeitamente aceitáveis – desde que você mantenha suas notas boas.

7. É extremamente romântico se colocar em situações perigosas só para ver seu ex-namorado de novo. É ainda mais romântico lembrar do som da voz dele quando ele gritou com você. [kkkkkkkk, tá brincando né? Tem menina que crê nisso?]

8. Rapazes que dão o fora sempre voltam.

9. Como eles voltam, você deve se segurar e esperá-los por meses, mesmo tendo alternativas de rapazes completamente aceitáveis disponíveis. [ah se elas entendessem que é EXATAMENTE O OPOSTO]

10. Mesmo que você não tenha interesse em sair com um dos rapazes alternativos, é ok enrolar o sujeito por meses a fio. Além disso, você deve usá-lo para consertar as coisas para você. Se bobear, ele vai até te comprar algo. [como tem mulher que faz isso e como eu odeio essa atitude! Depois se acham mulheres-objetos. Bem feito!]

11. Você deve usá-lo para consertar coisas porque garotas são incapazes de qualquer coisa mecânica ou técnica.

12. Mentir para os seus pais é ok. Mentir para os seus pais enquanto você foge para salvar seu namorado suicida é uma ideia extremamente boa que mostra sua força e maturidade. Ah, e também é algo que você TEM que fazer.

13. Roubo de carro em nome do amor é aceitável.

14. Se o rapaz por quem você está apaixonada causa (mesmo que indiretamente) que você seja espancada tanto que vá parar no hospital, você deve dizer aos médicos e à sua família que “caiu da escada” por ser uma menina tão boba e desajeitada. Essa explicação falsa sempre funcionou perfeitamente para mulheres abusadas. [pra mulheres asnas também]

15. Homens podem ser mudados para melhor se você sacrificar tudo que você é e se dedicar inteiramente à necessidade de mudança deles. [kkkkkkkk, eu tô é rindo aqui com essa pataquada!]

16. Jovens garotas não devem fazer esforço algum para melhorar suas habilidades sociais ou estado emocional. Em vez disso, devem procurar por potenciais parceiros que compartilham das mesmas deficiências sombrias e problemas emocionais. [essa foi a que eu mais gostei. Não vamos tentar mudar não, melhor é arranjar alguém pra afundar na lama comigo!]

17. Garotas não devem sempre ler uma série de livros só porque todo mundo já leu. [esse é o único bom ensinamento, pena que as meninas que leem o Crepúsculo parecem ser as únicas a não entender isso…]

18. Ao escrever uma série de livros, é aceitável pegar o material principal e estragá-lo com angústia adolescente cansativa. [kkkkkkkk, sério, parem!]

19. Ao fazer ou ao assistir um grande filme, você deve alegremente aceitar os únicos 20 minutos da trama dele entre longas sequências de silêncio, imagens vagas e gemidos.

20. Vampiros – outrora os grandes vilões da literatura e do cinema – não são mais assustadores. Inclusive, eles são tão chorões, egocêntricos e impotentes quanto qualquer ser humano.

(Vida Ordinária)

E eu não vou pedir desculpa aos fãs não. Verdade é pra ser dita.

História sem Fim

historiasemfim_destaqueOntem eu assisti ao filme História Sem Fim. Sim, já havia assistido um zilhão de vezes antes. Mas é que na sexta à tarde eu comprei o DVD do filme, que ainda vem com a parte II (ainda bem que só essa, porque a três é de dar dó…). E ontem eu inaugurei 🙂

Pra mim não tem Goonies ou Fantástica fábrica de chocolate que superem o que História sem Fim representou pra mim na infância (Karate Kid está fora de comparação porque o tema é outro, mas é também um filme que eu adoro e que marcou demais). O interessante foi notar — após anos sem ter assistido — que hoje eu vejo coisas que não via quando criança. Isso é óbvio, porque quando a gente é criança, vemos apenas a parte da fantasia. Mas eu fiquei impressionada com o tanto de coisas que a gente aprende, vendo ‘apenas mais um filminho bobo pra criança’.

Daqui por diante, vou falar sobre o filme, se você ainda não assistiu, pode ser que queira evitar essa parte, pra não perder a graça 😉

Primeiro, com aquela história do Pântano da Tristeza (essa é outra coisa legal sobre o filme, os nomes dos lugares…alguém aí já imaginou como seria o “Mar das Possibilidades”? hehehe): se você ficar triste, se deixar levar pela tristeza do lugar, é certeza que vai afundar. Na vida também é assim. Se nos deixamos levar pelos problemas e dificuldades, acabamos ‘afundando’ e talvez não haja mais salvação pra nós. Apesar das dificuldades, temos que prosseguir, que ir em frente, por mais difícil que seja — e é.

Depois, Atreyu precisa se encontrar com as Esfinges. As danadas são miseráveis: se você não confiar nas suas capacidades, elas te fuzilam com os olhos. E assim é conosco, no ‘mundo real’. Não podemos confiar apenas em nós mesmos, pois Deus está acima de nós. Mas também precisamos saber que Ele nos dotou de dons, e nos capacitou e ainda capacita para tudo aquilo que nos chama pra fazer. Precisamos acreditar que, com Ele, tudo é possível. Do contrário, somos ‘fuzilados’ pelas circunstâncias da vida.

Logo em seguida, ele terá que enfrentar a si mesmo. Terá que encarar quem ele é de verdade, diante do Espelho Mágico. Uma das frases que me marcou nessa cena (e pelo visto marcou o dono deste blog também — texto muito legal por sinal!) foi: “Diante do verdadeiro eu, a maioria dos homens foge gritando”. E não é que é assim mesmo? Dizem existem três Eus: o eu que os outros veem, o eu que eu penso que sou, e o eu que realmente sou. E esse nem sempre nos agrada. Mas ao nos depararmos com ele, não adianta chorar ou gritar. Temos que enfrentar a realidade e ver o que podemos fazer pra mudar o que for necessário mudar. E também saber que há coisas que não podem ser mudadas, só nos restando aceitarmos essas características, e procurarmos ser o melhor que pudermos…

No final, a Esperança vence, e Fantasia volta à vida. Mas antes, há cenas interessantes, como na conversa de Atreyu com Gmork (o ‘agente’ do Nada), em que este diz coisas como: “Fantasia não tem limites.” E não tem mesmo. Isso me lembra de uma música que diz que “O sonho de Deus é maior”. Fala de quando sonhamos com algo, o que Deus imagina é mil vezes maior que aquilo que pensamos ou imaginamos. Deus quer nos dar mais. Com Ele, os sonhos, as ‘fantasias’, por mais que pareçam impossíveis aos olhos humanos, não têm limites. Outra frase marcante foi: “Pessoas sem esperança são fáceis de controlar.” E infelizmente são mesmo. Dá pra fazer o que você quiser com alguém que não tem esperança em nada, que não sonha com nada, que não deseja nada na vida. Porque você pode convencê-la facilmente de qualquer coisa, e levá-la de um lado a outro. Isso não se dá com quem tem um alvo, um objetivo, e que fará de tudo que estiver ao seu alcance para conseguir o que mais deseja. Nada poderá fazê-lo desviar-se do alvo.

Por último, a melhor frase do filme, pra mim: “Todo começo é escuro.” Todo começo é difícil. O nascimento. O início dos estudos, do trabalho, do casamento. Enfim, todo princípio é doloroso, mas depois a alegria vem, como veio à Fantasia. Aprendi com esse filme que temos que sonhar, desejar, ansiar, mas também agir. De nada adianta querer e não fazer nada pra conseguir. De nada adianta fazer mil coisas sem saber o que se deseja, vagando sem rumo.

Acho que, como esse, vai ser difícil fazerem outro. Um filme que, pra o público infanto-juvenil de hoje em dia, tão ‘moderninho’, talvez não tenha tanta graça porque não tem tantos efeitos especiais super maravilhosos, nem tem lutas e violência, nem cenas de sexo explícito. Mas que marcou minha infância, e, apesar de adulta, ainda me encanta…

John Hughes, você o conhecia?

Não sei se todos ficaram sabendo, mas John Hughes* faleceu no dia 06/08/09. Pra quem não o conhecia, ele foi escritor, produtor e diretor de muitos filmes, alguns dos quais marcaram minha infância, quando passava as tardes na casa da minha avó (meus pais trabalhavam — e ainda trabalham — nos dois turnos) assistindo Sessão da Tarde.

Alguns filmes dele, pra ver se vocês lembram:

Não sei vocês, mas destes, eu assisti a todos. Tem muito mais na filmografia de Hughes, mas esses me marcaram, muitos tendo sido assistidos mais de uma vez.

Como disse alguém (num Tumblr que acompanho), com a morte de Michael Jackson, e agora essa, “my childhood is oficially over” (minha infância oficialmente acabou).

*John Hughes, Jr. (Lansing, 18 de fevereiro de 1950Nova Iorque, 6 de agosto de 2009) foi um diretor, produtor e roteirista de cinemaestadunidense. Começou escrevendo, nos anos 70, para a revista National Lampoon. Usou algumas vezes, ao escrever seus roteiros, o pseudônimo “Edmond Dantès”, uma homenagem ao personagem principal de O Conde de Monte Cristo. Uma característica dos filmes de John Hughes é a apresentação de cenas extras, após os créditos finais. Morreu em 2009, aos 59 anos, de ataque cardíaco, ao caminhar em Manhattan.
(Fonte: Wikipedia)

Eu devo ser anormal…

poster_marley_e_eu-mini…porque assisti ao filme “Marley e eu” e não me empolguei tanto.

(ATENÇÃO: se não quiser saber o final do filme, pare de ler aqui!)

Quando vi o livro nas livrarias, pela primeira vez, percebi que era um dos mais vendidos, e todo mundo comentava na internet. Mas eu tenho o pé atrás com esses livros que vendem muito, ainda mais porque parecia auto-ajuda (ou “cão-ajuda”, se preferirem).

Só que, depois que soube do filme, comecei a me interessar. O povo falava tanto, e tão bem… E ontem finalmente assisti. Mas eu acho que meu problema foi que esperei demais do filme, como sempre faço com tudo. Espero demais de filmes, de pessoas, de lugares, etc., etc., etc. …

Porém, achei sem sal, mesmo. É só mais um filme em que uma família cuida de um animalzinho, e, quando ele morre, eles sofrem muito, porque é como se fosse da família. Talvez, quem tem ou teve um bichinho de estimação se identifique, e eu, como nunca tive (porque não quis mesmo), não tenha achado tão interessante.

Não me entendam mal, eu amo os animais, odeio ver maldades contra eles, mas não sou doida pra ter nem peixes em casa, que dirá cachorrinhos. Dão muito trabalho! E também, não me venham com essa história de que animais são melhores que seres humanos. Animais não conversam, não confortam, não compartilham sentimentos. É muito fácil dizer que prefere os animais né? Afinal, eles não vão fazer barulho, não vão ser honestos e te mostrar teus erros, nunca vão te contrariar. Acho que pessoas que pensam assim não prestam pra serem amigas de ninguém, não sabem conviver com outros seres humanos…

Enfim, não sou eu que devo decidir se você vai assistir ou não, deixei aqui apenas os meus pensamentos, minha opinião. Assistam e deixem as suas também!

Ensaio sobre a cegueira

blindness-02Ontem assisti a esse filme, baseado no livro homônimo de José Saramago. Fui na Wikipédia e peguei um resuminho da obra de Saramago, e pelo que vi o filme é bem fiel.

O romance aborda a emergência de uma inédita praga de uma repentina cegueira abatendo uma cidade não identificada, inexplicável e incurável. Tal “cegueira branca” — assim nomeada pois as pessoas infectadas percebem em seus olhos nada mais que uma superfície leitosa — manifesta-se primeiramente em um homem sentado no trânsito e, lentamente, se espalha pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos, pela obscuridade, a meros seres lutando por seus instintos. À medida que os afectados pela epidemia são colocados em quarentena, em condições desumanas, e os serviços estatais começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afectada pela doença que cega todos os outros.

O romance nos mostra o desmoronar completo da sociedade que, por causa da cegueira, perde tudo aquilo que considera como civilização e, (tal como em A Peste, de Albert Camus) mais que comentar as facetas básicas da natureza humana à medida que elas emergem numa crise de epidemia, Ensaio sobre a cegueira mostra a profunda humanidade dos que são obrigados a confiar uns nos outros quando os seus sentidos físicos os deixam. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas também das suas vidas espirituais e da dignidade que tentam manter. Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente. (Fonte: Wikipédia)

Gostei demais, e essa foi a minha percepção também. Recomendo pra quem gosta de bons filmes, que nos fazem pensar, e deixo vocês com a frase que está na contracapa do livro (de acordo com a Wikipédia): “Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara.” (citado do “Livro dos conselhos”, de El-Rei Dom Duarte).

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