Pensamentos

Hipocrisia

Mudanças – SIM, DE NOVO!

Ainda no WordPress, mas em endereço diferente: Small Talk

Novo blog

Este blog continua aqui: http://daniellavirmes.blogspot.com/

Os números de 2010

Os duendes das estatísticas do WordPress.com analisaram o desempenho deste blog em 2010 e apresentam-lhe aqui um resumo de alto nível da saúde do seu blog:

Healthy blog!

O Blog-Health-o-Meter™ indica: Uau.

Números apetitosos

Imagem de destaque

Cerca de 3 milhões de pessoas visitam o Taj Mahal todos os anos. Este blog foi visitado cerca de 43,000 vezes em 2010. Se este blog fosse o Taj Mahal, eram precisos 5 dias para que essas pessoas o visitassem.

 

Em 2010, escreveu 76 novo artigo, aumentando o arquivo total do seu blog para 337 artigos. Fez upload de 163 imagens, ocupando um total de 16mb. Isso equivale a cerca de 3 imagens por semana.

O seu dia mais activo do ano foi 25 de outubro com 391 visitas. O artigo mais popular desse dia foi Feliz dia do dentista!!!.

De onde vieram?

Os sites que mais tráfego lhe enviaram em 2010 foram google.com.br, search.conduit.com, coisasquegosto.com, twitter.com e mail.live.com

Alguns visitantes vieram dos motores de busca, sobretudo por como arrumar o guarda roupa, gostar de quem não gosta de mim, pensamentos sobre a vida, sexismo e couple

Atracções em 2010

Estes são os artigos e páginas mais visitados em 2010.

1

Feliz dia do dentista!!! outubro, 2008

2

“Gostar de quem não gosta de mim…” outubro, 2008
138 comentários

3

Pra arrumar seu guarda-roupa de uma vez! julho, 2009
3 comentários

4

Namoro à distância janeiro, 2009
22 comentários

5

Discípulo x Apóstolo fevereiro, 2008
5 comentários

De mudança

Já estava ficando cansada desse blog aqui. Não só por causa do layout, que não dá pra mudar a menos que se pague e se tenha muito conhecimento de CSS — e eu não conseguia me contentar com nenhum dos templates oferecidos pelo WP –, mas também porque as coisas que eu escrevia aqui não se parecem mais comigo, com o que eu penso hoje. Não sou mais a pessoa que iniciou esse blog em 2008. E meio que estava escrevendo por escrever.

Resumindo: quero recomeçar. Num lugar diferente. Novos ares sempre fazem bem, não é? Mas esse blog não será apagado. Não posso fazer isso, pois representa muito pra mim. Só continuarei a escrever noutro lugar, porém este sempre ficará disponível a quem quiser fuçar 🙂

Encontrem-me agora aqui.

Não morra por uma dieta

O post anterior me fez pensar nisso: se você quer ajudar outras pessoas que têm anorexia e/ou bulimia, que tal fazer um post em seu blog com o mesmo título deste e anexar o vídeo? O site http://www.dontdieforadiet.com foi desativado, pelo que pesquisei, mas nós podemos — e devemos — divulgar essa ideia: não morra por uma dieta!

Lute pela vida

Que eu sou contra a pressão da mídia pelo corpo perfeito, já deu pra perceber pelo que escrevo por aqui. Porém, parece que algumas pessoas não sabem é que eu sou contra a DITADURA DA MAGREZA e não tenho nada contra as pessoas que têm o corpo naturalmente magro. Não sei como alguém pode pensar isso a partir de meus textos, mas quero desfazer qualquer mal-entendido.

Dito isso, venho falar do que REALMENTE sou contra.

Gente, vocês realmente acham que isso é normal? Que é bonito? Nunca, né? E elas não são assim porque nasceram assim, elas se tornaram assim, caso contrário estariam desempregadas.

Sabe por que falo isso? Leiam aqui o que foi falado por algumas modelos (retirado de seus próprios blogs) após o falecimento de Ana Carolina Reston Macan, morta por anorexia nervosa:

1 – “Olá pessoal!!!
NF indo bem. O assunto hoje é outro. Nestes anos q passei entre a Ana e a Mia, já vi muitas garotas morrerem, o caso de Ana Caroline não foi o primeiro nem será o ultimo. Porque ninguém entende isso de uma vez? A verdade é triste e dói, mas é uma só.

Hoje fiquei uns minutos esperando na fila do banco,do meu lado havia uma menina pouca coisa maior q eu e muito, mas muito mais magra mesmo, e na minha frente uma senhora com o corpo q costumam dizer ‘normal’ a tal mulher reclamava de tudo até da cor do cabelo dos outros, de um momento pra outro começou dizer q a gente tem q se cuidar pra não morrer ‘Viu o caso da modelo né?’. Eu, como sou super ZEN, dei um sorriso e deixei ela falar, mas a garota não gostou muito do assunto e deu as costas pra ela, ignorando completamente.

Só estou dizendo isto pra vcs verem q não é motivo pra se assustarem, logo esse povo esquece.”

2 – “Não estou muito bem, psicologicamente e fisicamente falando… miando muito, as vezes comendo muito mais do q o humanamente aceitavel, outras ficando s/ comer.. tinha parado de fumar, de beber meus chás.. Eu odeio essa mídia maldita.. só fazem sensacionalismo em cima do sofrimento alheio e ainda chamam atenção p/ nós.. Tá todo mundo no meu pé.. minha ‘sorte’ é q engordei.. pq se não ia ouvir da minha mãe.”

3 – “Definitivamente agora eu me considero uma ana. Estou 4 dias sem comer e completamente sem fome e vontade de comer… Sabe o q me estimulou e ficar assim?? primeiro foi ler um blog de uma menina q estah no hospital por estar 3 semanas sem comer!! e outra… a modelo q morreu essa semana com 40kgs!! ok, deveria assustar, me estimulou… isso eh estranho demais… perdi 5kgs! estou secando… literalmente…”

4 – “Meu luto de ontem era óbviu né! pela modelo Ana Carolina Reston… ta q eu eu não conheci mesmo… ñ axo q o MÁXIMO disso é a morte ñ!! ela só keria ser PERFEITA… ñ queria morrer né!”

Glossário

NF – NF é No food (sem comida, em inglês), prática de cortar a alimentação por completo por alguns dias.

Ana – Ana é o apelido carinhoso com o qual as vítimas de anorexia se chamam. A anorexia é um distúrbio alimentar grave que faz com que meninas, mesmo magras, se sintam gordas.

Mia – Mia é o apelido carinhoso com o qual as vítimas de bulimia se chamam. A bulimia é um distúrbio marcado por episódios de compulsão alimentar seguidos de culpa.

Miando – Miar significa vomitar. As vítimas de anorexia e bulimia costumam vomitar para evitar que o organismo absorva os alimentos, muitas vezes ingeridos por pressão familiar ou para satisfazer momentaneamente a vontade de comer.


É contra isso que sou. Contra a magreza doentia, provocada, e contra o achar que isso tudo é muito natural. Andei pesquisando sobre o assunto, e quantos sites existem PROMOVENDO a bulimia e a anorexia! Isso me revolta e me entristece muito. Vejam o que encontrei num desses blogs:

eu quero morrer…..só isso q tenho a dizer.

não to bem.

não to com saco d falar nada.

só estou mto deprimida.

preciso emagrecer.preciso emagrecer.preciso emagrecer.

PRECISO ME LIVRAR DESSAS BANHAS NOJENTAS QUE ME FAZEM SER UM SER INFERIOR.

Fiquei preocupada e penalizada, imaginando quantas meninas assim estão a sofrer por aí. E quantas irão morrer por causa dessa maldita doença.

É muito triste. É culpa da mídia? É. É culpa de quem te cobra o tempo todo por um corpo “perfeito” (como se esse perfeito fosse algo bem definido e imutável)? Pode ser. Mas a culpa maior é da gente, mesmo. Ficamos nos cobrando essas coisas de forma doentia. Temos que cuidar da saúde, ter um corpo legal, temos que fazer exercícios e nos alimentar de forma balanceada. Mas não devemos nem entrar na neura que o mundo quer que a gente entre, nem fazer outros entrarem também. É loucura. Mata!

Por favor, se você tem esse problema, busque ajuda! Não se deixe levar pelo que dizem, não pense que está gorda, seu cérebro está enganando você! Somos lindos aos olhos de Deus, e se Ele nos vê assim, que importa o que dizem? Você não precisa perder peso para ser bonita, acredite, todos, TODOS temos uma beleza especial, única! Não queira morrer, lute pela vida! Clique aqui para saber onde encontrar ajuda. E assista esse vídeo:

Mal resolvida?

Às vezes as pessoas te alertam: “não faça/fale assim, senão vai parecer que você é ‘mal-resolvido’. Outras já xingam logo: “fulana é mal resolvida!” E todo mundo acha isso muito normal. Mas será que é mesmo?

Eu, por exemplo, acho que sou mal resolvida em algumas coisas. Peso é uma delas. Não queria ter o peso que tenho, mas, ao mesmo tempo, não aceito o preconceito – já sofrido por mim inclusive – que existe com quem está acima do peso, nem aceito a pressão para se ter a ‘imagem’ do momento, aquela constantemente bombardeada pela mídia, que dita que as belas são as magrinhas. E por não concordar com isso, falo muito sobre o assunto, aqui e mais ainda no twitter. Coisa que já fez gente “irritar-se” comigo.

Mas eu pergunto: e daí se sou mal resolvida? Há algum problema nisso? Todo mundo tem alguma coisa mal resolvida em sua vida:

  • Sexualidade: não tem nem o que falar
  • Casamento: mostram-se felizes com a decisão de casarem, mas no fundo não estão muito certos quanto a isso
  • Solteirice: mostram uma felicidade por ser solteiros que não existe quando estão sozinhos em casa
  • Questões acadêmicas: fingem que não se importam, mas queriam ter feito faculdade, ou outro curso diferente do que fizeram, ou um mestrado
  • Questões profissionais: não gostam da profissão que escolheram, queriam ter seguido outro rumo

E o pior é que, semelhantemente à questão da baixa autoestima, as pessoas usam o “ser mal resolvido” como crítica, quando não usam como xingamento. Quando alguém é bem resolvido com muita coisa, quando tem autoestima elevada, não vejo problema em elogiar-se isso. Mas não creio ser saudável criticar/xingar quem tem baixa autoestima, bem como quem é, segundo eles, “mal resolvido”. É terrível para alguém ter baixa autoestima ou ser mal resolvido em relação ao que quer que seja, e, como se não bastasse isso, ainda ter que ouvir o tempo todo – não como forma de alerta ou de tentar ajudar, e sim como uma pressão para mudar imediatamente, ou como um insulto – que você é/tem todas essas coisas.

Se um dia eu for apresentada a alguém que é bem resolvido com relação a tudo – quero dizer TUDO MESMO – em sua vida: aparência, estado civil, profissão, etc., eu mudo minha opinião. Mas até lá, continuo com a que tenho agora. E faço um apelo: se você conhece alguém mal resolvido e/ou com baixa autoestima, primeiro analise se você não é assim também. E só depois vá falar com ela. Mas com amor, com carinho, no intuito de ajudar, e não apenas criticar, deixar a pessoa super magoada, e sair ileso, como se nada houvesse acontecido. E lembre-se: sempre seremos mal resolvidos em relação a algo. Fôssemos perfeitos e adorássemos tudo em e sobre nós mesmos, sem achar que em nada precisamos mudar, e já estaríamos no paraíso. Ou no inferno…

Casamento é tudo igual?

NOTA: O texto não é meu, mas gostei e resolvi compartilhar com vocês.

………………

“No fundo, casamento é sempre a mesma coisa; só muda a pessoa”.

A frase é da atriz Helena Ranaldi, que estreou no Rio o espetáculo “A música segunda”. Sua personagem é uma mulher que reencontra o ex-marido depois de três anos. Os dois lavam a roupa suja da relação mal-resolvida. Até aí tudo bem, não é raro ex-casais guardarem mágoas, dizerem cobras e lagartos um para o outro e tudo o mais. O que estranhei foi a frase sobre o casamento.

Discordo totalmente.

É certo que muitas pessoas repetem alguns erros do passado em novas uniões. Também é certo que muitos casamentos tenham características comuns, situações e conflitos semelhantes. Mas casamento não é “sempre a mesma coisa” de jeito algum.

Cada relacionamento tem um par e duas variáveis – seja um casal heterossexual ou gay. Se uma das variáveis sai, muda tudo. A interação entre a nova dupla vai ser bem diferente da anterior. Sem falar que uma mesma pessoa também se transforma de um casamento para outro. Ela aprende com as experiências que passaram, cria novas expectativas. Sem falar numa pitada de acaso, de sorte, do imponderável. Na verdade, o casamento não é igual nem dentro da mesma união. Começa de um jeito, vira outra coisa, depois se transforma de novo.

Eu estou no segundo casamento. Para mim, é como se eu estivesse vivendo em dois planetas diferentes. Com todas as pessoas descasadas e re-casadas que eu conheço também é assim. Histórias bem diferentes.

Há casamentos em que voltar para casa é uma agonia. Outros em que já se coloca a chave na fechadura sorrindo.
Há casamentos em que se fica estarrecido diante de um casal se beijando no meio da rua (onde é que foi parar aquilo tudo?). Em alguns, são os outros que olhar pra você (que nem percebe).
Há casamentos em que ir ao bar da esquina tomar uma caipirinha é o melhor da vida. Em outros, Paris pode ser o inferno.
Há casamentos em que, quando tudo vai mal, o parceiro é um atenuante. Em outros, é peso. Há casamentos que não merecem ser chamados assim. Em outros, o nome é pouco. Deveriam se chamar Encontros, assim, com E maiúsculo.

E mesmo indo bem ou indo mal, jamais são a mesma coisa.

(Do blog 7×7)

Feios: resenha

Bom, como prometido, vou falar sobre o livro Feios! Mas atenção: pode ser que você não queira ler, pois o post pode conter spoilers hehehe…

O livro, como já mencionei, fala sobre um mundo onde o certo é ser perfeito. Todos, quando chegam à idade de 16 anos, têm que fazer uma cirurgia plástica, o que é imposto pelo governo. Essa cirurgia torna a pessoa perfeita, a qual deixa de viver em Vila Feia (onde só moram os feios) e vai viver em Nova Perfeição — local onde as pessoas vivem sempre felizes e festejando a vida, sem quaisquer problemas.

Mas acontece que há pessoas que não aceitam essa imposição. Não se acham feias, e não querem mudar sua aparência. E a personagem principal do livro, Tally Youngblood — que sonha em fazer 16 anos para se tornar perfeita — conhece uma dessas pessoas, Shay. Ela não quer fazer a cirurgia, e tenciona fugir para Fumaça, local para onde vão aqueles que pensam diferente da maioria.

E é exatamente a partir daí que a história começa a ficar empolgante: Shay, é claro, convida Tally para ir com ela para Fumaça. Mas Tally fica em dúvida. O que ela não sabe é que está prestes a descobrir coisas que nem imaginava sobre o que está por trás dessa cirurgia, e como a ideia é mudar não apenas o corpo, como também o modo de pensar das pessoas.

Existem muitas coisas boas nesse livro. Pra mim, a melhor delas é o debate sobre a obsessão com a aparência. E o mais legal é que ele (o livro) fez o assunto ficar interessante para adolescentes, que geralmente não se interessam por temas desse tipo, até porque a maioria realmente acredita que precisa parecer com os meninos e meninas das capas de revistas. Não precisamos parecer com ninguém, exceto conosco mesmos. Quem disse que pra ser lindo tem que ter o cabelo desse ou daquele jeito, parecer-se com tal pessoa, ter olhos dessa ou daquela cor? Isso não existe, e o livro traz essa ideia.

Outra coisa legal são os toques sutis que o autor faz, ao longo dos capítulos, de como a sociedade daquela época (que parecer ser posterior à nossa, a qual é sempre criticada pelos perfeitos, mas melhor compreendida pelos “Enfumaçados”, os habitantes de Fumaça) sempre tenta “maquiar” tudo, nunca deixando que as coisas — nem a aparência das pessoas — sigam seu curso natural. Todo mundo se acha feio, e é natural se achar assim, visto que a sociedade impôs esse pensamento. Interessante notar que, apesar de se passar no futuro, a trama traz semelhanças com nosso mundo de hoje: não há uma tentativa totalmente exagerada de fazer “o tempo parar” esteticamente falando? Não existem pessoas pessoas magras que acham que sempre têm uns quilinhos a mais pra perder? Ou pessoas que consideramos lindas que encontram sempre um defeitinho aqui e ali?

Também se fala sobre a questão do pensamento igual. Quase todo mundo acha que TEM que fazer a cirurgia, que TODOS que não a fazem são feios e tem vidas tristes e tediosas e que o CERTO é ser perfeito e viver sem pensar em nada mais sério que festas e afins… O mundo (sociedade, pessoas em geral) hoje quer que todos se enquadrem num determinado padrão. E, junto com a mídia, consegue fazer a gente achar que nunca seremos bonitos o suficiente. Mas “esquecem” de avisar que esse padrão, com o tempo, vai mudar. O que é bonito hoje não será daqui a alguns anos, ou mesmo meses. E aí, o que farão aqueles que quiseram se adaptar ao padrão de hoje, que foram ‘catequizados’ para serem desse ou daquele jeito?

Cada um é como é. Temos que nos cuidar, não estou fazendo apologia à obesidade ou ao comer mal. É mais um alerta para que a gente se ame como é, com os pneuzinhos, com a cor de olhos e cabelos, com a cor da pele e o corpo que Deus nos deu. Cuidado sim, obsessão não. Mas não preciso falar tanto. O livro faz isso bem melhor que eu, e de forma bem mais criativa. Leia e comprove 😉

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